Experiências de viagens e passeios

Uma viagem pela Arte Brasileira na Exposição: Contemporâneo, Sempre – Coleção Santander Brasil

Já pensou em fazer uma viagem por 70 anos da Arte Brasileira, num mesmo espaço, através de obras abstratas, de paisagens e também de retratos? Esse é o convite da Nova Exposição do Farol Santader: Contemporâneo, Sempre – Coleção Santander Brasil. Me acompanha nessa viagem?

A curadoria dessa exposição ficou por conta do Agnaldo Farias e do Ricardo Ribenboim, que tiveram a difícil missão de escolher entre mais de duas mil obras do Acervo do Santander, 64 para compor essa mostra! E entre os parâmetros para a escolha eles utilizaram o período e a técnica. O trabalho deles foi realmente excelente!!!! Além da incrível aula que nos proporcionaram durante a visita monitorada, que também contou com a presença da Patrícia Audi, vice-presidente de Comunicação do Santander.

Trio Fantástico!!!

A Exposição Contemporâneo, Sempre ocupa o 24° do Farol Santander e está dividida em Abstração, Retrato e Paisagem. Vale lembrar que as obras dessa mostra foram apostas, porque foram adquiridas logo após sua produção e antes de se tornarem famosas, fazendo com que o Banco se tornasse um tipo de cúmplice, um fomentador desses projetos.

Logo na entrada da Exposição, já somos recepcionas por obras abstratas de Arcangelo Ianelli, Tomie Othake e Alfredo Volpi, estrangeiros que contribuíram muito para a arte brasileira. A forma como essas obras foram dispostas nos faz enxergar um elo entre elas, na primeira há uma sobreposição e na segunda parece que a obra se abre e fecha-se o ciclo com a obra de Volpi, adotando aqui um estilo incomum.

Abstrações de Ianneli, Tomie Othake e Volpi
“Sem Título” (1978) – Tomie Othake
“Sem Título” (1960) – Alfredo Volpi

Também na entrada encontramos uma Escultura com várias formas geométricas de Emanoel Araujo.

Outra obra que também chama a atenção é o quadro “Equilíbrio” (1967) de Iberê Camargo, na qual notamos um trabalho tenso na forma como as cores e os relevos da pintura se apresentam.

Vamos conhecer agora um pouco mais sobre a abordagem Paisagem dessa Exposição. Do lado direito da sala podemos notar a Representação indígena de diversas formas, primeiro através da pintura, que foi usada por muito tempo como forma de documentação,  e também através da fotografia, nessa obra tão marcante “Conselho de homens Xicrin- Kayapo” (Estado do Pará, Amazônia, 1966) captada pela lente da incrível Claudia Andujar. Reforçando, dessa maneira que todas as linguagens devem ser respeitadas e tem sua riqueza!!!

“Conselho de homens Xicrin- Kayapo (Estado do Pará, Amazônia, 1966) – Claudia Andujar

Ainda no quesito Paisagem, dentre tantas obras belíssimas se destacam  “Cavalo, Casebre e Paisagem” (1959) de Candido Portinari e “Baile no Campo” de Cícero Dias.

“Cavalo, Casebre e Paisagem” (1959) – Candido Portinari
“Baile no Campo” de Cícero Dias

Vamos percorrendo a Exposição, que foi montada de forma sinuosa para dar a ideia do movimento da arte, e nos deparamos com o artista Paulo Almeida, executando sua Pintura da série “Palimpsestos”, na qual ele vai pintando o que está ao seu redor e conforme o ambiente vai sendo modificado, sua obra se altera também, através de sobreposições. No vídeo está o momento em que ele está começando a pintar a ponte que está na outra extremidade do corredor onde está sua obra, dá sua uma olhadinha nesse privilégio de acompanhar ao vivo o trabalho do artista link do vídeo do Paulo no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=U6OXOHdmj_8&feature=youtu.be

Ateliê do Paulo
Com o Artista Paulo Almeida

Agora seguindo para a abordagem Retrato, uma obra que merece destaque é a “Mulata na Cadeira” (1970), de Di Cavalcanti, que também está representada na forma tátil no projeto acessibilidade. Assim como a obra “Circo”(2008) de Luiz Braga.

Mulata na Cadeira e na forma tátil
“Circo”(2008) – Luiz Braga e em sua forma tátil

Outra obra que também chamou muito a minha atenção foi a “Figura”(1948) de Milton Dacosta, que me transmitiu muita doçura a serenidade no olhar…

Com a “Figura”

A Exposição ainda conta com várias outras obras, incluindo pinturas, fotografias e até esculturas como a “Tocadora de Guitarra” (1923) de Victor Brecheret, que é a obra mais antiga da mostra.

A Exposição ainda conta com uma parte interativa: um espaço multimídia no qual as obras projetadas na parede podem ser alteradas pelos gestos do visitante!

Lembrando que a Exposição ficará ee cartaz até o dia 05 de janeiro de 2020, no 24°andar do Farol Santander (Rua João Brícola, 24). Para saber mais informações é só dar uma olhadinha no site: www.farolsantander.com.br . E se quiser saber mais sobre o edifício e outras exposições que já visitei lá é só conferir o nosso link : https://cadaviagemumabagagem.com/caminhando-pelo-centro-historico-de-sao-paulo/

E com essa vista linda do 26° andar do Farol Santander, me despeço… Espero que tenha gostado dessa nossa viagem no universo das artes. Muito obrigada pela companhia e te espero na próxima postagem! Até lá!!!

Uma volta ao passado na Casa das Caldeiras

O cenário é rodeado de arranha-céus espelhados, shopping center, estádio de futebol, uma avenida movimentada e ao olhar para o lado direito, na Avenida Francisco Matarazzo, no sentido bairro, nos deparamos com uma construção em tijolinhos e três chaminés enormes, como se o fosse um recorte no tempo…

Meu convite de hoje é para juntos fazermos  “Uma volta ao passado na Casa das Caldeiras”!  Me acompanha?

Vamos embarcar nessa viagem?

Tudo começou em 1891, quando o italiano Francisco Matarazzo (que mais tarde levaria o título de Conde) chegou à cidade de São Paulo, mas já estava no Brasil há um tempo e morava em Sorocaba, onde trabalhava produzindo gordura de porco. Ao chegar na capital fundou algumas fábricas na região do Brás e da Mooca para produzir algodão e trigo. Por muito tempo, foi o único fabricante desses produtos no país. Com o crescimento da produção e necessidade de expansão da empresa, precisava de espaço, então descobriu esse terreno de mais de 100 mil m², uma área compreendida entre onde atualmente estão o Viaduto Antártica e o Viaduto Pompéia. Esse local foi escolhido, além do grande espaço, por ser próximo à linha férrea e ter a água do Rio Tietê próxima também! As novas fábricas começaram a ser construídas em 1920, por essa foto do postal dá pra você ter uma ideia desse Complexo Industrial da Casa das Caldeiras

Cartão Postal de Complexo Industrial no seu auge

Mas voltando pra atualidade, quem me acompanhou no passeio de hoje foi a minha irmã Ane e quem nos guiou nesse tour, que faz parte da Jornada do Patrimônio 2019, foi o Júnior, um excelente anfitrião que realmente nos fez mergulhar no passado, revivendo essa memória paulistana. Ah! Lembrando que na Jornada do Patrimônio 2018, visitamos o Palácio da Justiça, se você ainda não viu ou quer rever a matéria é só dar uma olhadinha nesse post: https://cadaviagemumabagagem.com/no-caminho-da-justica-visita-ao-museu-do-tribunal-e-ao-palacio-da-justica/.

Voltando a falar de história, a Casa das Caldeiras surgiu com a necessidade de gerar energia termoelétrica para todo esse complexo das Indústrias Matarazzo (também conhecidas pelas sigla IRFM- Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo). Então foi feita um adaptação dos galpões pra viabilizar essa geração de energia. Trouxeram uma caldeira da Inglaterra e em 1923  foi construída a primeira e principal Chaminé Central, que tem mais de 30 metros de altura e você se depara logo que entra na Casa das Caldeiras.

Com a Chaminé Central

Em 1936 foi construída uma Segunda Chaminé, que também tem mais de 30 m de altura, e fica onde era a Antiga Entrada Principal da Casa das Caldeiras. Essa era a principal entrada porque ficava mais perto dos trens. Também tem uma Terceira Chaminé do outro lado e apesar de serem bem parecidas, tem algumas diferenças entre si, como o acabamento e outros detalhes, como por exemplo, a parte de cima da segunda Chaminé que foi recuperada com a restauração de 1999, mas que ficou diferente da base.

Vale lembrar que a arquitetura da Casa das Caldeiras foi sofrendo modificações ao longo do tempo e essas marcas podem ser percebidas na Antiga Entrada Principal, como a construção de um piso superior e também na Lateral da Casa, com o fechamento das janelas, entre outras alterações.

Na Entrada Antiga com o segundo piso…
Detalhe das Janelas do Primeiro Piso Fechadas com Tijolos…

Em 1937, o Conde Francisco Matarazzo faleceu, e o seu filho Francisco Matarazzo Junior assumiu a empresa e continuou crescendo, tanto que comprou 12 Locomotivas iguais a essa da foto (que foi uma das únicas a permanecer e está exposta na frente da Casa das Caldeiras e era chamada carinhosamente de Filomena) e que serviam para levar a produção das fábricas até os vagões de trem da Estação Ferroviária e cujo carregamento era feito através de Passarelas como essa.

