Está visitando a cidade de São Paulo ou é morador daqui, tem uma folguinha e não sabe o que fazer?
Eu te convido a me acompanhar nesse passeio pelo Parque do Ibirapuera (tenho certeza que você não vai se arrepender).
Esse pulmão de São Paulo ocupa uma área de 158 ha, fica localizado na zona sul da capital (Avenida Pedro Álvares Cabral – Vila Mariana) e é aberto diariamente das 05h às Oh.
É perfeito para quem quer estender uma toalha, fazer um pic nic e ficar apreciando os cisnes no lago. Para quem só quer relaxar e contemplar o visual. Para os esportistas é excelente para andar de bike, andar de patins, correr ou caminhar sozinho ou acompanhado de seu cão, enfim, motivos não faltam para desfrutar desse passeio.
Uma sugestão para complementar o passeio ao parque é visitar o Obelisco do Ibirapuera (https://parqueibirapuera.org/areas-externas-do-parque-ibirapuera/obelisco-do-ibirapuera/) Que na verdade é um Mausoléu em homenagem aos Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932 (M.M.D.C. – Martins, Miragaia, Drausio e Camargo e muitos outros combatentes que conforme a placa “Viveram pouco para morrer bem, morreram jovens para viver sempre”). Além das urnas funerárias e vídeos explicativos, o interior desse monumento de 72m de altura possui capelas com cenas da vida de Jesus Cristo retratadas em belíssimos mosaicos.
Se você está procurando cultura, o Parque do Ibirapuera também é uma excelente opção, conta com vários museus, que sempre trazem exposições muito interessantes. Vou começar falando do MAM (Museu de Arte Moderna), que foi fundado em 1948 por Francisco Matarazzo Sobrinho e ocupou várias sedes até se instalar em 1968 na Marquise do Parque. Seu acervo é significativo (mais de 4000 obras), bem como sua biblioteca, além de oferecer cursos e visitas educativas. Tudo isso para que a arte esteja cada vez mais próxima do público, como na exposição que fui no ano passado: “Cidade da Língua: Bompas&Parr”, onde cada sentido era trabalhado relacionado ao alimento, numa instalação, por exemplo, o mesmo tipo de chocolate era degustado em várias estações com trilhas sonoras diferentes, e por mais incrível que pareça, o sabor mudava… Quer saber mais sobre a programação e exposições atuais? Dê uma olhadinha no site: http://mam.org.br/
Outro museu que vale muito a pena conhecer é o MAC (Museu de Arte Contemporânea), que fica em frente ao parque na Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301 (se você estiver dentro do parque é só atravessar a passarela que já está lá). Ele foi criado em 1963 (desde 2012 ocupa o prédio atual), pertence à Universidade de São Paulo e conta com cerca de 10 mil obras. Também oferece cursos, eventos, biblioteca e exposições incríveis. Para ficar por dentro de tudo que acontece no MAC USP é só conferir o site: http://www.mac.usp.br/mac/
Logo que você chega no MAC já é recepcionado(a) por esse gatinho (“Um Amor sem Igual, 2011″ de Nina Pandolfo). Eu que sou gateira me apaixonei… Depois me encantei por várias obras, como não dá pra postar tudo, escolhi essas…
Continuando nosso tour, um passeio indispensável é na OCA: um pavilhão de exposições dentro do parque que foi projetado por Oscar Niemeyer em 1951 e desde 2017 integra os edifícios do Museu da Cidade. Sua arquitetura peculiar já é um convite para a visitação e as exposições que ela abriga são sempre surpreendentes, desde a arte chinesa (“China Arte Brasil”), arte sacra (“Esplendores do Vaticano – Uma Jornada Através da Fé e da Arte”) e arte dos mayas (“Mayas: revelação de um tempo sem fim”), passando pelo corpo humano (“Corpos – A Exposição”) e até homenageando o nosso rei da música, o cantor Roberto Carlos (“Roberto Carlos – 50 Anos de Música”), enfim, toda essa infinidade de temas, regadas com riqueza de detalhes e excelentes curadorias acendem a lanterna da curiosidade para saber qual será a próxima exposição… Mais detalhes podem ser encontrados no sites: http://www.museudacidade.sp.gov.br/oca.php e https://parqueibirapuera.org/equipamentos-parque-ibirapuera/oca-do-ibirapuera/
