Depois das grandes experiências vividas em Portugal é hora de seguir nossa viagem pela Europa. Te convido a conhecer e a percorrer comigo os caminhos da Bela Espanha. Vamos?
Roteiro do Primeiro Dia – Salamanca / Madri: Noite na Joy Eslava
Nosso tour pela Espanha iniciou-se em Salamanca, que fica a aproximadamente 350 km de distância do Porto (local onde estávamos em Portugal– mas se você ainda não viu e quer saber como foi essa primeira parte da viagem é só dar uma olhadinha na postagem: https://cadaviagemumabagagem.com/as-bagagens-de-portugal/). Voltando a falar de Salamanca, ela teve início como uma aldeia na colina de São Vicente sobre o Rio Tormes há cerca de 2.700 anos. Passou por várias dominações, períodos de auge e decadência, mas foi a partir do século XVI que se tornou a cidade renascentista mais importante da Península Ibérica, com grande desenvolvimento do comércio, dos latifúndios e da produção de lã. A Universidade de Salamanca também alcançou seu esplendor, atraindo estudantes de diversas regiões e religiões. Foi nessa época que as construções aumentaram significativamente, com palácios, conventos e até a Catedral Nova (a Catedral Velha havia sido construída no século XI) e o estilo arquitetônico predominante era o plateresco (que se refere à platería, ou seja, o mesmo trabalho ornamental e detalhado de artesãos com a prata, além de misturar estilos como o românico, gótico, renascentista e também muçulmano).
Esse auge cultural durou até o século XVII e ficou conhecido como o “Século do Ouro” das letras espanholas, onde se destacaram grandes nomes como Miguel de Cervantes (autor do clássico “Dom Quixote”), Frei Luis de León (poeta, teólogo e agostiniano que foi homenageado com uma estátua perto do Pátio das “Escuelas Menores” da Universidade de Salamanca), Calderón de La Barca (poeta e dramaturgo, autor de“A Vida é Sonho”) e Lope de Vega (poeta e dramaturgo, fundador da comédia espanhola e autor de “La Arcadia”) entre outros. Mas depois disso, Salamanca passou por períodos difíceis durante a Guerra da Independência e a Guerra Civil Espanhola e só voltou a prosperar com a democracia e em 1988 foi declarada como Cidade Patrimônio da Humanidade pela Unesco. E para conhecer mais sobre Salamanca é só dar uma olhadinha no site: www.salamanca.es/pt
Ao entrar na cidade, a admiração é imediata, os olhos são atraídos para aquela arquitetura deslumbrante!!!
Nosso primeiro encantamento foi com a Catedral Nova (ou Catedral Nueva), que fica ligada à Catedral Velha (ou Catedral Vieja). A riqueza de detalhes da sua fachada realmente impressiona pela perfeição. Vale a pena parar por alguns minutos para observar e tentar encontrar o astronauta, sapos e outros símbolos ali presentes. O interior também é exuberante, misturando os estilos gótico, barroco e renascentista. O bilhete de entrada custa 6 € por pessoa (maiores de 65 anos pagam 5 €) e dá direito à visita guiada às duas catedrais, com duração de aproximadamente 45 minutos. Mais detalhes sobre a Catedral de Salamanca estão no site: http://catedralsalamanca.org/
Em frente à Catedral Nova fica a Praça ou Jardim da Catedral, que é deslumbrante, tudo tão bem cuidado e com cores tão harmoniosas que parece uma pintura. Tenho certeza que você vai garantir belíssimas fotos nesse jardim.
Quem nos acompanhou nesse passeio foi o Guia Guillermo (o mesmo de Portugal) e que vai conosco até Madri. Sempre com sua gentileza e paciência! Um excelente profissional!!!
Outro ponto turístico de Salamanca que merece destaque é a Plaza Mayor (ou Praça Maior), a principal praça da cidade. Construída no século XVIII em estilo barroco é o point dali, com vários restaurantes, bares, cafeterias e por onde circulam turistas, moradores e estudantes. É bem parecida com a Plaza Mayor de Madri, inclusive em seu aspecto“retangular”, bem diferente das praças que estamos acostumados aqui no Brasil. Vale a pena dar uma passadinha e/ou paradinha por lá.
Com tantas opções de restaurantes e a fome batendo, paramos para degustar a culinária espanhola. Eu me apaixonei pela Tortilha Espanhola, uma espécie de omelete com batata (ótima opção vegetariana e que também estava presente todos os dias no café da manhã do hotel). Nesse restaurante ela foi servida numa baguete, mas normalmente vem sozinha. Minha irmã aproveitou para experimentar a Paeja Valenciana com frango e vagem – um prato espanhol bem tradicional – e bem acompanhado pela Sangria (bebida espanhola à base de vinho e frutas)! O almoço para os quatro ficou em torno de 50 €, incluindo a taxa de serviço que eles não cobram, mas costumamos deixar pelo bom atendimento.