Ane quase andando na linha…
Detalhe do Vagão de nome Filomena
Passarela que ligava a Casa das Caldeiras à linha férrea

As Indústrias Matarazzo continuaram crescendo e em 1953 receberam mais três caldeiras e Casa das Caldeiras (que era considerada a “cozinha” de todo o complexo das fábricas) foi dividida em dois pisos. Esse Salão dos Tanques era a base de máquinas e o que parece um submarino é reservatório de água e é original da época, já os tanques laranjas foram colocados depois da restauração, que aconteceu entre 1998 e 1999, após os 30 anos de abandono Casa, que começou a entrar em desuso e se deteriorar a partir de 1969.

Salão dos Tanques
Detalhe do Tanque “Submarino”

A Casa das Caldeiras foi tombada 1986 pelo CONDEPHAT pela sua importância histórica para a cidade, pois marca a transição da cultura agrária para a industrial.  E a partir da sua revitalização em 1999, passou ter uma ocupação mais cultural, que se intensificou em 2005, com a criação da Associação Cultural Casa das Caldeiras, que desenvolve projetos artísticos e culturais. Além disso, a Casa das Caldeiras também pode ser locada para eventos. Já imaginou que show sua festa ou casamento aqui? Se quiser saber mais detalhes é só dar uma conferida no site: http://www.casadascaldeiras.com.br.

Agora voltando para o nosso passeio, fomos conhecer uma Caldeira e sua Fornalha que era alimentada por lenha e depois por carvão para produzir a energia termoelétrica que iam para o Maquinário no piso superior.

Túnel onde ficava a Caldeira

Vale lembrar que aqui trabalharam cerca de 30 mil pessoas para manter toda essa estrutura funcionando e garantir a produção de energia para as fábricas. Vamos visitar agora o túnel que servia para escoar a fumaça pelas chaminés. O projeto de sua construção era italiano e ele fica na mesma altura da linha férrea e não no subsolo como se imagina. Aqui também foi possível visitar as Chaminés por baixo e ter uma ideia de sua dimensão.

Agora fomos visitar a Parte Externa da Casa das Caldeiras e foi possível perceber a mudança arquitetônica acompanhando as mudanças na indústria, como por exemplo,  as janelas do térreo foram fechadas com a construção do piso superior e o espaço aberto desse piso, onde estão as cortinas, era pra ventilação. Vale lembrar que essa parte superior servia como depósito de resíduos.

Parte Externa…
Parte Externa e o Detalhe das Cortinas…

Já que estamos falando do Piso Superior, seu Telhado era de cerâmica e com a restauração foi modificado para telha metálica, então foi feito um jateamento com espuma pra isolamento acústico por conta dos eventos e festas da Casa. Ah! A Sala Lateral desse piso era onde funcionava a sala das máquinas e onde ficam os tanques que ainda tem óleo.

Sala Lateral
Máquina da Sala Lateral
Tanques da Sala Lateral

Na parte externa da Casa das Caldeiras, podemos observar uma bonita construção em tijolinhos, que é a Casa do Eletricista, local onde ficavam as instalações pra transmitir a energia gerada nas caldeiras para as fábricas.  A Casa do Eletricista foi tombada junto com a Casa das Caldeiras em 1986 e a área verde ao lado dela tem que ter preservada servindo como descanso visual e as duas Casas (das Caldeiras e do Eletricista) devem estar conectadas. Essa casa já abrigou exposições, teatro, restaurante, e no momento está fechada para reforma, mas mesmo vendo somente sua parte externa, já dá pra perceber todo o charme de sua arquitetura.

Casa do Eletricista

Voltando a falar um pouco mais de história, as Indústrias Matarazzo produziam de tudo, tinha desde serraria, refinaria, frigorífico até a fabricação de  perfumes, enfim, era um verdadeiro império, mas começou a decair em 1969, sendo que toda a área das fábricas foi sendo vendida e demolida para a construção de grandes prédios, o que iria acontecer com a Casa das Caldeiras, se não fosse um detalhe: as chaminés. Isso mesmo, as Chaminés salvaram a Casa por serem consideradas o marco do Complexo Industrial da Água Branca, o símbolo da região, tendo assim um grande valor histórico.

As Chaminés Salvadoras!!!!

Porém, o restante  das fábricas não teve a mesma sorte… Tudo foi demolido dando origem a novos empreendimentos e como forma de compensação ambiental por esses novos imóveis, foi construída a Praça Francisco Matarazzo Junior no local onde era a fábrica de perfumes e velas.

A Beleza da Praça Francisco Matarazzo Junior
Praça Francisco Matarazzo Junior

E com esse prédio mais baixo à direita da foto, que foi construído em 2010 onde era a antiga fábrica de margarina, finalizamos esse tour de hoje com essa linda foto do grupo, feita por Nickolas Floriano. Se você gostou desse passeio e não quer esperar pela próxima Jornada do Patrimônio, pode entrar em contato pelo e-mail: [email protected] para fazer o agendamento de grupos para a visitação, que ocorre pelo menos duas vezes ao mês.

O Grupo do Tour!!!

Mas antes de nos despedirmos desse roteiro especial, tivemos a oportunidade de conhecer o Projeto Mantas do Brasil, que visa a preservação e proteção das Mantas (uma espécie de raia, cuja maior delas por chegar a 8m – o tamanho do domo dessa estrutura – e pesar até duas toneladas). Através de projeções nesse inflável foi possível aprender um pouco mais sobre nossa riqueza marinha e como a participação de todos para salvar nosso planeta é fundamental!!! Se você quiser saber um pouco mais sobre esse lindo trabalho é só olhar o site: www.mantasdobrasil.org.br.

Inflável do Projeto Mantas do Brasil
Projeção da Manta

Ah! Vale lembrar que a Casa das Caldeiras ainda tem Espaços Lindos para você tirar aquelas fotinhos para postar nas redes sociais!!!

Ane literalmente na Passarela

Agora sim, terminamos nosso passeio!!! Agradeço de coração sua companhia e te espero na próxima postagem!!!

Casa das Caldeiras, Muito obrigada por existir!!

Percorrendo o Roteiro do Vinho em São Roque

Quando falamos em inverno, o que provavelmente vem na sua cabeça é uma lareira e uma taça de vinho, não é mesmo? A lareira fica um pouco difícil, mas o vinho você pode encontrar Percorrendo o “Roteiro do Vinho” em São Roque, que é repleto de vinícolas, onde você pode degustar vinhos excelentes (e sucos de uva maravilhosos caso você não beba ou seja o motorista da vez). Me acompanha nessa difícil tarefa de hoje?

O Roteiro do Vinho é um dos principais atrativos turísticos da cidade de São Roque, que fica a aproximadamente 70 km da capital de São Paulo, cerca de 1h30 de carro. Vale lembrar que o cultivo da uva e a produção de vinhos na cidade de São Roque datam do século XVII, quando Pedro Vaz de Barros (fundador da cidade) percebeu as condições favoráveis da terra dessa região e junto com os moradores começaram a desenvolver essa atividade.

Vamos sorrir hoje? (Lindo Mural da Adega Terra do Vinho)

Agora voltando para o nosso passeio, seguindo pela Rodovia Raposo Tavares, na altura do Km 58, se tem acesso à Estrada do Vinho, que nos seus aproximados 10km de extensão, oferece uma variedade de vinícolas, restaurantes, destilaria, entre outros estabelecimentos. Você pode fazer esse passeio com agências de turismo ou ir por conta, de carro, parando nos lugares que mais te interessa e logo que você começa a visita, já te entregam um mapa para facilitar sua localização e para que você conheça os 39 estabelecimentos que formam esse delicioso roteiro.

Mapa do Roteiro do Vinho

A primeira adega da Estrada do Vinho é a Terra do Vinho (item 2 do mapa), que fica no Km 1, n° 300. Tudo começou em 1966 quando a família Oliveira Santos resolveu se dedicar a sua grande paixão que era o vinho, então fundaram a Cantina Vieira Santos, cujo patriarca foi o Sr. Moacyr. Com muito empenho e dedicação a cantina foi crescendo, até se tornar a “Adega Terra do Vinho”!!!

A Adega Terra do Vinho se apresenta num ambiente super agradável, com requinte e beleza e nos oferece degustação de seus vinhos que são elaborados artesanalmente com todo o cuidado para que o melhor chegue até o consumidor. Além dos vinhos, os sucos de uva também são maravilhosos!!! Para conhecer mais sobre essa vinícola e seus produtos é só dar uma olhadinha no site: www.adegaterradovinho.com.br . Quem me acompanhou nesse roteiro de hoje foram meus pais (Pedro e Dalva) e minha irmã Ane! Não basta ser família, tem que participar 😉 !!!! E acho que dessa vez a tarefa não foi tão difícil…

Na entrada da Adega Terra do Vinho
Degustação na…
…Terra do Vinho

Seguindo na Estrada do Vinho, ainda no Km 1, fica a nossa próxima parada na adega Vinhos Frank (item 3 do mapa), que foi fundada em 1965 pelo Sr. Frank Vicente dos Santos, que até hoje (com seus 95 anos) supervisiona e orienta a produção artesanal dos mais de 21 rótulos da marca “Vinhos Frank”.