A última exposição que visitei na OCA foi “Art of the brick “ de Nathan Sawaya, mais conhecida como Exposição de Esculturas de Lego, um trabalho excepcional desse artista, que inicia a exposição nos mostrando numa projeção que “Sonhos são construídos… uma peça por vez”. A partir daí vai nos surpreendendo com a qualidade e perfeição da sua arte (cada nota explicativa das obras, além do nome, trazia a quantidade de peças de lego utilizadas e uma frase que nos instigava a refletir não só sobre a obra, mas principalmente sobre nós). Como você já percebeu, eu amo fotos, queria postar todas aqui e contar o que cada uma representou para mim, mas ninguém teria paciência para ver, então vou mostrar só duas…
No mesmo dia que fui nessa exposição, tive sorte que também estava acontecendo a 32ª edição da Bienal de Artes de São Paulo, que é realizada no Pavilhão da Bienal (ou Pavilhão Ciccillo Matarazzo – mais um dos prédios do Parque do Ibirapuera que foi projetado por Oscar Niemeyer e que já compensa a visita por sua riqueza arquitetônica). Além de exposição de artes, esse pavilhão recebe vários eventos, entre eles a “Mostra Viajar”, uma verdadeira viagem pelos roteiros através de seus sabores, sons, experiências virtuais, entre outros recursos que encantam e fazem você querer voltar na próxima (fui em 2017, 2018 e já estou esperando pela próxima). Mais informações sobre os eventos do Pavilhão da Bienal podem ser vistos no site: http://www.bienal.org.br/ E voltando a falar da Bienal de Artes, o tema era “Incerteza Viva” e nos estimulava a sermos mais questionadores e estarmos atentos a tudo ao nosso redor, aguçando nossos sentidos…
Pensa que acabou? Ainda não!!!! Você pode aproveitar para visitar o Museu Afro Brasil, que também fica dentro do parque próximo ao portão 10. Foi inaugurado em 2004 e possui mais de seis mil obras em seu acervo que retratam a importantíssima cultura afro e como ela nos influencia. Toda a programação e informações sobre o museu estão disponíveis no site: http://www.museuafrobrasil.org.br/
Sobrou mais um tempinho? Não deixe de se encontrar e se encantar com as estrelas do Planetário do Ibirapuera (ou Planetário Professor Aristóteles Orsini), que foi inaugurado em 1957 (mas precisou ser fechado para reformas em 2013 e foi reinaugurado em 2016) e conta com sessões às sextas, sábados, domingos e feriados. É só conferir o horário certinho e se programar http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/umapaz/planetario_ibirapuera/programacao/index.php?p=228020
Que São Paulo é uma cidade cosmopolita nós já sabemos e que conta com uma forte imigração japonesa também. Mas você sabia que dentro do Parque do Ibirapuera tem um pavilhão dedicado a essa cultura tão rica? É isso mesmo: o Pavilhão Japonês (https://parqueibirapuera.org/equipamentos-parque-ibirapuera/pavilhao-japones/). Ele foi inaugurado em 1954 e ganhou uma placa comemorativa em 1995 para celebrar o centenário da amizade Brasil – Japão. É cobrada uma taxa de visitação (quando fui estava R$ 10) que dá acesso a todo o complexo, formado pelo jardim tradicional (com diversas árvores e plantas), pelo jardim zen (que é lindo e transmite muita paz), pelo museu (que apresenta excelentes referências da cultura oriental, como pinturas, peças de cerâmicas, bonecas de porcelana e vários outros objetos) e pela parte mais graciosa (segundo minha singela opinião): o lago das carpas, que você pode alimentar com ração específica adquirida no próprio museu. Elas são tão lindas e encantadoras, que dá vontade de ficar ali o tempo todo só contemplando esse presente da natureza…
Gostou do passeio? Espero que tenha aproveitado e que se divirta muito na sua visita ao Ibira (apelido carinhoso que o chamamos). Se quiser mais informações sobre o parque e também sobre todo o trabalho de conservação e preservação é só acessar o site: https://parqueibirapuera.org/
Ah! Agora me conta conta como foi sua vivência no parque e qual dica legal pode nos passar 😉