Os Encantos da França

É chegada a hora de conhecer um dos países mais charmosos e comentados do mundo: a França. Será que o que dizem é verdade? “A França é tudo isso mesmo?” “Paris é realmente a cidade luz?”. Para responder a essas e muitas outras questões, te convido a me acompanhar e se render aos Encantos da França

Trocadero visto da Torre Eiffel em Paris

Roteiro do Primeiro Dia – Bordeaux: Praça da Bolsa / Hotel Mercure Bordeaux Château Chartrons/ Praça de Quinconces / Ópera Nacional de Bordeaux

Nos despedimos da Espanha pela aconchegante cidade de Burgos e começamos nossa expedição no território francês por Bordeaux (ou Bordéus em Português), que fica a aproximadamente 450 km de Burgos. Se você está acessando o blog agora e não sabe como foi o início do nosso tour pela Europa é só clicar no link de Portugal  (https://cadaviagemumabagagem.com/as-bagagens-de-portugal/) e no da Espanha (https://cadaviagemumabagagem.com/a-bela-espanha/) .

Agora voltando para Bordeaux, que é famosa pela qualidade de seus vinhos, e está localizada no sudoeste da França (na Região de Nova Aquitânia), abrigando um dos portos franceses mais antigos, na margem sul do Rio Garonne (ou Garona).

A fama de Bordeaux começou desde o século XVIII por conta de suas vinícolas e se estende até hoje. Vale lembrar que em 2007 foi considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO pelo seu conjunto urbano, após um grande projeto de revitalização do centro histórico.

Entrando em Bordeaux
Bondes de Bordeaux

Logo que chegamos, fomos recepcionados pelo Rio Garona, que corta a cidade e em cujas margens se formou um parque com alamedas beira-rio (ou “quais”), onde é possível caminhar, pedalar ou simplesmente sentar-se para apreciar a paisagem. Outra opção é fazer passeios de barco no próprio rio. Também fomos surpreendidos pelos bondes (ou “trams”) que é o principal sistema de transporte público da cidade e muito moderno!

Rio Garona e suas margens

Seguindo nosso caminho, nos deparamos com a Praça da Bolsa (ou Place de La Bourse): o grande cartão postal de Bordeaux. É uma praça em formato de ferradura, construída em 1755 para o Rei Luís XV, em razão da prosperidade econômica da cidade, e onde está localizado o antigo prédio da Bolsa. E para ficar ainda mais bonita, em 2006 foi construído um Espelho D’Água (Le Miroir D’Eau) na sua frente, pelo arquiteto e paisagista Michel Corajoud.

Praça da Bolsa
Fachada do Hotel Mercure Bordeaux
Cavalo de decoração do Hotel

Seguimos para o Hotel Mercure Bordeaux Château Chartrons, que já foi um “Château” (Castelo) e está relativamente perto do centro (uma bela caminhada, mas é possível chegar). O Hotel é maravilhoso e o jantar foi muito bom e um momento de celebração de novas amizades, com direito à brinde com vinho de Bordeaux!

Com os Novos Amigos: Almir e Sua Mãe, Elaine e Seu Marido, Minha Família e o Casal de Ourinhos

Terminando o jantar, meus pais foram descansar e eu fui com minha irmã conhecer o centro de Bordeaux, foi uma longa caminhada. Passamos pelo Jardim Público¸ que foi criado em 1746 e é uma ótima opção de passeio durante o dia, para descansar ao ar livre e contemplar a beleza da natureza. Mais detalhes sobre o jardim e horário de funcionamento estão no site: http://www.bordeaux.fr/l858 .

Jardim Público de Bordeaux

Também passamos pela Estátua de Joana D’Arc, uma importante heroína francesa, que lutou na Guerra dos Cem Anos e também é a Santa Padroeira da França (foi morta numa fogueira em 1431 e canonizada 1920).

Fomos contemplando a beleza da cidade até chegar à  Praça de Quinconces (ou Place des Quinconces), que é considerada a maior praça da Europa, foi construída entre 1818 e 1828 em frente ao Rio Garona e ocupa uma área de aproximadamente 12 hectares. A praça é usada para eventos, como concertos, feiras e festivais, e é nela que fica o Monumento aos Girondinos (ou Coluna dos Girondinos), que foi construído em 1895 por Dumilâtre e Rich, com uma altura de 43 m que abriga no topo uma estátua simbolizando a Liberdade e o monumento é cercado por duas fontes lindíssimas. Vale lembrar que os “Girondinos” formavam um grupo político muito importante na Revolução Francesa e seus membros foram executados ao final desta. O Monumento aos Girondinos também contém a figura do “Galo”, que é o símbolo da França, porque, segundo a lenda, “La Gola” era o antigo nome da França, que vem do latim “Gaios”, que significa “Galo”.

A Praça de Quinconces ainda apresenta outros monumentos que homenageiam escritores famosos, como Montesquieu e Montaigne e as duas colunas de entrada da praça em estilo neoclássico representam o comércio e a navegação. A praça foi construída no local onde ficava o Palácio de Trompette (ou Château Trompette): um forte de proteção da cidade, que foi destruído no início do século XIX.

Nós tivemos a oportunidade de visitar a praça durante o dia e à noite e foi muito bom poder apreciá-la dessas duas formas. Vale a pena conhecer e é de fácil acesso, tem uma estação de bonde ao lado dela e também é possível ir de ônibus.

Continuando nosso passeio, fomos conhecer a Ópera Nacional de Bordeaux (ou  Grand Théâtre de Bordeaux), que é a sede do Balé de Bordeaux e é um encanto. Nosso primeiro contato foi à noite, que realmente impressionou, mas a vista durante o dia também é super válida. Sua arquitetura é em estilo neoclássico, foi construída no final do século XVIII e projetada pelo arquiteto Victor Louis (o mesmo do Palácio Real de Paris), com destaque para as 12 colunas com 12 estátuas representando 9 musas e 3 deusas (Juno, Vênus e Minerva). Se você tiver um tempinho, vale a pena fazer uma visita guiada ao teatro. Mais informações estão no site: https://www.opera-bordeaux.com/visite-grand-theatre

Ópera Nacional de Bordeaux

A Praça que fica em frente à Ópera é bem agitada, tem restaurantes, cafés, um hotel muito bonito (Intercontinental Grand Hotel de Bordeaux), um relógio e até obra de arte (Sanna, 2013 de Jaume Plensa). E ali do lado fica a  Rue Sainte Catherine,  que é uma das maiores ruas de pedestres da Europa, com 1,25 km. É o shopping de rua de Bordeaux (como a Rua Oscar Freire de São Paulo).