Outro prato bem conhecido em Salamanca é o Hornazo, uma espécie de empanada recheada com lombo, presunto e outras iguarias locais. É vendido em padarias e custa cerca de 4 € cada, como não tem a opção vegetariana, eu não provei, mas minha família experimentou e aprovou.
Continuamos passeando pelas belas Ruas de Salamanca, suas praças bem cuidadas e conservadas e seus belos edifícios, como a Casa das Conchas,que tem esse nome por causa das várias conchas (aproximadamente 300) em sua fachada e que é o símbolo do Apóstolo Santiago. A Casa das Conchas foi construída entre 1493 e 1517, mesclando os estilos góticos e renascentistas, já foi um palácio da nobreza e hoje é uma biblioteca aberta à visitação pública e de forma gratuita. Seu pátio interno também chamado de Claustro Interior merece atenção por sua arquitetura e simbologia,como por exemplo, o leão representando o poder e a influência dos primeiros donos da casa. E diz a lenda que tem uma moeda de ouro escondida em uma das conchas da fachada porque na época em que foi construída era comum colocar moedas no cimento para atrair sorte. Só que até hoje ninguém teve autorização para quebrar as conchas em busca dessa moeda. E para saber mais informações dessa casa é só dar uma olhada no site: http://www.salamancaturistica.com/salamanca/momunentos_casadelasconchas.php
Outro cartão postal é a Fachada Histórica da Universidade de Salamanca (http://www.usal.es/historia). A Universidade foi fundada em 1218 por Alfonso IX de León e foi uma das principais universidades europeias e a única da Espanha que mantém suas atividades através dos séculos. Ela conta com um vasto patrimônio artístico e histórico. A famosa “Fachada Histórica” em estilo barroco e plateresco fica no Edifício das Escolas Maiores, que também abriga a “Biblioteca General” (a mais antiga da Universidade) e diz a lenda que há uma “rana” (ou rã) esculpida nessa fachada e quem a encontra-la terá uma recompensa: se for aluno sempre terá notas boas nas provas e se for turista voltará a Salamanca (depois me conta se você encontrou). A visita ao Edifício das Escolas Maiores custa 10 € e também é possível fazer uma visita virtual à Universidade pelo site: http://www.usal.es/visita-virtual.
Em frente à essa fachada histórica fica o “Patio Chico”, onde está a estátua do Frei Luis de León (a foto dele que postei acima), na parede do lado esquerdo depois da estátua está escrito “Escuelas Menores” atravesse o portão, tem o Pátio das Escolas Menores e depois desse pátio fica uma sala onde está “El Cielo de Salamanca” – um afresco lindíssimo do pintor espanhol Fernando Gallego, representando as constelações zodiacais de Leão, Virgem, Libra, Escorpião e Sagitário, também o Sol, Mercúrio, entre tantos outros símbolos. Vale muito a pena conhecer, a visitação é gratuita, mas não se pode tirar fotos. E para matar a sua curiosidade, encontrei um site que mostra e explica os detalhes dessa obra: http://www.arquitecturapopular.es/arquitectura-historica/civil/el-cielo-de-salamanca.htm e também um vídeo no youtube postado pela própria Universidade que mostra o afresco: https://www.youtube.com/watch?v=6OnEfhlT7T8.
Para enriquecer ainda mais a nossa visita, fomos conhecer a Ponte Romana, que foi construída sobre o Rio Tormes durante a conquista da cidade pelos romanos por volta do século I a.C. para facilitar a passagem entre Mérida e Astorga. É impressionante como está tão bem conservada até hoje!!
Salamanca é repleta de prédios lindíssimos, mas um me chamou a atenção desde que cheguei pelos seus belos vitrais foi o da Casa Lis – Museo Art Nouveau y Art Déco (ou Museu de Arte Nova) o capricho com que é feito é um convite à visitação ao museu, que funciona de terça à domingo. Mais detalhes estão nosite: http://www.museocasalis.org/nuevaweb/
Nos despedimos de Salamanca e seguimos para Madri. Chegamos no início da noite no Hotel Santos Praga, que não fica no centro, porém tem bastante movimento no seu entorno, como lojas, restaurantes e até o Shopping Plaza Rio 2 (www.plazario2.com). Só deu tempo de jantar, tomar banho e nos aprontar para curtir a Noite de Madri.
Mesmo sendo uma segunda-feira fomos na Balada Joy Eslava (https://joy-eslava.com/) que abre todos os dias e toca de tudo, desde música eletrônica, latina, até Mc Kevinho. Ela fica dentro do Teatro Eslava. A decoração é um charme e o ambiente é bem acolhedor. A entrada custa 15 € com direito a dois drinks para já entrar no clima da diversão!!!