Quem nos atendeu na Adega Vinhos Frank foi o Sr. Dirceu que foi muito atencioso e nos ofereceu excelentes vinhos para a degustação, que ficou bem difícil escolher o que levar pra casa…

Na Adega Vinhos Frank com o Sr. Dirceu
Família aproveitando a Degustação na Adega Vinhos Frank

Além da Adega, a Vinhos Frank também tem um restaurante (que serve comida caseira e foi inaugurado na década de 90), um quiosque (que serve vários petiscos gourmet), uma área com Máquinas Antigas usadas na vinícola, além de Espaços bem decorados que proporcionam lindas fotos. Vale a pena a visita!!! Para saber mais detalhes é só olhar o site: www.vinhosfrank.com .

Playground e Restaurante da Vnhos Frank

Continuando nosso caminho pela Estrada do Vinho no Km 2,5 (como você pode ver no mapa, tem outros restaurantes na estrada antes de chegar até aqui que também fazem parte do roteiro do vinho, mas não cheguei a conhecer porque não daria tempo de fazer tudo no mesmo dia, mas já vão ficar na lista para minha próxima visita. E se você for antes, me conta como foi sua experiência), fomos conhecer a Vila Don Patto (item 7 do mapa), que é um complexo gastronômico e de entretenimento.

A Adega Villa Don Pato conta com excelentes vinhos, desde importados, nacionais, até os da marca Don Patto que são produzidos há mais de 100 anos e bem tradicionais na cidade! Com certeza você vai apreciar muito a degustação!!!

Só uma parte da Adega Villa Don Patto…
Decoração da Adega Villa Don Patto
Momento Degustação na Villa Don Patto
Os Vinhedos da Villa Don Patto

Além da grandiosa adega e dos vinhedos, a Vila Don Patto conta com restaurantes português e italiano, cafeteria, sorveteria, boulangerie, choperia, playground, heliponto, entre outros atrativos. E o que chama muito a atenção na Vila é a sua decoração, tem lugares incríveis para você tirar fotos, entre eles os famosos Guarda-Chuvas Coloridos (em homenagem às ruas de Agueda) e que são abertos de quinta à domingo. E o Galinho de Barcelos (em homenagem à Portugal). Além dos tonéis, barco cenográfico, entre outros cenários incríveis.

Os Famosos Guarda-Chuvas da Villa Don Patto
Com o Barco…
E o Tonel da Villa Don Patto

Para conhecer um pouco mais de tudo o que a Vila Don Patto oferece é só dar conferida no site: www.viladonpatto.com.br. E nos despedimos desse lugar maravilhoso visitando a Cascata e a Gruta de Nossa Senhora de Fátima!!! Com as bençãos de Nossa Senhora vamos continuar o nosso passeio!

Na Cascata e Gruta de Nossa Senhora de Fátima da Villa Don Patto
Detalhe de Nossa Senhora de Fátima

Agora vamos dar um salto bem grande e vamos para o Km 9 da Estrada do Vinho (calma que depois vamos voltar) onde fica a Vinícola Góes (item 22 do mapa), é que às 11h (e também às 15h) tem visita monitorada à fábrica com degustação. É um passeio excelente!!!

Quem nos guiou nesse tour foi o Jailson, que nos passou informações importantes sobre a história e a produção da Vinícola Góes e nos deu uma verdadeira aula de sommelier, nos ensinando a melhor forma de apreciar e degustar os vinhos!!

A Vinícola Góes começou sua produção de vinhos em 1938 com o Sr. Gumercindo Góes e desde então vem sendo administrada pela família e é considerada uma das grandes produtoras de vinhos no Brasil. A Vinícola conta com duas unidades em São Roque (a que visitamos é a parte da fábrica e a outra unidade tem a plantação e loja também) e uma unidade na Serra Gaúcha, que é a responsável pela produção (iniciada na década de 90) dos vinhos premium ou boutique. A visitação começa com um vídeo contando um pouco sobre a história da vinícola e depois segue para a fábrica.

Na visita guiada da Vinícola Góes

Uma curiosidade que aprendemos é que a Vinícola Góes foi construída em forma de escada para aproveitar a gravidade e facilitar o armazenamento do vinho, que é feito em tanques de cimento revestidos de epóxi e em tonéis de inox, além dos de madeira tradicionais. E que a rolha de cortiça é mais indicada para vinhos que serão guardados por mais tempo e a rolha “screw cap” (rosca) para vinhos de consumo rápido (até dois anos no mercado). Ah! Mais uma dica é que o vinho com cortiça deve ficar deitado, porque o contato do vinho com essa a umedece para evitar que a cortiça encolha e que possa a entrar oxigênio e alterar o sabor da bebida.

Tonéis de cimento
Tonéis de Inox

Nessa visita à Vinícola Góes, também tivemos a oportunidade de conhecer o laboratório onde são feitos os testes e descobertos novos sabores de vinho, um pequeno museu, os tonéis gigantes e a fábrica em si, onde ocorre o engarrafamento da bebida.

Museu da Vinícola Góes
Fábrica da Vinícola Góes

E agora chegou o momento que você estava esperando ansiosamente: a Degustação dos Vinhos Góes!!!

Que vai me ajudar nessa difícil tarefa é a minha irmã que vai ser a modelo para as fotos da degustação (só espero que o cachê não seja tão alto ao final do tour…rsrs). Brincadeiras a parte, o primeiro vinho foi o Le Bateleur, que é um rosé fino seco, produzido com uva tanat da Região da Campanha Gaúcha e que harmoniza com pratos leves e risotos.

O segundo vinho foi o Casa Venturini Cabernet Sauvignon, que é um tinto fino seco cm uvas da Serra Gaúcha, ficou envelhecendo por seis meses em barris de carvalho e harmoniza com massas.

O terceiro vinho foi o Míneres, que também é tinto seco e feito com uvas syrah cultivadas em Andrada em Minas Gerais (por isso o nome). Seu envelhecimento se deu em barril de carvalho francês por seis meses, seu sabor lembra frutas negras como ameixa e amora e harmoniza com carnes.

E para fechar com chave de ouro, nada melhor que uma degustação de um Espumante: o Saint Tropez, que é um Moscatel (doce), feito em São Roque com gás e açúcar naturais (quando é feito com gás e açúcar artificiais recebe o nome de “frisante” e não de “espumante”).

E o detalhe todo especial dessa degustação do Espumante Saint Tropez é a forma de abrir a garrafa, com a técnica “Sabrage” ou sabragem, que utiliza o sabre (espada) com lâmina curvada. E segundo dizem, essa técnica surgiu no século XVIII com Napoleão Bonaparte, que usava seu sabre para abrir as garrafas de champagne em comemoração de suas vitórias. O Jailson domina muito bem a sabragem, dá só uma olhadinha no vídeo pra ver como é: https://www.youtube.com/watch?v=gMVBxp2gcUs e veja como ficou a rolha na minha mão. E depois da adrenalina de ver essa técnica, é só se deliciar com o sabor do Saint Tropez!!!!

Depois dessa aula e sabor, dê uma passadinha na loja, que tenho certeza que você não vai resistir e vai querer levar um vinho pra repetir os momentos vividos aqui em casa. Depois aproveite para passear pelo Jardim da Vinícola Góes, que é belíssimo!!! E para saber mais sobre a vinícola é só olhar o site: www.vinicolagoes.com.br .

Na Fonte da Vinícola Góes
Paisagem Maravilhosa da Vinícola Góes
Lago da Vínícola Góes

No próprio estacionamento da Vinícola Góes, se você continuar em frente vai ter acesso à Vinícola Bella Quinta (Estrada do Vinho, km 9 – item 26 da lista), que é famosa pelo requinte de seus vinhos, cuja produção começou em 2005 com um vinho 100% cabernet sauvignon e só veio crescendo e agradando aos paladares a cada dia.

Quem nos atendeu na Vinícola Bella Quinta , de uma forma toda gentil e atenciosa foi a Carla!!! Para conhecer mais dos vinhos da Bella Quinta é só dar uma olhadinha no site: www.bellaquinta.com.br.

Na Vinícola Bella Quinta com a Carla
Relaxando um pouquinho na Vinícola Bella Quinta

Continuando nosso Roteiro do Vinho, vamos visitar agora a Vinícola Palmeiras (Estrada do Vinho, Km 10 – item 27 do mapa), que foi fundada em 1928 e desde então vem produzindo uma grande variedade de vinhos.

Logo que chegamos à Vinícola Palmeiras já somos recepcionados por uma Fonte de vinho em um tonel de 1948, que é uma parada obrigatória para fotos.

Na fonte da Vinícola Palmeiras

Ao entrar na Adega da Vinícola Palmeiras já nos deparamos com essa brilhante citação de Sócrates sobre a importância do vinho. Depois me diga se você concorda ou não…

Citação de Sócrates sobre o vinho…

Além da Adega, onde ocorre a degustação dos vinhos, a Vinícola Palmeiras tem uma charmosa Cafeteria. Para saber mais informações dessa vinícola é só dar uma conferida no site: www.vinhospalmeiras.com.br.