Voltamos caminhando pro Hotel, aproveitando esse clima especial de Bordeaux e nos preparando para mais aventuras amanhã.

Margem do Rio Garona à noite

Roteiro do Segundo Dia – Bordeaux: Praça de Quinconces / Ópera Nacional de Bordeaux – Vale do Loire : Castelo de Chambord – Paris Iluminada: Arco do Trinfo/ Torre Eiffel/ Ópera Garnier

Acordamos cedo e já levamos nossa bagagem porque à noite dormiremos em Paris. Nosso tour por Bordeaux começou pela Praça de Quinconces, que visitamos ontem à noite e já te contei um pouquinho sobre ela. Mas vale a pena contemplar sua beleza diurna.

Detalhe da Liberdade no Monumento aos Girondinos

Também fomos apreciar a Ópera Nacional de Bordeaux, que durante o dia nos permite ver mais detalhes das esculturas das musas e deusas que estão no topo de suas colunas. O Intercontinental Grand Hotel de Bordeaux também é lindo durante o dia!

Família na Ópera de Bordeaux durante o dia

Outro cartão postal de Bordeaux é a  Catedral de Bordeaux ou Catedral de Santo André  (ou  Cathedrale Saint André ou San Andres), cuja construção é em estilo gótico e foi fundada em 1096 pelo Papa Urbano II, mas passou por várias restaurações posteriormente.

Sua torre (Tour Pey-Berland) oferece uma bela vista da cidade (basta subir um pouco mais de 200 degraus…). Ela faz parte do Caminho de Santiago de Compostela na França e desde 1998 é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Mais informações estão no site: www.cathedrale-bordeaux.fr.

Aproveitando que você está na Catedral, ali pertinho fica o Museu de Belas Artes (ou Musée des Beaux-Arts) e vale uma visita. Seu estilo é o neoclássico, foi construído no final do século XIX, ficou fechado por um tempo, mas reabriu em 2013. Mais detalhes no site: www.musba-bordeaux.fr.

Também nessa região fica a Porte Cailhau (ou Porta Cailhau), um portal da cidade, construído no século XV em homenagem à vitória de Carlos VIII em Fornoue na Itália, com arquitetura gótica que se mantém muito bem conservado. É possível visitar seu interior e subir na torre, de onde se tem uma vista muito bonita da Pont de Pierre.

Porta Cailhau

Falando nisso, a Pont de Pierre (ou Ponte de Pedra),  foi inaugurada em 1822 e restaurada em 2003, e antigamente era a única forma de cruzar o Rio Garona. Sua arquitetura chama a atenção pelos detalhes de suas grades de ferro e o charme de suas lâmpadas.

Se você tiver mais um tempinho e for amante de vinho, com certeza vai se encantar  por esse lugar:  La Cité du Vin ou Cidade do Vinho, que foi inaugurada em 2016, permitindo de uma forma bem interativa e sensorial uma imersão no universo do vinho. Além de museu, o espaço conta com bar para degustação, workshops e lojinhas. Mais informações estão no site: www.laciteduvin.com/fr.

Outro local dedicado ao vinho é o Musée du Vin (ou Museu do Vinho), que conta como foi a ascensão do vinho na região desde a era medieval até os dias atuais. É possível fazer visita com degustação. Mais detalhes estão no site: www.museeduvinbordeaux.com.

E se você for ficar mais um dia em Bordeaux, uma super dica é fazer visitação às vinícolas. No próprio hotel eles podem te sugerir os tours. E vou te contar uma curiosidade: muitas vinícolas são chamadas de Château (Castelo), mas não significa que possuem um castelo em sua propriedade, mas porque essa denominação também era utilizada para a casa senhorial ou rústica. E para receber o título de “Château”, o cultivo e a produção do vinho devem acontecer na mesma propriedade.

Com certeza Bordeaux é um lugar que dá vontade de ficar e explorar bem mais. O que já é um convite para uma próxima oportunidade…

Até Breve Bordeaux!!!

Agora seguimos viagem em direção ao Vale do Loire, também conhecido como o “Jardim da França”, que fica a cerca de 200 km de Paris e é uma região margeada pelo Rio Loire, repleta de beleza e riqueza cultural. Abriga vilas históricas, monumentos, vinhedos e sua principal atração: os “Châteaux”, aqui realmente no sentido de Castelos/ Palácios, que foram construídos inicialmente no século X, porém com mais afinco por volta do século XV, como forma de ostentação do poder dos reis e da nobreza. Mesmo com a construção do Palácio de Versalhes no século XVII, foram mantidos como residência real de veraneio.

Durante a Revolução Francesa, muitos castelos foram destruídos e outros foram utilizados como quartéis nas Grandes Guerras Mundiais. Atualmente alguns ainda são propriedade privada, mas a maioria é de destinação turística, como hotéis, ou são geridos pelo governo e são abertos para visitação, como é o caso do de Chambord.

O Vale do Loire foi declarado Patrimônio da Humanidade desde o ano 2000 e cada um dos seus “Châteaux” tem algo de especial que atrai e encanta os turistas.

Um dos Castelos no Caminho do Vale do Loire

Um dos mais belos e conhecidos é o  Château de Chenonceau, que foi construído sobre o Rio Cher, tem belíssimos jardins e também é chamado de Castelo das Sete Damas, devido à influência feminina em seu comando, como  Diane de Poitiers e Catarina de Médicis. Para conhecer um pouco mais sobre esse castelo, é só visitar o site: www.chenonceau.com.

Também tem o Château Real de Amboise (www.chateau-amboise.com) onde está o túmulo de Leonardo da Vinci (que morou na região no final de sua vida e sua residência: o Palacete de Clos Lucé se transformou em museu em sua homenagem).