Roteiro do Segundo Dia – City Tour / Toledo / Parque do Retiro / Rincón de La Cava / Plaza Mayor
Acordamos cedo para nosso City Tour por Madri, que já estava incluso no pacote de viagem. E quem vai nos acompanhar daqui até o final da viagem em Paris é a guia Beatriz (chamada carinhosamente de Bia) e o motorista de ônibus Fran. Pessoas extraordinárias, atenciosas e carismáticas!!! Se você tiver a oportunidade de fazer os passeios com eles, tenho certeza que terá essa mesma opinião!!!
Começamos o passeio pela Porta de Toledo¸ que é uma das cinco principais Portas de Madri -monumentos marcantes da cidade e geralmente construídos em comemoração a algum feito ou personalidade. A Porta de Toledo, que fica na Praça de Toledo, é feita de granito e pedra e foi a última a ser construída no início do século XIX com projeto de Antonio Aguado em homenagem ao Rei Fernando VII para comemorar a independência espanhola da ocupação francesa.
Outra porta que conhecemos foi a Porta de Alcalá (“Puerta de Alcalá”) e era uma das cinco portas que dava acesso à cidade de Madri. Idealizada por Francesco Sabatini, foi construída em 1778 por ordem do Rei Carlos III em estilo neoclássico e é a mais famosa das Portas de Madri, sendo considerada uma das 7 Maravilhas da cidade. Também é conhecida como o Primeiro Arco do Triunfo a ser construído na Europa desde a queda do Império Romano. Está localizada na Calle Alcalá, próximo à Fonte de Cibeles e ao Parque do Retiro.
Conhecemos também a Porta de Felipe IV, que está em uma das entradas de acesso ao Parque do Retiro, mas foi construída em 1680 para servir de arco para a passagem de Maria Luísa de Orleáns (a primeira esposa de Carlos III) e só em 1922 foi transferida para o local atual.
Passamos pela Catedral de Almudena¸ cujo início de sua construção foi em 1883 e a finalização só em 1993, quando foi consagrada pelo Papa João Paulo II.
Dali, seguimos para a Puerta del Sol ou Porta do Sol que é um dos lugares mais visitados de Madri e onde está “El Kilómetro Cero” ou Marco Zero – ponto de início das estradas espanholas. Também onde está o luminoso do “Tio Pepe” (em homenagem aos 100 anos da garrafeira González Byass – produtora de vinhos finos), a “Estátua Equestre de Carlos III” e do outro lado da rua, o edifício da Real Casa de Correios – lugar que abriga a torre do relógio, que faz a contagem regressiva para o Ano Novo.
E é na Porta do Sol que fica a estátua “El Oso y el Madroño’ ou “O Urso e o Medronheiro”: que é o símbolo e está no escudo da Cidade de Madri (mas na verdade não é um “urso” e sim uma“ursa”). A escultura de Antonio Navarro Santafé foi inaugurada em 10 de janeiro de 1967, é feita de bronze com o pedestal em pedra, tem aproximadamente 4 metros de altura e pesa cerca de 20 toneladas. Entre as várias hipóteses do motivo de ser esse o símbolo da cidade, tem-se que existiam muitos ursos na região desde a Idade Média ou que foi o urso abatido pelo Rei Alfonso XI de Castilla ou ainda que seria a Ursa Maior da Constelação. E o medronheiro seria por existir em abundância em Madri e também por servir como remédio para a peste e o urso ao comê-lo estaria protegido da doença.
Madri tem belíssimas fontes, uma delas é a “Fuente de Neptuno” ou Fonte de Netuno, em homenagem ao Rei do Mar e fica na Praça de Cánovas del Castillo (conhecida como Praça de Netuno). O projeto da fonte foi do arquiteto Ventura Rodríguez e a escultura iniciada por Juan Pascual de Mena e finalizada após sua morte por José Arias. Ela foi construída entre 1780 e 1784, em mármore branco, no estilo neoclássico e apresenta Netuno com seu tridente, sobre uma carruagem de concha puxada por dois cavalos marinhos. E é junto a essa fonte que os torcedores do Atlético de Madri comemoram suas conquistas.
Se você gosta de futebol, vale a pena dar uma passadinha pelo Estádio Santiago Bernabéu – Estádio do Real Madrid, que foi inaugurado em 1947 e atualmente conta com uma capacidade de 81.044 expectadores. Ele recebeu esse nome em homenagem ao seu presidente. É possível fazer um tour pelo Estádio, mais detalhes estão no site: https://www.realmadrid.com/pt/estadio-santiago-bernabeu
Também passamos pela “Plaza de Toros” ou Praça de Touros que é uma referência cultural da cidade. É o lugar onde acontecem as touradas. Por não concordar com essa prática não fui visitar o local (a foto foi tirada de dentro do ônibus, quando estávamos passando por lá), mas não podia deixar de citar aqui caso você tenha interesse em conhecer pela beleza arquitetônica. Por coincidência no voo um dos filmes que assisti foi “O Touro Ferdinando”, uma animação que trata do tema das touradas, se puder, vale muito a pena assistir.