Como a Vinícola Palmeiras é a última da Estrada do Vinho, vamos pegar o caminho de volta e ir parando nas vinícolas que passamos direto por conta do horário da visita guiada na Vinícola Góes. Nossa primeira parada nessa volta foi na Vinícola Canguera, que fica no Km 8 da Estrada do Vinho (item 21 do mapa) e foi criada no início da década de 50 (em 1952 para ser mais exata) e atualmente é uma das mais conhecidas e tradicionais de São Roque.

Vale lembrar que a Vinícola Canguera recebeu esse nome por conta do bairro onde se localiza e foi fundada pelo Sr. João Antônio Camargo. Logo na entrada, você já vai se encantar pela Fonte de Vinho, em seguida pelo Barril e depois pelos Jarros. Mas cuidado para não se empolgar muito com as fotos e esquecer da degustação…

A famosa Fonte de Vinho da Vinícola Canguera

A Adega da Vinícola Canguera é muito bonita e os vinhos e sucos são de excelente qualidade, com certeza você vai aprovar a degustação!

Na Adega da Vinícola Canguera
A linda Mesa de Vinhos da Adega da Vinícola Canguera

Mas a visita aqui não para na adega da Vinícola Canguera, o complexo chamado de Villa Canguera também tem um espaço de lazer belíssimo com um Lago cheio de carpas, playground para a criançada, empório de doces, restaurante e até um museu do vinho…

A beleza do lago

Como já passeamos bastante, imagino que já está te dando uma fominha, não é mesmo? Então vamos aproveitar esse maravilhoso complexo para almoçarmos no lindo Restaurante Villa Canguera!!!

Um detalhe muito legal é que o Restaurante Villa Canguera alocou uma parte de suas mesas sob a sombra de uma Cerejeira decorada com charmosas sombrinhas. E foi aqui que provamos o famoso pastel de alcachofras, comida típica da cidade e que estava delicioso. O restaurante oferece uma grande variedade de pratos e petiscos. Os valores não são baratos, mas valem pela estrutura do estabelecimento.

Essas sombrinhas são um charme…
Provando o famoso Pastel de Alcachofras!!!

E do lado do restaurante, fica o Museu do Vinho da Villa Canguera, que conta com um acervo de objetos bem tradicionais e de época utilizados para a produção de vinho!

Entre os objetos do Museu do Vinho, um que chama bastante atenção é a Moedora de uva de 1958, os objetos antigos como a Caixa Registradora e Máquina de Escrever , entre outros itens. A entrada do museu é gratuita e vale a pena a visita!!! Para saber mais detalhes sobre a Vinícola Canguera, é só olhar o site: www.vinhoscanguera.com.br.

Caixa Registradora e Máquina de Escrever Antigas
Mais detalhes do Museu do Vinho…

Saindo dali passamos na Capela de Santa Cruz e Sagrado Coração de Jesus, também conhecida como Capela da Grama (por conta da extensa área de gramado na frente de sua entrada), que fica na Estrada do Vinho, km 6,5. E foi a primeira Capela do Bairro Sorocamirim, construída há mais de 150 anos. Na hora que passamos, como era durante a semana estava fechada, mas mesmo assim foi possível contemplar sua parte externa, que é bem charmosa. E ao lado da Capela, fica a  “Casa do Artista e Artesão” , que desde 2018 expõe os trabalhos destes em quiosques.

A Charmosa Capela da Grama

Continuamos descendo na Estrada do Vinho, na altura do km 4,5, viramos à direita e seguimos reto nessa estrada até chegarmos na Vinícola XV de Novembro (item 12 do mapa), que foi fundada há mais de 60 anos pelo Sr. Basílio Augusto de Moraes e atualmente é administrada por seus descendentes.

A Vinícola XV de Novembro recebeu esse nome em homenagem aos 60 anos da Proclamação da República do Brasil, que ocorreu em 1958 quando a vinícola foi fundada.

Adega da Vinícola XV de Novembro

E em 2008, a Vinícola XV de Novembro lançou a marca Quinta Moraes, especializada em vinhos finos para agradar os paladares mais exigentes.

Quem nos recebeu com toda a atenção foi o Sr. Carlos que além de nos oferecer excelentes vinhos e sucos para degustação, nos contou que em breve a Vinícola XV de Novembro inaugurará um espaço novo em frente bem maior, que eu fui ver e está belíssimo. Com certeza teremos que voltar lá pra conhecer quando começar a funcionar. Para saber mais detalhes da vinícola é só conferir o site: www.vinhoxvdenovembro.com.br.

Na Vinícola XV de Novembro com o Sr. Carlos
Novas Instalações da Vinícola XV de Novembro
Vinhedos da XV de Novembro

Continuando na mesma estrada da Vinícola XV de Novembro, um pouco mais pra frente e virando a primeira à esquerda, chegamos na  Vinícola Sorocamirim (item 13 do mapa).

Logo ao chegar à Vinícola Sorocamirim, já fomos recebidos com toda a gentileza e atenção pelo Sr. Benedito Augusto, que começou o tour nos mostrando sua belíssima plantação de alcachofras, que conta com mais de 20 mil pés. Ainda não estava na época da colheita, mas deu pra ter uma ideia de como a produção será farta, se Deus quiser!!!

A linda Plantação de Alcachofras

Enquanto passeávamos por essa plantação e pela demais dependências da Vinícola, como a churrasqueira, o futuro local de camping, entre outros, ele foi nos contando sobre a história da Vinícola Sorocamirim,  que foi fundada em 1956 pelo seu pai, o Sr. Gentil Augusto de Moraes e recebeu esse nome em virtude do bairro onde se encontra e que a palavra “sorocamirim”  é de origem indígena e significa “rio pequeno”. A Vinícola ainda mantém padrões artesanais de produção de vinho, embora sua distribuição chegue a mais de 80 mil litros por ano.

Nas dependências da Vinícola Sorocamirim
Fachada da Adega da Sorocamirim

Agora chegou o momento que você estava esperando: a degustação dos Vinhos Sorocamirim, onde também fomos recepcionados (além do Sr. Benedito Augusto) pela Fernanda, que nos ofereceu vários vinhos, tornando difícil a tarefa de escolher o que levar para casa… E antes de irmos embora, ainda passamos na Loja de Licores e Doces do Sr. José (irmão do Sr. Benedito) que também foi muito atencioso conosco. Para conhecer mais sobre a Sorocamirim é só acessar o site: https://www.facebook.com/Vinhos-Sorocamirim-742876082473899/ .

Na Vinícola Sorocamirim com o Sr. Benedito Augusto e com a Fernanda
Família na Sorocamirim
Só pra te deixar na dúvida do que escolher na Vinícola Sorocamirim…

Retornando agora para a Estrada do Vinho, no km 4, fomos conhecer a Quinta do Olivardo (item 10 do mapa), com um ambiente português, idealizado pelo Sr. Olivardo Saqui.

A Quinta do Olivardo é um lindo complexo que conta com Parreiral, Lago, Restaurantes, Lojinhas e uma linda Capela de Santo Antônio.

Parreiral e Lago da Quinta do Olivardo
As Lojinhas e Restaurantes da Quinta
A charmosa Capela de Santo Antonio da Quinta do Olivardo

Além dos vinhos e da culinária portuguesa, você vai se encantar com os locais para fotos na Quinta do Olivardo, como o Poço dos Desejos, o Quiosque do Elétrico/Bonde de Portugal, até o Barril do Chaves, entre outros points instagramáveis.

Não podia perder a oportunidade de entrar no Barril do Chaves

E se você for visitar a Quinta do Olivardo no terceiro sábado do mês, a partir das 20h, poderá provar o Vinho dos Mortos… Não se assuste, que eu já vou contar do que se trata. Segundo a lenda, quando os franceses invadiram Portugal, os portugueses ficaram apavorados e enterraram seus vinhos embaixo das videiras e quando a invasão terminou, eles desenterraram os vinhos achando que tinham estragado, mas pelo contrário, os vinhos ganharam propriedades decorrentes da temperatura e da escuridão e ficaram mais saborosos, criando assim a tradição do “Vinho dos Mortos”. E o Sr. Olivardo gostou tanto dessa história que resolveu manter a tradição enterrando uma parte de seus vinhos no meio das videiras e desenterrando a cada seis meses, quando oferece os vinhos para os presentes. Eu não tive a oportunidade de participar dessa tradição ainda, mas vou voltar para conhecer e se você for antes, me conta nos comentários. Para saber mais informações sobre tudo que tem na Quinta basta conferir no site: www.quintadoolivardo.com.br. E olha só onde estão enterrados o Vinho dos Mortos…

Parreiral com o Vinho dos Mortos

Agora para desanuviar o clima meio “sinistro” do Vinho dos Mortos, quero que você se anime para conhecer comigo uma Destilaria na Estrada do Vinho (km 4 – item 9 do mapa). Parece estranho, mas não estou confundindo, no Roteiro do Vinho tem a Destilaria Stoliskoff, que foi inaugurada em 2010 para ser um diferencial nesse tour!