Outros castelos que também merecem uma visita são o Château Royal de Blois (ou Castelo Real de Blois), que foi a residência preferida dos Reis da França na Época do Renascimento. Além da visitação tradicional, o castelo apresenta um espetáculo de luz e som com projeções em sua arquitetura ao anoitecer. Mais detalhes no site: www.chateaudeblois.fr. E o Château Villandry (www.chateauvillandry.fr), cujo charme está na beleza de seus jardins.

O que visitamos foi o Château de Chambord, que é o maior e sua construção data de 1519, tem um telhado cheio de tons e sua imponência realmente impressiona. É possível visitar seu interior (que não tivemos tempo de fazer nessa viagem, mas já está na minha lista para a próxima visita), se você tiver tempo vale a pena ter essa experiência. Você também pode contratar um carrinho (parecido com os de golfe) e fazer um tour pelos jardins do Palácio. Mais informações estão no site: www.chambord.org/fr

Castelo de Chambord

A sensação desse lugar é realmente de um conto de fadas, é tudo tão perfeito e tão lindo que encanta os olhos!!!

Lago do Castelo de Chambord
Jardins atrás do Castelo de Chambord

E foi nesse ambiente, no restaurante “Le Saint-Louis” que minha família pode provar o “croque monsieur”, um lanche francês bem típico. Trata-se de um sanduíche de presunto e queijo com queijo gratinado por cima (no valor de 4,60 € cada). Outro lanche típico é a “baguette chaude”, que é um sanduíche na baguete e que também vai ao forno para gratinar. A vegetariana aqui optou pelo crepe francês de queijo (não se engane com a foto, não é papelão… É o meu crepe e estava muito bom!). O valor também foi em torno de 4 €.

Familia provando o “Croque Monsieur”

Ainda passamos na lojinha do Castelo para provar as “madeleines” que são bolinhos em forma de concha muito conhecidos na França e fiquei muito surpresa e contente ao encontrar uma régua com o significado do meu nome.

Adorei a Régua da Luna

A vontade era de ficar ali e apreciar ainda mais a beleza do Castelo. Mas a viagem continua, nossa excursão segue agora com destino a Paris!!!!

Entrando em Paris…

À medida que vamos nos aproximando da cidade e avistamos a Torre Eiffel, a adrenalina aumenta. É realmente emocionante estar aqui, a realização de um sonho!!!! Muita gratidão a Deus por esse momento!!!

Fomos direto para o hotel, o Mercure Paris La Défense, que fica no bairro empresarial de La Défense, o centro financeiro de Paris. É rodeado por lojas, restaurantes e prédios bem bonitos. A vista do terraço à noite é verdadeiramente maravilhosa!!

É relativamente perto do centro de Paris, cerca de 10 minutos de metrô da Champs Élysées, mas tem que caminhar um pouco ou pegar uma van do hotel até o metrô. Porém, como sempre estávamos com o ônibus da excursão, acabamos não pegando o metrô e na volta de alguns passeios particulares voltamos de táxi.

Ainda tivemos um tempinho para jantar e nos arrumar para conhecer a “Paris Iluminada”, um passeio do pacote (€45 por pessoa) que nos levou para os principais pontos turísticos da cidade. Também é possível visitar esses lugares indo de metrô, sempre tem uma estação por perto. Para saber mais detalhes é só olhar no site oficial de transporte de Paris, tem os horários e itinerários (tem até opção em Português): www.ratp.fr/en/visite-paris/do-brasil/visitando-paris-e-seus-arredores.

Nossa primeira parada foi num dos principais cartões postais de Paris, o Arco do Triunfo, que foi construído em homenagem às vitórias de Napoleão Bonaparte (que ordenou sua construção em 1806, porém morreu em 1821, antes de ver a inauguração que se deu em 1836). O monumento com 50 m de altura por 45 m de largura e 22 m de profundidade, em estilo neoclássico projetado por Jean Chalgrin, conta com o túmulo do soldado desconhecido (monumento em homenagem aos combatentes de guerra não identificados) em sua base e com a gravação de nomes das batalhas e generais em suas paredes. O Arco fica na Praça Charles de Gaulle, no final da Champs Élysées. É possível visitar o interior do Arco e ainda ter uma vista belíssima do seu topo. Mais informações estão no site: www.paris-arc-de-triomphe.fr.

O Incrível Arco do Triunfo
Família no Arco do Triunfo

Agora chegou o momento de conhecer a Avenue des Champs-Élysées (ou Avenida dos Campos Elíseos), que é uma das avenidas mais bonitas e famosas do mundo (adjetivos mais que merecidos). Seus 1.910 m de comprimento, que começam na Praça da Concórdia e terminam no Arco do Triunfo, são preenchidos por lojas famosas, cinemas, cafés, restaurantes, etc. Com certeza é uma excelente opção de passeio que não pode faltar no seu roteiro.

Também passamos pelo Museu do Louvre, pelo Palácio dos Inválidos e pela Ponte Alexandre III. Vou falar sobre eles no roteiro de amanhã, mas vou te mostrar as fotos porque a iluminação noturna lhes confere um charme todo especial…

Vista noturna da Ponte Alexandre III

Nossa próxima parada foi para ver a Ópera Garnier, um edifício belíssimo em estilo barroco, projetado pelo arquiteto Charles Garnier, construído entre 1861 e 1875 e que abriga a Ópera Nacional de Paris (em conjunto com a Ópera da Bastilha que é atualmente a sede oficial). Também é palco de apresentações de balé. Mais detalhes e até uma visita virtual podem ser conferidos no site: www.operadeparis.fr/visites/palais-garnier.

A deslumbrante Ópera Garnier
Ópera Garnier

Dali seguimos em direção a ela: linda, poderosa, reinando absoluta no céu de Paris: a Torre Eiffel, um dos monumentos mais visitados do mundo e que está completando 130 anos em 2019. Vou deixar para falar mais sobre ela no roteiro de amanhã, quando vou te contar como foi a experiência de subir até seu 3° piso. Agora te deixo com essas fotos lindas da Torre. E se quiser ver mais detalhes dessa iluminação especial com 20.000 lâmpadas por 5 minutos a cada virada de hora é só dar uma olhadinha no vídeo no nosso canal do youtube: https://youtu.be/U5Rhx8lSsv4

A Poderosíssima Torre Eiffel!!!