Outra fonte cartão postal de Madri é a “Fuente de Cibeles” ou Fonte de Cibeles, em homenagem à Deusa da Fertilidade e da Terra. Ela foi projetada pelo mesmo arquiteto da Fonte de Netuno (Ventura Rodríguez) e foi construída em 1782, em conjunto por: Francisco Gutiérrez (escultor da Deusa e das rodas do carro), Roberto Michel (responsável pelos leões, que representam personagens mitológicos), Miguel Ximénez (criador das partes decorativas) e Antonio Parera e Miguel Ángel Trilles (escultores dos cupidos). A fonte representa a Deusa Cibeles sobre um carro puxado por leões. Primeiramente serviu para o abastecimento de água e quando foi transferida para onde está atualmente (Praça de Cibeles – no cruzamento entre o Paseo del Prado e a Calle Alcalá) passou a ter finalidade decorativa. E é nessa praça que os torcedores do Real Madri celebram suas vitórias.
A Fonte de Cibeles é cercada por importantes edifícios, como o Palácio de Buenavista (que é a sede do Quartel General do Exército), a Sede Central do Banco de Espanha, o Palácio de Linares (que hoje é a Casa de América) e o belíssimo Palácio de Cibeles (também conhecido por seu nome anterior: Palácio das Comunicações ou Palacio de Telecomunicaciones). O projeto foi dos arquitetos: Antonio Palacios e Joaquín Otamendi e foi inaugurado em 1919 para ser a Sede Central de Correios e Telégrafos e em 2007, após reformas, passou a ser a Sede da Prefeitura de Madri. O edifício tem um mirante que proporciona uma bela vista da Fonte de Cibeles e também tem um centro cultural, cafeteria, restaurante, etc. Mais detalhes estão no site: https://www.centrocentro.org/centrocentro/la-sede
Continuando nosso passeio, passamos agora pela Gran Vía, que estava em reforma em alguns trechos, mas deu pra perceber a importância dessa que é principal e mais famosa avenida de Madri. Ela vai da Calle de Alcalá até a Plaza de España e é repleta de importantes edifícios, lojas, restaurantes, bares, cinemas, teatros,etc. Já foi considerada a Broadway Espanhola. E o que é mais legal é que ela é movimentada tanto de dia quanto de noite.
Nossa próxima parada foi no Palacio Real de Madrid http://www.patrimonionacional.es/real-sitio/palacio-real-de-madrid) que já foi fortaleza medieval, destruído por incêndio, reconstruído e transformado em residência oficial dos reis da Espanha e mesmo mantendo essa função até hoje, não é o endereço da família real espanhola, é utilizado mais para eventos especiais. É o maior palácio real da Europa e é aberto à visitação diariamente. Para saber os horários é só conferir no site acima. E também é possível baixar o aplicativo do Palácio Real de Madri para ter acesso ao áudio-guia.
Em frente ao Palácio Real fica a Plaza de Oriente (Praça do Oriente) que foi idealizada pelo arquiteto Narciso Pascual y Colomer em 1844, por ordem do Rei Jose I. A praça é formada por belos jardins e esculturas, entre elas uma coleção de esculturas de reis espanhóis e do outro lado da praça fica o Teatro Real de Madrid (https://www.teatro-real.com/es/), cujo projeto foi do arquiteto Antonio López Aguado, foi inaugurado em 1850 com a ópera La Favorita de Gaetano Donizetti e é considerado a maior casa de ópera de Madri. É possível fazer uma visitação, mais detalhes estão no site: https://www.teatro-real.com/es/el-teatro/el-edificio/visitas
Nesse lugar encantador terminamos nosso City Tour em Madri e partimos em direção à cidade histórica de Toledo, que fica a cerca de 72 km de Madri. Como fomos em ônibus de excursão demoramos pouco mais de uma hora para chegarmos. Também é possível ir de trem saindo da estação Atocha em Madri (mais detalhes sobre horários e valores estão no site de RENFE: http://www.renfe.com/) e depois pegar um ônibus da estação de trem de Toledo até o centro da cidade. Se preferir pode ir a pé mesmo, caminhando 1,3 km para chegar. Mas antes de chegarmos ao centro, passamos pelo Mirante da Cidade de Toledo. Uma vista incrível da cidade, banhada pelo Rio Tejo (aquele mesmo de Portugal – esse rio é o mais extenso da Península Ibérica: nasce na Serra de Albarracín na Espanha e deságua no Oceano Atlântico em Lisboa).
Toledo sempre foi uma cidade muito importante por sua posição estratégica, em virtude do Rio Tejo, desde o início do Império Romano. Também foi uma grande fornecedora de armas da Idade Média, por ter um aço de alta liga e ser bem avançada tecnologicamente na forma de trabalha-lo para o armamento. Toledo chegou a ser capital do Império Espanhol no reinado de Carlos V até 1563 quando o Rei Fernando II transferir esse posto para Madri.