A Destilaria Stoliskoff também vende vinhos importados, cervejas artesanais, mas o seu carro chefe e que é super tradicional é a Vodka de Chocolate Branco, mas se você não é fã de chocolate, tem a tradicional, a de cereais e a noir.

Prateleira de Vodkas da Destilaria Stolilskoff (As garrafas creme são as de chocolate branco)
Dá só uma olhadinha nessas singelas garrafas de Vodka…

Quem nos recepcionou na Destilaria Stoliskoff foi a Bruna, que foi muito gentil, e além as vodkas nos ofereceu outras bebidas que também são muito procuradas e apreciadas pelos visitantes, como a Cana Blue e a Sakerita, entre outros rótulos, tornando difícil a missão de escolher qual levar pra casa… Para saber mais informações da Destilaria é só olhar no site: www.stoliskoff.com.br.

Na Destilaria Stoliskoff com a Bruna

Com a Destilaria, nos despedimos da Estrada do Vinho, mas calma que ainda não acabou… Para te deixar com um gostinho de quero mais, vamos fazer a saideira na Vinícola Bella Aurora, que fica na Rodovia Raposo Tavares, km 56,5 (sentido São Paulo – item 39 do mapa), e foi fundada em 1932.

O ambiente da Vinícola Bella Aurora é muito bonito e aconchegante, além dos Vinhedos e da linda paisagem, o que chama a atenção é o design da Adega: feita em um tonel de madeira com capacidade para 120 mil litros.

Chegando na Adega da Bella Aurora
Momento Degustação na Adega da Bella Aurora

Além da adega de vinhos (onde é feita a degustação), a Vinícola Bella Aurora tem a cachaçaria, um café (que também foram feitos em tonéis de madeira), uma Fonte no tonel e até os brinquedos do playground das crianças utilizam barris… É muita diversão!!! Para saber mais detalhes da vinícola é só dar uma olhadinha no site: www.bellaaurora.com.br.

Cachaçaria e Café da Bella Aurora
A Fonte de Vinhos da Bella Aurora
Olha só esse playground…

E com essa paisagem maravilhosa do mirante da Vinícola Bella Aurora vamos nos despedindo do Roteiro do Vinho de São Roque!!! Lembrando que esses são só alguns dos 39 estabelecimentos que compõem o Roteiro do Vinho, não conseguimos visitar todos num dia só, mas já estão na programação para quando voltarmos à cidade. E se você já foi em algum desses que não mencionei aqui, nos conte nos comentários como foi sua experiência. Espero que tenha gostado e nos vemos na próxima postagem. Saúde!!!!

Saúde!!! E Até Breve…

Descobrindo Piedade

Hoje quero te convidar para fazer um passeio diferente, um turismo rural misturado com cultura e até esporte náutico… Sua curiosidade deve estar a mil, mas calma que já vou te contar.

Você pode encontrar tudo isso na cidade de Piedade, que fica a aproximadamente 130km de distância da capital de São Paulo e está localizada na Região Metropolitana de Sorocaba.

Vamos começar nosso tour?

Portal de Piedade

Quem nos conduziu nesse tour foi a querida Guia Cida, através da Agência HCG da Isaura (https://www.facebook.com/hcgtur/?ref=br_rs), que nos contou vários fatos importantes e curiosos da cidade, além de nos mostrar lugares lindos.

Com a Guia Cida

A cidade de Piedade foi fundada em 20 de maio de 1840, no dia da inauguração da Capela de Nossa Senhora da Piedade (em homenagem à imagem “Pietá” encontrada por um mascate no ano de 1835).

A cidade já foi a maior produtora de cebola do Brasil, chegando a receber o título de “Capital da Cebola”, porém, atualmente, sua produção agrícola (que é a base da economia) é diversificada, incluindo o plantio de caqui, morango, atemoia, entre outros. E a cidade faz parte do Cinturão Verde de São Paulo, por conta de sua vasta produção de verduras e legumes.

Na época da colheita, sempre tem festa e muitos sítios trabalham com o “colha e pague”, no qual o visitante tem a oportunidade de conhecer a plantação, aprender mais sobre o cultivo e ainda colher os frutos diretamente do pé, pagando o que for levar. Entre os meses de abril e maio, por exemplo, é a época do Caqui e no Sítio Sakaguti, tem o “Colha & Pague do Caqui Fuyu”. Em julho, é a vez da colheita da atemoia e em novembro da ameixa no Sítio Tenório, entre outros.

Mas voltando a falar do nosso passeio, começamos nosso tour pelo Jardim Oriental, que é cuidado pelo clube japonês Kai Kan, e fica no Bairro da Liberdade, próximo à saída pra Tapiraí. E quem me acompanhou nesse tour de hoje foi minha família: meus pais (Pedro e Dalva) e minha irmã (Ane).

Família no Jardim Oriental
A Linda Vista do Jardim Oriental

Além dos detalhes orientais, o que também atrai visitantes para esse jardim é a Pedra do Elefante, que recebeu esse nome por lembrar bastante o animal. Dá só uma olhadinha na foto e depois me conta se lembra ou não…

Lembra mesmo um elefante….

De lá passamos pelo Portal do Kai Kan que é o Torii (um dos portais da cidade), cuja palavra significa “morada dos pássaros”, devido às aves se acomodarem no portal e usá-lo como poleiro. Vale lembrar que esse portal é de tradição japonesa, sinalizando a passagem entre o mundano e o divino, e costuma ser instalado na entrada de locais sagrados. O outro portal da cidade é o da primeira foto e em sentido à Ibiúna (mas vou falar dele mais pra frente).

E continuando nosso passeio, seguimos para o Sítio das Cerejeiras de propriedade do Sr. Gokithi  (também conhecido como Sr. Roque) que nos recebeu muito bem e nos deixou à vontade para contemplar a beleza do seu sítio.

Com a Guia Cida e o Sr. Gokithi

São mais de 1.000 pés de Cerejeiras (das espécies himalaia e okinawa)
que no inverno (geralmente no final de junho e meados de julho) florescem, nos proporcionando um espetáculo de encantar os olhos. A Cerejeira, além de ser a árvore símbolo do Japão (motivo pelo qual o Sr. Gokithi quis plantá-la para homenagear o país de seus pais), também é a árvore da Felicidade, e, segundo a lenda, você tem que abraçá-la para ser feliz. Eu não perdi tempo e já dei aquele abraço apertado na Cerejeira. Já fica a dica pra quando você encontrar uma no caminho.

Aquele abraço…
O Lago e as Cerejeiras….
No Caminho das Cerejeiras

Além das Cerejeiras, o Sr. Gokithi também plantou Ipê amarelo, que é a árvore símbolo do Brasil, como forma de homenagear o país. E assim que termina a florada das Cerejeiras, começa a do Ipê, deixando o sítio sempre lindo!!! E também tem plantação de morango em estufa para produzir o ano todo e Pés de Ginkgo-biloba, que eu já tinha ouvido falar, mas nunca tinha visto. Essa planta é famosa por ajudar na memória, reduzir tonturas, aliviar dores nos braços e pernas, entre outros benefícios que ainda estão em estudo.

Pé de Ginkgo-Biloba em crescimento

No Sítio das Cerejeiras também tem o Pé de Umê florado, que é um fruto muito consumido nos países asiáticos, mas ainda desconhecido no Brasil. Geralmente é consumido em conserva (ainda verde e com sabor azedo e marcante) ou em forma de licor e dizem que faz muito bem à saúde por conta de suas propriedades terapêuticas, como deixar o sangue mais fluido, o que reduz os problemas cardíacos e também inibe a formação de radicais livres. Enquanto não tem o fruto o passarinho vai aproveitando pra descansar entre as flores.

Pé de Umê repleto de flores…
Descanso do Passarinho no Pé de Umê

Saindo do Sítio das Cerejeiras, partimos rumo à Vila Élvio, uma pacata vila de casas brancas e azuis que nos faz viajar no tempo…

Tudo começou em 1935, quando o italiano Luiz (ou Luigi) Liscio, que já morava em Araraquara, veio pra Piedade (mais especificamente pro Bairro Santa Terezinha) e se encantou com a quantidade de tipos de árvores de madeira de lei que tinha nessa região, então comprou as terras e começou a fazer camas com essas madeiras, em especial as camas patente (feitas com molas), que foi um sucesso e eram vendidas para todo o Brasil.