Completamente encantados com Paris Iluminada voltamos para o hotel para descansar porque amanhã tem muito mais!

Roteiro do Terceiro Dia – City Tour / Torre Eiffel/ Museu do Louvre / Bateaux Mouches

Começamos nosso dia fazendo um City Tour pela cidade que já estava incluso no pacote. Passamos pelo Arco do Triunfo e pela Champs Élysées (é muito bom ter a oportunidade de ver o contraste do roteiro durante o dia e a noite, e como são igualmente lindos!).

Seguimos até a Place de la Concorde (ou Praça da Concórdia), que é a maior praça de Paris e a segunda maior da França (ficando atrás apenas da Praça dos Quinconces que conhecemos em Bordeaux). Ela já foi cenário de momentos importantes da história francesa, mas sem dúvida um dos mais marcantes foi a instalação da guilhotina, responsável pela execução de Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta, Robespierre, entre outros. Ficou conhecida nesse período como Praça da Revolução, passando a ter o nome de Praça da Concórdia em 1795, depois Praça Luís XVI em 1826 e voltando a ser chamada de Praça da Concórdia em 1830. Em 1833 recebeu o Obelisco de Luxor, um obelisco egípcio de 23 m de altura e 230 toneladas que marcava a entrada do Templo de Luxor, e é decorado com hieróglifos de Ramsés II, que foi oferecido a França pelo vice-rei do Egito Mehmit Ali em agradecimento ao trabalho do francês Jean-François  Champollion na tradução dos hieróglifos egípcios.

A Praça da Concórdia também abriga duas fontes do arquiteto Jacques Ignace Hittorf: a Fonte dos Mares (Fontaine des Mers)  e a Fonte dos Rios (Fontaine des Fleuves) que foram inauguradas em 1840, celebrando a navegação fluvial e marítima.

Fonte da Praça da Concórdia

Dali seguimos para o Palácio dos Inválidos (ou Hotel National des Invalides), um monumento que foi construído em 1670 por ordem do Rei Luís XIV para abrigar os soldados que voltavam da guerra mutilados e não tinham para onde ir. Atualmente mantém essa finalidade, acrescido do Museu dos Inválidos ou Museu do Exército (Musée de l’Armée), da necrópole militar (Panteão Militar), onde está sepultado Napoleão Bonaparte e da Capela dos Inválidos (ou Cathédrale de Saint-Louis des Invalides). O sarcófago com as cinzas de Napoleão está numa cripta sob a cúpula dessa Capela. Mais informações estão no site: www.musee-armee.fr/accueil.html.

Palácio dos Inválidos

Também passamos pelo Panteão de Paris, que foi idealizado em 1764 sob as ordens de Luís XV para ser uma igreja em homenagem à Santa Genoveva (por ter se curado de uma grave doença), porém quando da finalização das obras em 1790, o monumento, por pressão dos revolucionários burgueses, tornou-se o Panteão Nacional para abrigar os túmulos de grandes nomes da França, como o dos escritores Alexandre Dumas (autor de “Os Três Mosqueteiros”, “O Conde de Monte Cristo”, entre outros) e Victor Hugo (autor de “Os Miseráveis” e “Notre-Dame de Paris” ou “O Corcunda de Notre Dame”) e dos filósofos como Voltaire, Rousseau, entre outros. Mais detalhes estão no site: www.paris-pantheon.fr.

Se você tiver um tempinho, bem perto do Panteão de Paris fica o Jardim de Luxemburgo, um dos maiores parques públicos de Paris, com mais de 22 hectares. Além de desfrutar do verde, das flores, das belas esculturas pelas parque, você pode se encantar com a beleza do Palácio de Luxemburgo, que é a sede do Senado Francês. No site tem até uma visita virtual para você já ir se familiarizando com o ambiente (www.senat.fr/visite/visite_virtuelle/uk/index.html). Mais informações do jardim estão na página: www.senat.fr/visite/jardin/index.html.

Paris também é famosa por suas pontes, entre elas a Ponte Alexandre III, que é uma das mais bonitas, foi construída entre 1896 e 1900 e recebeu esse nome para homenagear o Czar Alexandre III (responsável por concluir a aliança Franco-Russa em 1892). A ponte é considerada um monumento histórico, devido a sua beleza, foi feita em arco, mesclando o estilo Beaux-Arts (que mistura influências greco-romanas com renascentistas) em suas esculturas de ninfas, cavalos alados, leões, entre outros e o estilo Art Noveau (ou Arte Nova) em seus postes de iluminação. Ela atravessa o Rio Sena e liga o bairro dos Campos Elísios ao Palácio dos Inválidos. Eu fiquei encantada por essa ponte, veja só o capricho de uma de suas colunas ao lado…

A beleza da Ponte Alexandre III

Agora um dos momentos mais esperados da viagem: conhecer de perto a Torre Eiffel, já tivemos um primeiro contato ontem à noite, que com certeza foi inesquecível, mas sua vista durante o dia também merece destaque! A famosa Torre Eiffel é uma torre treliça de ferro com mais de 300 m de altura (324 m normalmente, chegando a 339 m no verão por conta da dilatação), que fica no Campo de Marte. Ela foi projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel (daí seu nome) para ser o arco se entrada da Exposição Universal de 1889, em comemoração ao centenário da Revolução Francesa, e para ficar lá por apenas 20 anos. Porém quando esse prazo estava acabando, percebeu-se que ela seria muito útil como antena de transmissão de rádio, então passou a ter essa função e atualmente também serve como antena de TV (da TNT), e o complexo da Torre ainda conta com lojinhas e restaurantes. É o símbolo de Paris e um dos monumentos mais visitados no mundo e a vista que oferece é realmente encantadora!!!