Com o seu estilo medieval e todo o charme de sua arquitetura, Toledo nos convida a mergulhar na História, com suas ruas estreitas, suas pontes (como a de Alcántara e a de San Martín), seus portais (a Porta de Alcantara, a Porta de Bisagra, a “Puerta del Sol” e a “Puerta del Cambrón”), suas Igrejas (como a Catedral, a dos Jesuítas, a de São Tomé e a Igreja do Salvador, por exemplo), suas Sinagogas (que antes eram 10 e agora são duas: a Santa Maria La Blanca e a Del Transito), suas Mesquitas (como a Cristo de La Luz), o Mosteiro de San Juan de Los Reyes, entre outros atrativos.
Depois do Mirante, nossa próxima parada foi na loja e fábrica “Damasquinado Suárez”, onde foi possível acompanhar o processo do “damasquinado”, que é uma técnica herdada dos muçulmanos que habitavam Toledo e consiste na incrustação de fios de ouro nos relevos do desenho das peças de metal (como ferro ou aço) que depois são colocadas em um líquido especial e submetidas a alta temperatura para destacara cor amarela do ouro no fundo negro que o metal adquire nesse processo.Realmente é um trabalho belíssimo. Para ver com mais detalhes como é feito, dê uma olhadinha no vídeo que postei na página do blog no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=oTZc-27sA8M&feature=youtu.be
Do ateliê fomos para a lojinha onde estão à venda as peças de damasquinado e também muitas espadas, já que Toledo é famosa pela qualidade do seu aço para as armas.
Agora sim seguimos para o Centro Histórico de Toledo, que foi declarado como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1986 e a cidade é conhecida como “A Cidade das 3 Culturas: Cristã, Judaica e Islâmica, por proporcionar um convívio harmonioso entre elas. Bem no centrinho está a Plaza de Zocodover ou a Praça Maior de Toledo, que é a principal praça da cidade, cercada de belos edifícios e restaurada, é também nessa praça (do outro lado da rua), que fica o Arco de La Sangre (um portal árabe restaurado em 1945). Atravessando esse portal, chegamos até a Estátua de Miguel de Cervantes , autor espanhol do clássico “Dom Quixote”.
E do lado do Arco de La Sangre fica a Confiteria Santo Tomé, famosa pelo seu mazapan ou marzipã – um doce de amêndoas tradicional de Toledo. Vale a pena provar essa delícia!!!
Bem perto da Praça de Zocodover, subindo um pouco a rua, fica o Alcázar de Toledo, uma construção lindíssima que por estar no alto de uma colina pode ser avistada de longe. Ele já foi castelo, fortaleza, serviu como residência real quando Toledo era capital da Monarquia e mesmo quando a capital mudou para Madri, continuou com essa finalidade. Mas o Alcázar passou por maus momentos: foram três incêndios (durante a Guerra de Sucessão, com a Guerra da Independência em 1810 e em 1882 enquanto abrigava a Academia General Militar) e também sofreu um “cerco” de 70 dias durante a Guerra Civil que quase o destruiu totalmente. Porém, passou por várias restaurações, serviu como fábrica de sedas e teares, depois foi Academia de Infantería e Academia General Militar, abrigou torres de telégrafo e hoje é o Museu do Exército e a Biblioteca de Castilla – La Mancha. Mais detalhes sobre o acervo e visitação ao museu estão no site: http://www.museo.ejercito.es/visitas/.Inclusive está disponível a visita virtual em algumas de suas dependências: http://www.museo.ejercito.es/visitas/visita_virtual/
Enquanto esperávamos para visitar a Catedral, fomos passear pelas Ruas de Toledo, e a sensação era de voltar no tempo, de estar num cenário de filme medieval… também aproveitamos para provar as famosas “Tapas Espanholas” que são petiscos ou aperitivos servidos para acompanhar as bebidas. Há várias teorias para o nome“tapas”: era para “tapear” a fome entre um aperitivo e outro; ou para evitar acidentes entre carroceiros que saiam embriagados, os taberneiros serviam os aperitivos em um pratinho (tampa/tapa) sobre o copo da bebida e a pessoa só poderia beber depois de comer. Outra lenda diz que esta “tampa” ou “tapa” era usada para cobrir as taças de vinho para evitar moscas e sempre vinham com pedaços de pão ou outro aperitivo para acompanhar a bebida, entre tantas outras histórias. O importante é que vale a pena “Ir de tapas” como dizem os espanhóis.
Agora chegou o momento de conhecer um dos pontos turísticos mais visitados de Toledo: a Catedral de Santa Maria ou Catedral Primada de Toledo. Seus números por si só já impressionam: são aproximadamente 120 m de comprimento por 60 m de largura com 5 naves, 88 colunas, 72 cúpulas, 8 capelas, o Coro, a Sacristia, o Claustro e a Torre.