A famosa Cama Patente

Mas para garantir a produção, o Sr. Liscio construiu uma usina para a geração de energia e água, até o carvão da queima das árvores era vendido para não ser desperdiçado. Como trouxe mão de obra italiana, resolveu construir as casas para os seus funcionários em azul e branco em homenagem à Itália e o nome da fábrica passou a ser Faixa Azul. Tudo estava caminhando perfeitamente bem, a Vila Élvio era autossustentável e tinha até cinema para a diversão dos moradores…

A Igreja da Vila
Construções da Vila Élvio
A Antiga Fábrica Faixa Azul (e atual Verde Brasil)

Porém, o filho do Sr. Liscio, chamado Élvio, faleceu com 17 anos, então a vila recebeu o nome de Vila Élvio para homenageá-lo. Depois da morte do filho, o Sr. Liscio ficou muito sentido e vendeu a fábrica para o Sr. Giácomo Baz que era italiano também, mas em 1975 uma lei transformou grande parte da área das madeiras no Parque Estadual do Jurupará (de Proteção Ambiental). Como não podia mais extrair a madeira (teve que fazer reflorestamento com eucalipto) e com o falecimento do Sr. Giácomo em 1975, a fábrica e a vila foram decaindo.  A esposa do Sr. Giácomo, D. Norma, assumiu a fábrica, mas não conseguiu restabelecê-la, atualmente o local abriga outra fábrica: a Verde Brasil – Mesas & Cadeiras, que fabrica esses produtos para restaurantes, bares, hotéis, entre outros estabelecimentos. D. Norma se mudou da vila, mas a casa onde eles moravam permanece conservada, porém não permite visitação.

A Casa da Dona Norma

Mas a Vila Élvio foi se adaptando ao tempo e recebe muitos turistas. E quando você for visitar, aproveite pra dar uma passadinha no Bar da Dona Maria, que é uma pessoa muito querida na Vila. Ela é muito atenciosa e nos mostrou a cama patente (da foto que coloquei acima).

No Bar com a Dona Maria
Na Vila Élvio

Outro lugar bem legal de se conhecer é o Vilas Boas, também conhecido como Bazar das Suculentas, que foi criado pela Sueli há dois anos e conta com mais de 200 espécies de suculentas em todas as suas fases (fiquei encantada com o “berçário”). E tem outras variedades de plantas também. Para saber mais detalhes é só olhar a página no facebook: www.facebook.com/Bazar-das-Suculentas-Piedade . Tenho certeza que você não vai resistir e vai querer levar uma…

Com a Sueli do Vilas Boas
Que lindo esse Berçário das Suculentas
Na imensidão das suculentas…

Bem perto dali, fica a Estação Boca do Monte, que é um restaurante num trem, desde o lado de fora sua decoração já chama a atenção. Como fui numa segunda-feira, estava fechado (vou ter que voltar outro dia pra conhecer), mas se você for de quinta à domingo ou feriado ele estará funcionando (das 11h30 às 15h). Vou te passar o site pra você saber mais detalhes: https://www.facebook.com/estacaobocadomonteoficial/. Depois me conta como foi.

Agora vamos para uma outra parte do passeio, do outro lado da cidade. Vamos pegar a Estrada Municipal Carolina Paes Granjeiro para chegarmos até o Píer de São Francisco,  que fica às margens da Represa de Itupararanga. Além de apreciar uma paisagem belíssima, você pode praticar vários esportes náuticos como canoagem, stand up paddle, andar de caiaque, entre outros. O Píer também oferece passeio de veleiro e curso de vela e conta com restaurante e camping. O funcionamento é de sexta à domingo, das 9h às 18h, a entrada custa R$ 20 e mais detalhes estão na página: https://www.facebook.com/piersaofrancisco.

Píer de São Francisco
Detalhe da Represa de Itupararanga

Continuando nessa Estrada Municipal Carolina Paes Granjeiro, um pouco mais à frente fica a Marina Rasa (http://www.marinarasa.com.br) , que também fica às margens da Represa de Itupararanga. Além da vista maravilhosa, também possui lanchonete, hospedagem e guarda de embarcações. Seu funcionamento é de terça à sexta das 8h às 17h e aos finais de semana e feriados das 10h às 19h.

Agora vamos nos despedir desse lado esportivo do passeio e vamos para a parte cultural. Vamos passear pelo Centro de Piedade,  vamos conhecer a  
Casa da Cultura, que tem uma arquitetura típica do século XIX, já foi cadeia e em 2015 foi tombada pelo Condephat.

Vamos passear também por outro lugar bem famoso de Piedade que é a Marginal das Cerejeiras (o nome verdadeiro da rua é Av Benjamin da Silveira,  mas ninguém a chama assim), que banha o Rio Pirapora e na época do inverno fica super charmosa, ganhando um colorido especial com a florada das Cerejeiras.

A Beleza da Marginal das Cerejeiras

Bem perto dali, na Praça Cel. João Rosa fica a  Igreja Matriz – Paróquia Nossa Senhora da Piedade,  que começou a ser construída em 1885 (no local onde a Capela de Nossa Senhora da Piedade havia sido construída e posteriormente demolida para a construção da atual)¸ mas só ficou pronta em 1916. Sua arquitetura é realmente muito bonita!

Igreja Matriz de Piedade

Essa Praça Cel. João Rosa, além de ser grande e bem cuidada, também abriga o Marco, o Monumento à Bíblia e o Coreto.  E do outro lado da rua fica a Casa do Artesão.

Coreto da Praça
Casa do Artesão de Piedade

Saindo ali do Centro, vamos continuar nosso passeio, passando agora pela Capela do Jacueiro, que fica ao lado da Paroquia Do Sagrado Coração de Jesus,  que recebeu esse nome por causa do Jacu – pássaro preto parecido com Corvo que era muito comum naquela área.

Capela do Jacueiro e o Sagrado Coração de Jesus

E se você tiver um tempinho sobrando pode aproveitar para respirar um ar puro, relaxar e apreciar a paisagem do Parque Ecológico Municipal.

Espero que tenha gostado do nosso passeio de hoje!!! Te espero na próxima postagem e para fechar com chave de ouro nosso tour, vamos visitar uma belíssima Fonte que fica perto do Portal de Piedade, na direção de Ibiúna!!!

Na Fonte…
Até Mais Piedade!!!

No Universo das Letras da Exposição Riscos e Rabiscos: Lendo a Cidade

Você já parou para prestar atenção na quantidade e diversidade de letras e algarismos presentes por onde você passa? E se eles tivessem algo mais para dizer além da simples informação que estão prestando?

Foi pensando nesse despertar para a observação que foi criada a Exposição “Riscos e Rabiscos: Lendo a Cidade”, que está no Farol Santander em São Paulo e quero que você conheça comigo. Vamos começar nossa viagem por esse universo das letras?

Como te falei essa exposição está no Farol Santander (no 19º e 20º andares) e vai ficar até o dia 03 de novembro de 2019. Na postagem anterior falei bastante sobre o Farol e passei várias dicas do que visitar nele e como aproveitar melhor essa visita. Se você ainda não viu ou quer relembrar é só clicar nesse link para ir para a postagem e depois voltar aqui para continuarmos: https://cadaviagemumabagagem.com/caminhando-pelo-centro-historico-de-sao-paulo/ .

A Exposição “Riscos e Rabiscos: Lendo a Cidade” é coletiva e mostra como a tipografia (arte da criação e impressão das letras) urbana pode ajudar a decifrar e entender melhor São Paulo. A curadoria é do Leonel Kaz, que nos contou que a exposição era para ser mais acadêmica, porém, conforme foi se desenvolvendo, tornou-se mais imersiva, principalmente devido ao local onde o Farol se encontra, cercado de uma tipografia bem peculiar, que sempre fala conosco, mas que agora conseguiremos dialogar com ela.

Com o Curador Leonel Kaz

A Exposição “Riscos e Rabiscos: Lendo a Cidade”  começa no 20º andar com um vídeo que fala sobre a  Evolução da Escrita, desde os primórdios da humanidade com os desenhos nas cavernas até os dias atuais, mostrando como as letras acompanham a arquitetura e as artes e trazendo uma série de curiosidades que eu nem imaginava. E do outro lado desse vídeo, você se depara com Prateleiras cheias de Letras vindas de Portugal…

Letras vindas de Portugal

Continuando nesse andar, você vai encontrar a “Sala dos Alfabetos”, composta de cartazes de alfabetos em vários idiomas, alfabetos clássicos e contemporâneos, além de alfabetos criados por brasileiros, em virtude do que observavam pelas ruas do país.

Sala dos Alfabetos
Fontes em destaque

Também terá a oportunidade de ver um painel com letras em diversas bases como vidro, azulejo e tijolo, que é “O Feito à Mão”¸ do Victor Tognollo e da Camila Actum (do Estúdio Itálico), com a participação de Gui Menga, que também é o responsável pela Caligrafia dos painéis laterais.

Os Artistas das obras “O Feito à Mão” e “Caligrafia” : Camila Actum, Victor Tognollo e Gui Menga

Nesse andar também há a apresentação de dois vídeos:  “Em Torno do Farol” e “Hystory of Typography” (História da Tipografia)¸ cujas telas de projeção foram um “X”. Também há um painel de 14m² com o Grafite de Daniel Melin, outro Painel em Serigrafia do Gilberto Tomé e o Pixo em Neon do artista Alexandre Orion.

“O Pixo em Neon”

Uma sala que tenho certeza que vai chamar sua atenção é a da fachada das Lojas Brodway, que conta com lindos painéis, além da Oficina de Carimbos, na qual você pode pegar uma folha com a letra que quiser e carimbar e estilizar do seu jeito para levar que recordação pra casa.

Um dos painíes dessa Oficina

Também merece destaque a obra “Oficina do Giz”, da Cristina Pagnoncelli, que consiste num painel de 14m² com várias letras escritas com giz de uma forma primorosa.