A Famosa Torre Eiffel

No nosso City Tour estava incluso somente sua vista. Mas compramos pelo site (com antecedência, porque se for comprar na hora, na bilheteria, a fila é gigantesca) os ingressos para subir na Torre (www.toureiffel.paris/fr). Entretanto, se você for comprar pela internet tem que se programar direitinho porque os ingressos são vendidos com o horário específico da visita (e não só o dia), então você tem que ter certeza que estará lá na hora da visita. No nosso caso deu certinho!!! Ah! Você pode escolher se quer subir todos os três pisos e também se quer elevador ou escada para o 2° piso (para o 1° é só escada, para o 2° tem a opção de elevador e escada e para o 3° o acesso é só por elevador). Vale muitíssimo a pena subir até o 3° piso, a vista é apaixonante!!! Mas cuidado com óculos, chapéus e seus pertences porque venta muito.

Vista do Rio Sena do 2º Piso da Torre Eiffel
Campo de Marte visto da Torre Eiffel
Vista do 3º Piso da Torre Eiffel

Se encantou com as imagens, não foi? Eu não tenho palavras pra descrever a emoção que senti!!! Foi realmente mágico!!!

Ah! Eu não podia deixar de te contar o que aconteceu com minha mãe (que tem um certo medo de altura), falei pra ela que tinha comprado os ingressos para subir até o 3° piso da Torre, ela ficou tranquila pensando que o 3° piso seria o 3° andar, mas quando chegamos lá, no 2° piso ela já queria descer, achando que o passeio tinha acabado por ali: “Aqui não é o 3° andar?”, eu disse que não: “Aqui é o 2° piso e nós vamos lá no topo, no 3° piso e não 3° andar”. O coraçãozinho dela disparou, mas ela foi super corajosa, venceu o medo, subiu até o 3° piso e ficou encantadíssima com a vista de Paris aos 276 m de altura. Ficamos muito orgulhosos dela!!! Dá uma olhadinha nesse vídeo pra sentir um pouquinho da descida da Torre: https://youtu.be/havKNCHYKJs

Família no 3º Piso da Torre Eiffel
Dá só uma olhadinha na base da Torre Eiffel

Saímos da Torre Eiffel apressados em direção ao Museu do Louvre (ou Musée du Louvre), porque nossos ingressos também foram comprados pelo site oficial (www.louvre.fr) com antecedência e com horário. Mas graças a Deus chegamos a tempo para adentrar nesse universo de arte!

Museu do Louvre

O Museu do Louvre é considerado o maior museu de arte do mundo e também o mais visitado, ocupando uma área de quase 73 mil m² e onde originalmente ficava o Palácio do Louvre, que já foi fortaleza do século XII ao XIII e no século XVI passou a ser residência real e no século seguinte (quando Luís XIV mudou-se para o Palácio de Versalhes) passou a ser utilizado para expor a coleção de arte da realeza, sendo declarado oficialmente como museu em 1793, precisou ser fechado para reformas entre 1796 a 1801, mas a partir daí seu acervo só cresceu, contando com mais de 380 mil itens e a exposição permanente passa de 35 mil obras, desde a pré-história até  a atualidade. O Museu possui três entradas: pela pirâmide (onde entramos), pelo Carrousel Du Louvre (que é um shopping que fica no subsolo do museu) e pela Rue de Rivoli (rua lateral ao Louvre). Seu formato é em “U” e é divido em três alas: Richelieu, Denon e Sully e cada uma delas tem cinco andares: subsolo (hall), mezanino (-1), térreo (0), 1° andar (1) e 2° andar (2).

Embaixo da Pirâmide do Louvre com a Obra “Trono” de Kohei Nawa

Para ajudar a aproveitar mais sua visita, você pode baixar o mapa do museu no site e também o aplicativo com o audioguia no seu celular, ou então alugar um audioguia lá na hora da visita. E mais uma dica é que você monte um roteiro escolhendo as obras que quer ver, dividindo-as por ala, para já visitar tudo o que quer naquela ala e assim por diante. Usei esse método e deu certo pra ver tudo o que eu tinha escolhido. Com certeza queria mais tempo para apreciar toda a riqueza cultural que o museu tem a oferecer, mas fica para uma próxima visita. Agora te convido a embarcar comigo nesse passeio pelo Louvre, conhecendo algumas das principais obras que visitei (tive que selecionar bem o que postar para não te cansar, porque foram tantas fotos…).

Psique Reanimada pelo Beijo de Eros

Começamos pela Ala Denon  (no térreo), onde vimos “Psique Reanimada pelo Beijo de Eros/Amor, uma obra de Antonio Canova, feita entre 1787 e 1793 em estilo neoclássico. Depois no patamar da escada para o 1° andar, a incrível: “Victória de Samotracia”, uma escultura de 190 a.C., cujos fragmentos foram encontrados no alto de uma colina em 1863 na Ilha de Samotrácia, faltando a cabeça e os braços, mas com asas e uma túnica esvoaçante, é a Deusa da Vitória Nice. A estátua está num pedestal em forma de proa de barco, representando a vitória naval.

Com a Victória de Samotrácia

Ainda no 1° andar da Ala Denon, na sala 711, fomos visitar a “Mona Lisa”, (La Gioconda) de Leonardo da Vinci (pintada entre 1503 e 1506, em Florença na Itália), um dos quadros mais famosos do mundo, mede 77 cm de altura por 53 cm de largura, o que acaba sendo uma surpresa para quem espera um quadro gigantesco, e mesmo protegido por um vidro e só podendo ser visto a uma certa distância, é realmente encantador e ao mesmo tempo enigmático o sorriso da Mona Lisa e a curiosidade de quem seria ela…

Nessa mesma sala, em frente à Mona Lisa, está “As Bodas de Caná”, de Paolo Veronese, um dos maiores quadros do museu (677 cm x 994 cm), ocupando a parede inteira e representando o milagre de Jesus de transformar água em vinho. Com certeza, merece uma pausa para observação!

As Bodas de Caná

Também no 1° andar da Ala Denon (sala 700), contemplamos “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix, em comemoração à Revolução de Julho de 1830 com a queda do Rei Carlos X, é um quadro forte, muito simbólico, com uma mulher com a bandeira da Revolução Francesa, guiando o povo sobre uma barricada de cadáveres derrotados. E o menino com a pistola para o alto pode ter inspirado o personagem Gavroche de “Os Miseráveis” de Victor Hugo.