A Catedral de Toledo foi construída sobre uma Mesquita, que tinha sido construída sobre a Catedral Visigótica, sempre como uma imposição de poder. A construção em estilo gótico com influência francesa começou em 1227 e durou mais de 250 anos. Está localizada na Plaza del Ayuntamento (Praça da Prefeitura). Sua torre chega a 90 m de altura, a Catedral conta com 6 portas: são três na fachada principal: a central que é a Porta do Perdão, a da esquerda que é a Porta da Torre (também chamada de Porta do Inferno por causa dos desenho que contém ou Porta das Palmas – por ser reservada para a Procissão de Domingo de Ramos) e a da direita que é a Porta do Juízo Final. Na lateral está a “Porta Llana” ou Porta Lisa (por onde é feito o acesso do público) e a Porta dos Leões ou Porta da Alegria (pelos detalhes da assunção da Virgem) e do lado oposto está a Porta do Relógio que foi a mais antiga das portas góticas.
A Catedral é praticamente um museu de tantas obras-primas que abriga, entre elas o Ostensório, que está na Sala do Tesouro, pesa mais de 200 quilos,é feito em ouro, prata e pedras preciosas e só sai dessa sala em um carro especial para a Procissão de Corpus Christi, que é a festa mais tradicional da cidade.
Outra obra lindíssima é o Retábulo do Altar, que é composto por cinco andares com representações bíblicas feitas por vários artistas.
O Coro da Catedral fica em frente ao altar e é fechado. Antigamente só os membros da Igreja poderiam entrar nessa parte e os fiéis ficavam atrás, só ouvindo a missa, para reforçar a ideia de que era Deus falando através dos padres. E dentro do Coro fica a imagem da “Virgem Branca”, que apresenta Nossa Senhora sorrindo.
A Sacristia Mayor também é linda, o tetro foi pintado por Luca Giordano, a pintura do altar foi feita por El Greco (“El Expolio” de 1587) e tem quadros de Caravaggio e outros grandes pintores.
Outro lugar fascinante é “O Transparente”, que é uma abertura na parte de trás do Altar Maior para que a luz possa entrar em determinada hora do dia e iluminar o altar. Como se ele estivesse se elevando ao céu.
Se você se encantou pela Catedral de Toledo e quer saber mais detalhes e informações é só dar uma olhadinha no site: www.catedralprimada.es.
Toledo é realmente muito especial e se você estiver com um tempinho a mais disponível, vale a pena conhecer a Ermita ou Mesquita “Cristo de La Luz”¸ que foi construída em 999 pelos muçulmanos e depois tornou-se igreja. E recebeu esse nome pela lenda de que o cavalo do Rei Afonso VI se ajoelhou em frente à mesquita e se recusou a seguir viagem, então o rei entrou na mesquita e viu um brilho em uma das paredes e ordenou sua escavação, e atrás dessa parede havia uma escultura de Cristo iluminado por uma lamparina acesa e que estava oculto por séculos (essa escultura está no Museu de Santa Cruz) e onde o cavalo ajoelhou-se está um paralelepípedo branco em frente à mesquita. Mais detalhes e inclusive uma visita virtual estão no site: http://toledomonumental.com/cristo-luz
Também vale a pena conhecer a Igreja de San Ildefonso ou Igreja dos Jesuítas, que fica perto da Catedral e a vista da cidade de Toledo de sua torre é encantadora. Seu interior também é muito bonito, com destaque para a pintura da Descida da Virgem colocando a casula (veste litúrgica) em Santo Ildefonso. E essa Igreja foi construída onde era a casa natal desse santo. Mais detalhes estão no site: http://toledomonumental.com/jesuitas
Outro lugar que merece uma visita é a Sinagoga Santa Maria La Blanca, que foi construída no final do século XIII como Sinagoga e depois passou para o culto cristão, recebendo o nome de “Santa Maria La Blanca”, por ter sido dedicada à Virgem Blanca e tem uma cópia da imagem que fica no Coro da Catedral de Toledo(a foto da Virgem que te mostrei acima). Se quiser saber mais sobre a sinagoga é só conferir o site: http://toledomonumental.com/santa-maria-blanca
Mais uma dica de lugar para conhecer em Toledo é a Igreja de São Tomé que foi fundada após a reconquista da cidade pelo Rei Alfonso VI e depois restaurada no começo do século XIV a mando do nobre Gonzalo Ruiz de Toledo, o Senhor de Orgaz. E hoje essa Igreja abriga a obra-prima do artista El Greco: “O Enterro do Conde de Orgaz”, que representa o milagre da descida do céu de Santo Agostinho e Santo Estevão para enterrar o Conde. Mais informações estão no site: http://toledomonumental.com/santo-tome
E se ainda tiver mais um tempinho, vale visitar o Monasterio de San Juan de Los Reyes que foi construído para ser túmulo dos Reis Católicos, mas depois foi cedido aos frades franciscanos quando os reis decidiram ser enterrados em Granada. Chegou a ser danificado, mas foi restaurado e voltou a ser monastério, conservando seu estilo gótico original. Mais detalhes estão no site: http://toledomonumental.com/san-juan
Vale lembrar que é possível adquirir a pulseira turística de Toledo e visitar esses cinco últimos lugares que citei e também o Colégio Real das Donzelas Nobres e a Igreja do Salvador. Mais informações estão no site: http://toledomonumental.com/pulsera-turistica
Mais uma curiosidade interessante sobre Toledo é sobre seu subsolo: servia como “cemitério” ao redor das Igrejas e também era o local usado por alquimistas para suas experiências e por ironia do destino era no subsolo que eles sofriam as punições da Inquisição. Em suma, Toledo tem muita história pra contar…
Nossa visita a Toledo termina por aqui, com essa vista linda para ficar registrada em nossos corações!