A Artista Cristina Pagnoncelli na sua Oficina do Giz
A Volta ao Giz…

Depois de explorar esse andar, chegou a hora de ir para o 19º andar, que onde estão expostas mais de 200 fotografias em backlight, distribuídas em oito estruturas curvilíneas, nos fazendo passear pela tipografia da cidade desde a década de 40 até a atualidade.

A viagem pela São Paulo das décadas de 1940 e 1950, através de seus letreiros e cartazes, é feita por meio das fotos de Peter Scheier, Alice Brill, Henri Ballot, Marcel Gautherot , Hildegard Rosenthal, entre outros, que através de suas fotografias jornalísticas, contribuíram muito para mostrar como era o Brasil.

São Paulo nas…
Décadas de 40 e 50

Avançando no tempo, vemos a influência e a modificação das letras com o passar dos anos através das fotos de José Roberto D’Elboux. E em certos momentos, você vai lembrar de já ter visto o que está sendo retratado em algum lugar…

Pelas lentes de D’Elboux
Detalhes das Fachadas…

Essa mesma sensação também está presente nas fotos de Maurício Nahas,  que fez esse material especialmente para essa exposição.

A tipografia de São Paulo por Maurício Nahas

A exposição também conta com fotos de Renato de Cara e traz um  Espaço Imersivo, no qual você pode entrar no meio de uma Projeção de Letras, sentir como se elas invadissem seu corpo e brincar com essa sensação. Além de Games para descobrir a fonte de letra que mais combina com você, escrever seu nome na chuva e na praia, entre outros jogos.

Na projeção…
Resultado dos Games

Já deu pra perceber quanta coisa boa tem pra fazer nessa exposição, não é mesmo? E o melhor de tudo é como você vai sair dela, com uma observação e um olhar bem mais aguçados. Ah! Quero te lembrar que o Farol Santander fica na Rua João Bricola, 24 e funciona de terça a domingo das 9h às 20h. Os ingressos custam R$25 (inteira), R$12,50 (meia) e R$22,50 (para Clientes Santander). Mais informações estão no site: www.farolsantander.com.br.

Espero que tenha gostado desse nosso mergulho no universo das letras e te espero na próxima postagem!!! Até Breve!!!

Caminhando pelo Centro Histórico de São Paulo

Você já teve ter ouvido falar que São Paulo é uma selva de pedra, só tem concreto, seus moradores trabalham feitos loucos e que não sobra tempo pra nada… Essas afirmações tem lá seu fundo de verdade, mas estou aqui hoje pra te mostrar que dá tempo pra se divertir sim e que tem muuuuuitas coisas legais pra fazer na minha querida Cidade de São Paulo, vou te levar pra conhecer os principais pontos turísticos do Centro Histórico. E o melhor é que muita coisa dá pra fazer a pé. E você pode desmembrar esse roteiro em vários dias, para poder aproveitar mais cada lugar.

Me acompanha nessa caminhada?

Catedral da Sé

Podemos começar nosso passeio descendo na Estação Sé do Metrô e indo visitar um dos principais cartões postais de São Paulo: a Catedral Metropolitana de São Paulo,  mais conhecida como Catedral da Sé, que fica na Praça da Sé s/n (onde está o marco zero para a contagem das distâncias da cidade) e é considerada a quinta maior catedral do mundo. Sua construção começou em 1913, com projeto do arquiteto alemão Maximilian Emil Henl, adotando o estilo neogótico, marcado pela terminação das colunas em ogivas (forma pontiaguda que lembra mãos em prece) e pela grande altura e imponência do templo (111m de comprimento por 46m de largura e as 2 torres principais com 92m de altura), também trazendo traços renascentistas como a cúpula, além dos lindos vitrais. Porém, só foi inaugurada ainda inacabada (sem as torres) em 25 de janeiro de 1954 (em comemoração aos 400 anos da cidade). As torres só ficaram prontas em 1969 e a Catedral ficou fechada para restauração entre 1999 e 2002, quando foi reaberta completando as 14 torres do projeto original. Mais detalhes estão no site: www.catedraldase.org.br.

A Imponente Catedral da Sé
Marco Zero de São Paulo

A Catedral da Sé é dedicada à Nossa Senhora da Assunção, mas recebe o título de Catedral por ser o lugar onde está a cadeira do Bispo. Vale lembrar que a primeira Catedral de São Paulo foi construída entre 1745 e 1764, era em estilo barroco e bem menor que a atual, ficava em frente à essa (na outra ponta da Praça da Sé) e foi demolida em 1912 para a construção da nova.

Quando visitar a Catedral da Sé, você pode aproveitar para fazer uma visita monitorada à Cripta, que fica bem abaixo do altar-mor e foi inaugurada em 1919 (antes mesmo da Catedral) para abrigar os restos mortais de bispos, arcebispos e personalidades históricas importantes, como o Cacique Tibiriça, entre outros. É nessa Cripta que está sepultado Dom Paulo Evaristo Arns, um importante arcebispo de São Paulo que faleceu em 2016. A Cripta foi construída em estilo gótico, em formato de cruz, e em cada túmulo há um símbolo relacionado à vida de Cristo, como o cálice, a cruz, a mão (onde os três dedos erguidos representam a Santíssima Trindade e os abaixados a vida espiritual e humana de Jesus, entre outros símbolos.

Cripta da Catedral da Sé

Na Cripta da Catedral da Sé também encontramos esculturas em mármore carrara representando a morte de Cristo que foram esculpidas por Carlos Leopoldo e Silva e que expressam de maneira bem real toda a dor desse momento.

Além da Primeira  (e única) Exposição Brasileira sobre o Santo Sudário, trazendo toda explicação sobre o lençol que envolveu o corpo de Cristo durante o sepultamento, bem como réplicas dos pregos, chicote e da Coroa de Espinhos, e uma cópia fotográfica em tamanho real do Santo Sudário. Vale lembrar que o original está em Turim na Itália e só é exposto em determinadas épocas.

Exposição sobre o Santo Sudário
Réplica da Coroa de Cristo
Foto em tamanho real do Santo Sudário

Os ingressos para a visitação à Cripta da Catedral da Sé custam R$ 7,00 e são adquiridos na própria secretaria. Mas se você for fazer o Brunch (que vou te explicar daqui a pouquinho, essa visita já está inclusa no pacote). Não poderia deixar de citar que quem me guiou na primeira visita à Cripta foi a querida Luciane, que foi super atenciosa, me passou várias informações importantes e me recomendou o Brunch. Se ela for sua monitora tenho certeza que vai concordar comigo!!!

Brunch na Catedral da Sé

Você já deve ter ouvido falar de “brunch”, aquela refeição que mistura café da manhã com almoço, sabe? Então, geralmente uma vez por mês, a Catedral da Sé realiza o “Brunch na Catedral da Sé”, um evento que une fé, gastronomia, cultura e cidadania (já que toda a renda é revertida para a conservação da Catedral), começando pela missa às 11h que é celebrada pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer, seguindo para o “brunch” no salão superior e depois para o tour guiado, onde é feita a visitação ao altar, cripta, cúpula, torres, chegando até os sinos. E quem me acompanhou nesse passeio super especial foi minha irmã Ane!

Missa na Catedral da Sé

A sala superior é lindíssima, dá pra ver de pertinho os vitrais e ter uma visão privilegiada do órgão e de toda a Catedral. Além de ser uma oportunidade abençoada de estar tão perto e receber as bençãos desse Mensageiro de Deus que é o Dom Odilo Scherer. Muita gratidão por esse momento!!!

Com o Bispo Dom Odilo Scherer

Como o Brunch na Catedral da Sé  é um momento de alegria, de confraternização, nada melhor que brindar e celebrar novas amizades como o casal Eric e Marta, seu casal de amigos, a Luíza, minha irmã e eu, tendo esse registro sido feito pelo Vidal.

Um Brinde ao Momento!!!

Sei que está querendo saber quem é o responsável pela gastronomia e quais as delícias, não é mesmo? Então vou te contar, dessa vez o “Brunch na Catedral da Sé” ficou por conta da Chef Elzinha Nunes, que é uma simpatia e trouxe todo o sabor da Comida Mineira para esse evento, com um cardápio bem variado, incluindo várias opções vegetarianas, além das sobremesas maravilhosas. E esse evento foi mais que especial, pois foi em homenagem à Dona Lucinha (mãe da Elzinha) que faleceu recentemente. Se você ficou com vontade de provar, não se desespere, você pode conhecer o Restaurante Dona Lucinha que fica em Moema (Av. Chibarás, 399) e mais detalhes e horário de funcionamento estão no site: http://donalucinha.com.br/. Com certeza, irei fazer uma visita à Elzinha em breve…

Os sabores do Brunch na Catedral

O almoço foi maravilhoso, a comida estava deliciosa e o atendimento foi impecável, toda a equipe muito atenciosa e solícita. O que nos encheu de energia para continuar a parte final do Brunch na Catedral da Sé, que é o  Tour Guiado. Quem nos conduziu nessa visita monitorada foi o Padre Luiz Eduardo Baronto, uma pessoa realmente iluminada, que nos transmite tanta paz e conhecimento ao mesmo tempo.