No 1° andar da Ala Denon, também apreciamos “A Coroação de Napoleão”, de Jacques Louis David, pintado em 1807 para retratar o momento da coroação de Napoleão I como Imperador da França na Catedral de Notre-Dame em 1804. É um quadro enorme, medindo cerca de 10 m x 6 m!

A Coração de Napoleão

Agora seguimos para a  Ala Sully, no Mezanino (-1), onde fica o Louvre Medieval, que são as estruturas preservadas de quando o Louvre era uma fortaleza. Foi muito interessante conhecer essa parte e saber um pouco mais da sua história.

No Louvre Medieval

Continuando no Mezanino da Ala Sully, visitamos a “Grande Esfinge de Tânis”, que é a maior esfinge fora do Egito, com mais de 4000 anos, tem uma altura de 1,83 m por 4,80 m de comprimento e 1,54 m de diâmetro. Ela pesa mais de 24 toneladas e se apresenta na forma de corpo de leão com cabeça de faraó.

Também na Ala Sully, no térreo (0), encontramos a “Vênus de Milo”, uma das obras mais procuradas pelos visitantes do museu e uma das estátuas mais famosas da antiguidade grega. Ela foi encontrada em 1820 na Ilha de Milo, sem braços e com as pernas cobertas por um pano. Houve uma divergência se o nome deveria ser “Vênus” (deusa romana do Amor) ou “Afrodite” (deusa grega do amor) por ser uma estátua grega, mas prevaleceu “Vênus”. A estátua é feita em mármore e mede mais de 2 metros de altura e foi esculpida aproximadamente entre 130 a 100 a.C.

No térreo da Ala Sully, na Sala das Cariátides, também contemplamos a “Diana de Versalhes” ou “Diana Caçadoraou ainda “Ártemis com a serva”, é uma das estátuas da época da antiguidade mais conservada. É uma escultura romana em mármore datada do século II, porém acredita-se que seja uma cópia de uma estátua grega em bronze do século IV a.C. Ela recebeu o nome de “Versalhes” porque Luís XIV a utilizou para decorar a Galeria dos Espelhos Palácio de Versalhes (atualmente existe uma cópia lá).

Nessa mesma Sala das Cariátides, onde estão obras romanas inspiradas em estátuas gregas, encontramos “Hermes atando as sandálias”, que chama a atenção pela sutileza dos detalhes e perfeição na representação do corpo.

Hermes Atando as Sandálias

Nos dirigimos agora para a Ala Richelieu, no mezanino (-1), próximo às escadas, no Pátio Marly, onde estão “Os Cavalos de Marly”, do escultor Guillaume Coustou, mostrando o homem tentando domar o cavalo, representando a luta do homem contra a a natureza. Eles foram instalados no Parque de Marly em 1745 e depois com a Revolução Francesa, em 1793, foram para a entrada da Champs Élysées na Praça da Concórdia e ali ficaram até 1985, quando vieram para o Louvre. O estilo é barroco francês, bem naturalista e rico em detalhes.

Também no mezanino da Ala Richelieu, no Pátio Puget, fica a obra “Four Captives” ou “Four Defeasted Nations”, que representam quatro nações: Espanha, Império Romano, Holanda e Brandenburgo, e suas reações à captura ou cativeiro: revolta, esperança, resignação e mágoa.

No térreo da Ala Richelieu, encontramos o famoso “Código de Hamurabi”, um monolito de mais de 2 m de altura onde estão talhadas 282 leis (dentre elas, a Lei do Talião: “olho por olho, dente por dente”). É o código de leis mais antigo do mundo, escrito pelo Rei Hamurabi da Mesopotâmia, no século XVIII a.C. No seu topo está a representação de um rei e uma divindade.

Ainda na Ala Richelieu, no 1° andar (1), conhecemos os  “Apartamentos de Napoleão III”, embora tenha esse nome, o Imperador Napoleão III (sobrinho de Napoleão Bonaparte) não chegou a morar aqui (quem morou de fato foram os Ministros de Estado), mas recebeu essa nomenclatura pelo estilo luxuoso que apresenta.

Os Apartamentos de Napoleão III
Um luxo só…

Maravilhados com essa exuberância, deixamos o Louvre porque ainda temos outro passeio. Mas se você tiver um tempinho sobrando, além de aproveitar mais o museu, pode visitar o Jardim das Tulherias (ou Jardin des Tuileries), que fica em frente ao Louvre. Esse jardim foi criado no século XVI inicialmente em estilo italiano e depois, no século XVIII, foi reformado para o estilo francês (formal e simétrico) pelo arquiteto André Le Nôtre (o mesmo do jardim do Palácio de Versalhes). Ele é repleto de fontes, esculturas e muito verde e recebeu esse nome por conta das fábricas de telhas (tuiles) que ficavam ao redor e também deram nome ao Palácio das Tulherias (da Rainha Catarina de Médicis), que hoje não existe mais. É nesse jardim que está localizado o Musée de L’Orangerie, que conta com um rico acervo de obras impressionistas, como “Les Nymphéas” (ou “Nenúfares”) de Monet, entre outras. Mais informações do jardim estão no site: www.parisinfo.com/musee-monument-paris/71304/Jardin-des-Tuileries.

Entrada do Jardim das Tulherias ao fundo

O passeio que vamos fazer agora também já havíamos comprado pela internet para ganhar tempo, é o Passeio de Barco pelo Rio Sena e Jantar no Bateaux-Mouches. E já que vamos fazer esse passeio, vou te contar uma curiosidade sobre o Rio Sena: na década de 1960, ele era considerado um rio quase morto devido a sua poluição, mas foi feito um trabalho sério de recuperação progressiva, permitindo que ele seja navegável e tenha até peixes hoje em dia. Bem que esse exemplo poderia ser seguido para recuperar o Rio Tietê em São Paulo. Vamos torcer!!!

Rio Sena

E também foi por causa do Rio Sena que surgiu o nome da cidade “Paris”. Diz a lenda que a tribo celta “Parisi” ou “Parísios” estava navegando por esse rio e encontrou uma ilha, onde resolveu se fixar, formando a cidade de Lutécia e quando os romanos conquistaram essa ilha e começaram a expansão deram o nome de “Lutecia Parisi” por conta de seus habitantes, e o nome foi se modificando até chegar a “Paris”. Essa ilha é a Île de la Cité, onde fica a catedral de Notre Dame.