Voltando para Madri, meus pais ficaram no Hotel para descansar e minha irmã e eu continuamos a explorar a capital espanhola. Pegamos um táxi e fomos para o Parque do Retiro,um dos vários parques da cidade e que é maravilhoso, muito limpo e bem cuidado.
O Parque de El Retiro foi criado entre 1630 e 1640 e servia como jardim do Palácio del Buen Retiro (que era a casa de campo da família do Rei Felipe IV – e em 1767 o Rei Carlos III permitiu o acesso ao público, desde que bem vestidos). Mas foi invadido pelas tropas napoleônicas e ao final da Guerra da Independência (em 1814), tanto o palácio quanto o parque foram destruídos. O palácio não foi mais reconstruído, mas o parque foi recuperado e passou a pertencer à cidade de Madri em 1868. O parque ocupa uma área de 118 hectares e além de sua flora exuberante, também é repleto de fontes, monumentos, esculturas, jardins,paisagismo, entre outros. E vou te mostrar a seguir o que mais me impressionou no parque.
O Monumento a Alfonso XII foi inaugurado em 03 de julho de 1922, sendo um presente do arquiteto José Grases Riera (que ganhou um concurso em 1902) e é feito de bronze e mármore. Esse monumento fica à margem do lago (ou estanque grande), onde também é possível passear de barco.
A Fonte do Anjo Caído fica na Praça do mesmo nome e foi construída em 1885, sendo que a escultura foi feita em 1877 pelo artista Ricardo Bellver e o pedestal de granito e bronze foi projetado pelo arquiteto Francisco Jareño. É um dos poucos monumentos que homenageiam ao diabo e está a 666 m do nível do mar. Coincidência sinistra, não acha?
O Palácio de Cristal é uma estufa e foi criado em 1887 para a Exposição das Ilhas Filipinas para mostrar as flores dessas ilhas e para o cultivo de plantas exóticas, depois passou a exibir obras de arte contemporânea. O projeto foi de Ricardo Velázquez Bosco e Alberto Palacio com o formato de uma cruz grega e em frente ao palácio há um lago artificial.
La Rosaleda é o jardim das Rosas e foi inaugurado em 1915 com inspiração francesa e é obra de Cecilio Rodríguez.
Mais um lugar que merece ser visitado dentro do Parque do Retiro é o Palácio de Velázquez, cujo projeto foi do mesmo arquiteto do Palácio de Cristal: Ricardo Velázquez Bosco e foi inaugurado em 1883 para a “Exposición Nacional de Minería”com o objetivo de impulsionar a indústria mineradora. Tanto ele quanto o Palácio de Cristal são gerenciados atualmente pelo Museu Reina Sofia.
No parque também é possível caminhas, praticar esportes, andar de bike, fazer aulas de dança, yoga, etc. Enfim, é um passeio que vale a pena. O Parque do Retiro fica na Plaza de la Independencia, 728014 e o metrô mais próximo é a Estação Retiro (L2).
Saímos do Parque do Retiro e fomos caminhando por Madri, passamos pela Fuente de Cibeles e pelo Palácio de Cibeles, que iluminado é um show à parte. Passamos pela Puerta del Sol e vimos a estátua “El Oso y el Madroño’ ou “O Urso e o Medronheiro”, que também é muito bonito à noite.
De lá fomos encontrar nossa amiga Fabi que está morando em Madri. O lugar que ela nos sugeriu foi o Mesón Rincón de La Cava (http://mesonrincondelacava.com/) um restaurante bem aconchegante, que foi construído onde antigamente funcionava uma adega e eles reaproveitaram a estrutura. Como estava calor, aproveitamos para ficar na parte externa, que eles chamam de “terrazas”, mas fomos conhecer o interior do estabelecimento também. Das diversas opções do cardápio, escolhemos o “Pulpo a la Gallega” (polvo) e o “Champiñon al Ajillo” (cogumelo ao alho – opção para a vegetariana aqui e que estava maravilhoso). O acompanhamento sempre é batata e pão para passar nos molhos. E a Sangria também não poderia faltar. Celebrar a amizade num lugar assim é realmente muito especial!
Nossa amiga Fabi também nos levou no Mercado de São Miguel (http://mercadodesanmiguel.es/ )que seria como o Mercado Municipal de São Paulo, mas só com restaurantes e barzinhos, uma excelente opção para conhecer a gastronomia espanhola.