Agora vamos embarcar no Bateaux Mouches e navegar por esse rio maravilhoso. Ah! Durante o passeio observamos que os franceses costumam fazer piquenique nas suas margens e o melhor de tudo: recolhem todo o lixo. Não vi nada jogado no rio. Que educação e consciência ambiental. Estão de Parabéns!!!

Patos se divertindo no Rio Sena

Com certeza é um passeio imperdível, você pode escolher em fazer só o tour ou incluir as refeições também. O importante é poder apreciar os principais pontos turísticos de Paris de um outro ponto de vista: navegando pelo Rio Sena. O barco sai da Ponte de l’Alma e vai passando pelo Louvre, Museu de Orsay, Ilha da Cidade (Île de la Cité), Catedral de Notre Dame e a incrível vista da Torre Eiffel do barco. Mesmo que você opte pelas refeições, enquanto se delicia com a culinária francesa pode apreciar a vista e quando terminar ou sempre que quiser pode subir para a proa para ver mais de perto.

Passeio de Bateaux-Mouches

Não se preocupe em não saber o que vai comer por não entender francês, porque tem o cardápio em português. E quando você compra o passeio com refeição é um valor fixo, incluindo entrada, prato principal e sobremesa, mais uma garrafa de vinho ou água para duas pessoas ou um refrigerante por pessoa, e também um café ou chá. Eu fiquei mega feliz porque eles oferecem opção vegetariana. O passeio sem jantar custa a partir de 14€ (adulto) e com o jantar, a partir de 75€ por pessoa. E tem também as opções de almoço e brunch. Mais detalhes estão no site: www.bateaux-mouches.fr/pt/restaurante. Dá só uma olhadinha nos pratos e me diz se não dá água na boca…

Jantar em família no Bateaux-Mouches
Sopa fria de Abobrinha ao Leite de Coco – Um brinde no Bateaux- Mouches – Risoto de Massa de Trigo Sarraceno

O valor é um pouco salgado quando fazemos a conversão para o real, mas a experiência é tão mágica e os momentos vividos ali são tão inesquecíveis que vale a pena economizar e se dar esse presente. Escolhemos o jantar das 18h com o percurso de 1h15 para pegarmos o final da tarde, mas tem opções mais tarde, que parte às 20h30 com 2h15 de duração. Tem até a opção de um jantar especial com pedido de casamento. Já imaginou que declaração de amor um pedido assim?

E olha que incrível os pontos turísticos de Paris vistos do Bateaux-Mouches…

Catedral de Notre-Dame vista do Bateaux-Mouches

Com essa vista maravilhosa e inesquecível de Paris voltamos para o Hotel para descansar e nos preparar para o roteiro de amanhã que também será puxado.

Torre Eiffel vista do Bateaux-Mouches

Roteiro do Quarto Dia – Palácio de Versalhes / Catedral de Notre Dame

Acordamos cedo e fomos para o Palácio de Versalhes, que fica a cerca de 30 km de Paris, fechamos o pacote com o nosso receptivo que é a Special Tours (78€ por pessoa), mas é possível ir de trem também. O Palácio de Versalhes é um dos maiores do mundo e uma luxuosa construção (símbolo da monarquia francesa), foi idealizado por Luís XIV, serviu de residência real desde 1682 até 1789 (por causa da Revolução Francesa) e foi transformado em museu em 1837.

Portão do Palácio de Versalhes

Tão lindo quanto o Palácio em si (que vou falar daqui a pouco), é o seu famoso jardim: o Jardim de Versalhes. Logo na chegada, o portão dourado do Palácio já te cativa, e a medida que você vai entrando nos jardins é impossível não se encantar com a perfeição e a beleza daquele lugar. O projeto do jardim foi do arquiteto e paisagista André Le Nôtre, que apostou na simetria e no uso da luz solar nos canteiros ou parterres (que parecem bordados), fontes e canais. Foi desenvolvido um grande projeto de engenharia hidráulica para ter água suficiente para abastecer essas fontes.

Bem-vindos ao magnífico Jardim de Versalhes
Jardim das Flores em Versalhes
Aquele abraço… (by fotógrafo Almir)
Escultura: “Amour porté par un Sphinx” de Nicolas Duval, Jacques Houzeau e Louis Lerambert

O Complexo do Palácio de Versalhes também abriga o Grand Trianon (um lugar mais reservado e sem tantas formalidades quanto o Palácio) e o Petit Trianon (que era o Palacete da Rainha Maria Antonieta), nos jardins desse fica o Petit Hameau ou Le Hameau de La Reine (A vila ou aldeia da Rainha), uma espécie de quinta ou fazenda. Entre os Jardins do Palácio, podemos citar o Laranjal, o  Jardim das Flores e a maravilhosa Bacia e Solo de Latone, e também a Bacia de Apolo e o Grande Canal, que são belíssimos. É possível ir caminhando ou alugar uma espécie de “carrinho de golfe” para percorrer todo o jardim. E toda essa exuberância do jardim era para demonstrar o poder do rei e seu controle, inclusive sobre a natureza.

O Laranjal
Bacia e Solo de Latone

Agora vamos explorar o interior do Palácio de Versalhes, que foi construído onde era o pavilhão de caça de Luís XIII e se transformou num  dos maiores palácios do mundo com quase 64 mil m², que abrigam 700 quartos, 2153 janelas, 800 hectares de parque, entre outros números. O projeto do Palácio foi do arquiteto Louis Le Vau e após sua morte, quem assumiu foi Jules Hardouin-Mansart.

A imponência do Palácio de Versalhes

O Palácio é dividido em várias salas que levam o nome dos deuses, como a Sala de Hércules, Vênus, Diana, Apolo, Mercúrio, entre outros. Também tem a Capela e os apartamentos do Rei e da Rainha e a sala mais famosa do palácio: a Galeria dos Espelhos, que começou a ser construída em 1678 e terminou em 1686, medindo 73 m de comprimento por 10,50 m de largura e 12,30 m de altura e conta com mais de 300 espelhos, lustres magníficos e várias pinturas retratando eventos marcantes da vida de Luís XIV.

Na Galeria dos Espelhos

A Galeria dos Espelhos também abriga a réplica da estátua “Diana de Versalhes”, que vimos no Museu do Louvre. Essa galeria era o caminho de passagem do Rei de seus aposentos até a Capela Real, depois foi usada para recepções, casamentos reais e outros grandes eventos, como a assinatura do Tratado de Versalhes que pôs fim à Primeira Guerra Mundial.

A Capela Real de Versalhes

Não podia deixar de te mostrar a Foto de Luís XIV, o famoso “Rei Sol” ou “O Grande”, que reinou a França por 72 anos (de 1643 até 1715 – considerado o maior reinado do planeta), tornando-se o ícone da monarquia francesa. Ele escolheu o sol como símbolo porque é o astro que dá vida e também representa a ordem e a regularidade. E foi ele quem disse a frase “O Estado sou eu” (“L’État c’est moi”).

Iluminados pelo Palácio de Versalhes, voltamos para Paris. Quem nos acompanhou nessa incrível jornada foram a Guia Beatriz, o Guia Fabrice e o Motorista Fran. Pessoas excepcionais e profissionais incríveis que merecem todo nosso carinho e gratidão!!!!

A excursão nos deixou no Louvre, que é considerado o centro de Paris (1° arrondissement). Passeamos pela Rue de Rivoli (que fica ao lado do museu) e aproveitamos para comprar algumas lembrancinhas (tem muitas opções e os preços são bons). Dali fomos caminhando até a Catedral de Notre Dame, que foi construída entre 1163 e 1350 em estilo gótico e foi eternizada por Victor Hugo no romance “Notre Dame de Paris” ou “ O Corcunda de Notre Dame” (que também virou filme da Disney).

A Catedral de Notre Dame fica na Ilha da Cidade (Île de la Cité), é banhada pelo Rio Sena e dedicada à Virgem Maria (Nossa Senhora). O local onde foi construída já serviu de palco para cerimônias celtas e também um templo romano em homenagem a Júpiter e uma igreja cristã (a Basílica de Saint-Etienne no século VI). Notre Dame sofreu várias alterações nos séculos XVII e XVIII e passou por um processo de restauração no século XIX. Entre os fatos importantes realizados na Catedral, podemos citar a Coroação de Napoleão Bonaparte e a beatificação de Joana D’Arc. A visitação à Igreja é gratuita, porém a fila é enorme (não conseguimos ficar para entrar), mas se você puder reservar um tempinho vale a pena porque é belíssima e já está no meu roteiro para a próxima viagem a Paris. Também é possível visitar as torres e a cripta (essas são cobradas: 8,50€). São duas torres de 69 m de altura e quase 400 degraus para chegar ao topo. Mais informações estão no site: www.notredamedeparis.fr

A lendária Catedral de Notre Dame

Se você tiver mais um dia em Paris vale incluir no seu roteiro a visita à Sainte-Chapelle, que é uma capela em estilo gótico, bem pertinho da Catedral de Notre Dame, que foi construída no século XIII, por ordem de Luís IX para abrigar a coroa de espinhos de Jesus (relíquia que foi transferida para a Catedral de Notre Dame desde 1897, sendo conservada dentro de um tubo de cristal e ouro e que é apresentada aos fiéis na Sexta-feira Santa e na 1° sexta do mês em horários específicos). A Capela chama a atenção pelo tamanho e beleza dos seus vitrais. Os ingressos para a visitação custam a partir de 10€ e mais informações estão no site: www.sainte-chapelle.fr.

Falando em igreja, merece uma visita a Sacre Coeur (ou Basílica do Sagrado Coração), que fica no topo de uma colina no bairro de Montmartre, que possibilita uma vista linda da cidade. Sua construção começou em 1875 e foi até 1914, feita em estilo barroco e bizantino, utilizando muito mármore, por isso sua coloração é tão branca. No site é possível fazer uma visita virtual: www.sacre-coeur-montmartre.com/english/visit-and-audio-guide/article/panoramic-virtual-tour-of . A visitação presencial é gratuita e a Igreja fica aberta das 6h às 22h30.

Se você gosta de museu, vale a pena visitar o Musée D’Orsay (ou Museu de Orsay), que fica bem perto do Museu do Louvre (do outro lado do Rio Sena) e foi inaugurado em 1986 onde ficava uma antiga estação ferroviária, que havia sido construída para a Exposição Universal de 1900. O Museu conta com um acervo muito rico, com obras de Monet, Manet, Van Gogh, Renoir entre outros grandes nomes. Os ingressos custam 14€ e mais detalhes estão no site: www.musee-orsay.fr/pt/informacao.

Museu D’Orsay visto do Bateaux-Mouches

Outro lugar que também oferece uma vista linda de Paris é a Torre Montparnasse, que é um dos pontos mais altos da cidade, com 210 m de altura, 59 andares e uma vista de 360° capital francesa.  Os ingressos custam 18€ e mais detalhes estão no site: www.tourmontparnasse56.com/fr. Esse passeio é muito procurado por ser considerado uma das melhores vistas da Torre Eiffel.

Eu acabei não tendo tempo de conhecer (vai ficar para a próxima visita a Paris), mas se você puder ou tiver curiosidade, pode dar um pulinho nas famosas Galeries Lafayette e Printemps, que são grandes lojas de departamento e ficam bem próximas à Ópera Garnier.

 Ah! Uma última dica de Paris: não deixe de provar o famoso “Macaron”, um doce típico francês crocante por fora e muito macio por dentro, que pode ser encontrado em diversos sabores e recheios.

E como tudo que é bom dura pouco, chegou a hora de voltar para o hotel e arrumar as malas para amanhã bem cedo pegar o voo de retorno para o Brasil, com muitas experiências e momentos inesquecíveis na bagagem!!!

Me despeço de Paris com essa vista linda da Torre Eiffel e te convido a me acompanhar nas próximas jornadas aqui no blog. Até breve!!!

Je t’aime, Paris!!! À bientôt!!!