Ali pertinho fica a Plaza Mayor ou Praça Maior, um dos principais cartões postais de Madri e que também é diferente das nossas praças: é retangular, rodeada de edifícios de três andares (que servem como moradia ou Airbnb) e restaurantes na parte térrea. O acesso a praça se dá por meio de nove portais ou arcos, sendo que um dos principais é o “Arco de Cuchilleros”. A Plaza Mayor surgiu no século XV como um mercado da vila, mas passou por remodelações de 1580 a 1619, com projetos de Juan de Herrera e Juan Gómez de Moura. Ela já foi palco de vários eventos como festas populares, corrida de touros, beatificações (como a de San Isidro em 1620), coroações de reis (como a do Rei Felipe IV em 1621 e do Rei Carlos III em 1846), execuções públicas, entre outros acontecimentos. E entre as belezas da Praça se destaca a “Estátua de Felipe III” que é uma escultura equestre criada por Giambolgna e Pietro Tacca em 1616. Inicialmente essa obra de arte fica na Casa de Campo, mas no século XIX foi cedida à cidade e instalada na Plaza Mayor.
E nesse cenário lindo, nos despedimos de Madri, porque amanhã vamos seguir para Burgos.
Roteiro do Terceiro Dia – Burgos
Saímos cedo de Madri com direção à Burgos, cidade que fica a cerda de 240 km de distância da capital espanhola, na região de Castela e Leão.Esse passeio já estava incluso em nosso pacote, mas também é possível ir de ônibus ou trem. O trajeto dura em torno de 2h30 a 3h.
Começamos nosso passeio cruzando a Ponte de Santa Maria, que passa sobre o Rio Arlanzón, cujas margens são bem arborizadas e fazem um convite à caminhada ou a uma pausa para contemplar a beleza da paisagem.
Ao cruzar a Ponte de Santa Maria, nos deparamos com o Arco de Santa Maria: o principal portão de entrada da cidade na Era Medieval, que foi construído no século XIV e reformado no século XVI pelos arquitetos Juan de Vallejo e Francisco de Colonia para receber a visita do Imperador Carlos V. No topo do arco está a Virgem Maria que é a padroeira da cidade e no centro estão esculpidas seis estátuas de grandes personagens da cidade, como o próprio Imperador Carlos V e o herói espanhol El Cid, que nasceu em Burgos e lutou bravamente contra os mouros. Se você estiver com tempo, é possível visitar o interior do Arco, que já foi sede da Prefeitura até o século XVIII, quando essa mudou para a Casa Consistorial (que fica na Plaza Mayor de Burgos). O Arco também foi sede do Museu Arqueológico entre 1878 e 1955 e atualmente é um Centro Cultural. Vale lembrar que foi declarado Monumento Histórico-Artístico Nacional em 1943. Sua beleza e perfeição realmente impressionam.
Ao atravessar o Arco, fomos recepcionados por uma imagem linda da Catedral de Burgos que começou a ser construída no século XIII por ordem do Rei Fernando III e finalizada só no século XVIII, foi inspirada na Catedral de Notre Dame de Paris e considerada a primeira catedral gótica da Península Ibérica e declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1984. A visita foi feita com áudio-guia e os ingressos custaram 7 € adulto e 6 € para maiores de 65 anos. E você pode conhecer mais detalhes de cada parte da catedral através da visita cultural, disponibilizada no site: http://catedraldeburgos.es/visita-cultural/
A imponência da Catedral de Burgos impressiona: desde seus vitrais, passando por sua estrutura, por sua união de estilos, pela riqueza de detalhes das esculturas do Retábulo Mayor ou Altar Maior (que foi construído durante o Renascimento Espanhol pelos escultores e irmãos Rodrigo e Martin de La Haya), pelas relíquias do Cofre de El Cid (herói espanhol que também foi homenageado no Arco de Santa Maria),até a Escalera Dorada (ou Escada Dourada) que serviu de inspiração para a escadaria da Ópera de Paris. E do lado da Escalera fica o carro de levar o Tesouro (Ostensório) nas procissões. Enfim, um lugar encantador e de uma beleza cativante!
Saindo dali, passamos em um restaurante para nos despedir da culinária espanhola! Dentre as várias opções de pratos, escolhemos a Paella de Vegetales (para a vegetariana aqui), também a Pasta à Siciliana (macarrão com azeite e pimentões) e o Bacalao Vizcaina (bacalhau acompanhado de fritas). Os valores ficavam entre 9 € e 12 € cada prato. Dá só uma olhadinha e depois me conta se deu vontade ou não…
E é nesse ambiente de paz, alegria e encantamento que nos despedimos de La Bela España, com lindas experiências na bagagem e um gostinho de quero mais para a próxima visita em breve. Daqui seguimos para a França que será no próximo post e que desde já te convido para me acompanhar. Vamos?