Começamos nosso Tour Guiado,  conhecendo um pouco mais sobre Órgão da Catedral, que é o maior do Brasil, com 10.827 tubos e é considerado o maior instrumento musical de São Paulo. Também visitamos o Altar-Mor, construído em verde e amarelo para fortalecer a nacionalidade brasileira (lembrando que o mármore verde veio de Madagascar) e sobre ele está o  Baldaquino, com cenas da Assunção de Nossa Senhora. O Novo Altar também é em mármore, só que em mármore branco e abaixo dele contém relíquias, como de Santa Paulina.

Explicações do Padre Baronto

O Padre também nos explicou sobre a arquitetura da Catedral, sobre os Mosaicos de Santa Ana e de São Paulo,  que ficam nas laterais, nos levou até a Capela do Santíssimo, que fica ao lado do altar e nos guiou até a Cripta (que já comentei acima como foi a visita)

Capela do Santíssimo

Continuando nosso Tour Guiado, chegou a hora de explorar os andares superiores da  Catedral da Sé, ver de perto sua Rosácea, apreciar do alto a  Vista da Praça da Sé e subir nas Torres. Dá só uma olhadinha nesse vídeo que postei no nosso canal do youtube pra você ter a sensação de estar caminhando junto comigo entre as Torres da Catedral: https://www.youtube.com/watch?v=EaoUlA7NiUE&feature=youtu.be.

Vista da Praça da Sé
Vista do Altar por quem está no Coro

E para fechar com chave de ouro nosso Tour Guiado, é chegado o momento de subir até o Carrilhão da Torre Direita, composto pelo teclado e pelos 61 Sinos, de vários tamanhos, que são controlados por um mecanismo, sendo que só os cinco maiores é que tocam normalmente. São vários degraus para se chegar até os sinos, mas vale muito a pena!!!! Quem nos conduziu nessa parte final do passeio foi o Wagner, que é muito gentil e atencioso!!!! Se você ficou com vontade de viver toda essa experiência, dá uma olhadinha no site para saber mais detalhes e se programar para o próximo Brunch na Catedral da Sé: https://www.brunchnacatedral.org.br/.

Entre os Sinos…
Contemplando a paisagem…

Tive a oportunidade de participar do Programa “Qual Viagem” do Querido Tony Auad, no qual conversamos bastante sobre esse passeio. Já postei a entrevista no nosso canal no youtube, dá uma olhadinha lá pra ver como foi: https://youtu.be/MfKfxIEgVkI

Pateo do Collegio

Vamos continuar nosso passeio pelo Centro Histórico  indo visitar o marco inicial da fundação da cidade de São Paulo, que é o Pateo do Collegio ou (Pátio do Colégio), onde em 25 de janeiro de 1554 foi realizada a primeira missa que marcou o nascimento da cidade e também do colégio jesuíta, que era um núcleo para catequização indígena. O prédio também já serviu como sede do Governo, Academia Paulista de Letras, sede dos Correios, passou por várias reformas, até ser demolido em 1953 (restando somente uma parede de taipa de pilão da primeira construção, por volta de 1585). Sua reconstrução começou em 1954 e durou até 1979 e foi baseada na construção inicial do século XVI. Atualmente o Complexo do Pateo do Collegio abriga o Museu José de Anchieta, a Igreja São José de Anchieta, uma Criptae o Café do Pateo.

No Pateo do Collegio

O Museu de Anchieta foi criado em 1979 com o propósito de contar como foi a fundação da cidade de São Paulo e como os jesuítas contribuíram para isso. Seu acervo conta com mobiliário e peças de época, arte sacra, relíquias, entre outras peças, e até uma maquete de como era São Paulo quando de seu nascimento. Não é permitido fotografar o museu, por isso, não vou conseguir te mostrar como é, mas vale a pena a visita. Seu funcionamento é de terça a sexta das 9h às 16h45 e aos sábados e domingos das 9h às 16h30. Os ingressos para adultos custam R$ 8,00 e além da meia entrada, tem desconto para idosos, aposentados e estudantes de escola pública, que pagam R$ 2,00. Antes de entrar no Museu é possível desfrutar de bons momentos na Praça Ilhas Canárias (que fica entre o café e o museu) e é permitido fotografar.

Na Fonte do Pateo

Saindo do Museu, vale a pena visitar a Cripta, que é uma galeria subterrânea abaixo da Igreja que foi construída em 1757 para abrigar os restos mortais dos jesuítas, visto que na época era costume sepultar os membros do clero ou pessoas importantes no interior das igrejas. Porém foi fechada em 1761 quando os jesuítas foram expulsos, servindo apenas como depósito, e sendo reaberta com a reconstrução do Pateo em 1979. Vale lembrar que os restos mortais que estavam ali foram retirados e atualmente ela serve como espaço para exposições temporárias, como essa que estava em cartaz quando visitei “Amar e Viver São Paulo” de Nilda Luz. Também não é permitido fotografar na Cripta, mas algumas obras dessa exposição na Cripta estavam reproduzidas em escala bem maior no Praça do Pateo e dá pra você ter uma ideia desse lindo trabalho da artista.

Agora para animar um pouco, vale dar uma paradinha no Café do Pateo, que fica no jardim, num ambiente super gostoso e oferece um cardápio que é uma tentação ao pecado da gula, já pensando na sobremesa: um Milk Shake, pedi só uma saladinha pra compensar…

Momento gordice no Café do Pateo

Aproveite para conhecer também a Igreja São José de Anchieta (ou Igreja do Colégio) que começou como uma cabana em 1554, passou por reforma, demolição e voltou a ser reconstruída e inaugurada em 1979. Em 2014 recebeu a denominação atual em homenagem ao seu padroeiro “José de Anchieta” que foi canonizado nesse mesmo ano.

Vale lembrar que o Complexo Pateo do Collegio fica na Praça Pateo do Collegio n° 02 no centro de São Paulo. Você pode desembarcar na Estação de Metrô Sé e caminhar um pouquinho que já está no Pateo. Mais detalhes sobre o Complexo estão no site: www.pateodocollegio.com.br. Ah! Na frente do Pateo tem o Marco da Paz e o Monumento “Glória Imortal aos Fundadores de São Paulo”

Marco da Paz

Solar da Marquesa de Santos

Ali pertinho do Pateo do Collegio (na Rua Roberto Simonsen, 136) fica o Solar da Marquesa de Santos, que pertenceu à  Marquesa Domitila de Castro Canto e Mello (conhecida como “Amante de D. Pedro I”) entre 1834 e 1867 e é uma típica residência urbana do século XVIII. Depois foi vendido, passou por várias modificações para finalmente ser restaurado em 1991. A arquitetura de sua fachada em estilo neoclássico é realmente um charme.

Atualmente o Solar da Marquesa de Santos é a sede do Museu da Cidade de São Paulo e abriga exposições temporárias. O Solar é aberto de terça a domingo das 9h às 17h com entrada gratuita. Mais detalhes estão no site: www.museudacidade.prefeitura.sp.gov.br/quem-somos/solar-da-marquesa-de-santos.

Centro Cultural Banco do Brasil

Outro lugar que vale uma visita e fica próximo dali é o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBBSP) que fica na Rua Álvares Penteado, 112 e foi inaugurado em 2001. O prédio que ocupa é do início do século XX, mais precisamente de 1927, quando foi construído para abrigar a primeira agência do Banco do Brasil em São Paulo e é considerado um patrimônio histórico.

Apesar ter sido totalmente reformado para abrigar o Centro Cultural Banco do Brasil, o prédio ainda mantém elementos arquitetônicos de quando foi construído, como a porta do cofre, que pesa 4 toneladas e veio de navio de Paris até o porto que ficava próximo à Ladeira Porto Geral. O cofre, nessa época, ocupava todo o subsolo (hoje o espaço abriga exposições). Outros detalhes da arquitetura do prédio também merecem destaque e são muito belos, como o teto, as luminárias, etc.

Porta do Cofre do Centro Cultural Banco do Brasil
Destaques da Arquitetura do CCBB

O Centro Cultural Banco do Brasil sempre traz exposições marcantes como a da Patrícia Piccinini e a do Kandinsky (que você pode ver nas fotos), entre outras. Inclusive a mais recente que é a Exposição “Vaivém” de curadoria de Raphael Fonseca, que trata da influênca das redes (de dormir, de pescar, entre outras finalidades desse objeto) na identidade dos brasileiros. O CCBB também tem cinema, apresentações de teatro e música e diversas outras atividades artísticas. Para saber a programação atualizada é só conferir o site: www.culturabancodobrasil.com.br/programacao/sao-paulo. O CCBBSP funciona de quarta a segunda das 9h às 21h e tem um café e uma lojinha de souvenirs.

E do Kandinsky
As várias redes da Exposição “Vaivém”
As redes e eu…

Mercado Municipal de São Paulo

Sei que depois de tanto andar e se alimentar de cultura, está batendo aquela fominha e o corpo está pedindo mais energia. Então sugiro uma visita e pausa para o almoço no Mercado Municipal de São Paulo (também conhecido como Mercadão de São Paulo), que foi inaugurado em 25 de janeiro de 1933 em comemoração ao aniversário da cidade. Seu projeto arquitetônico foi do engenheiro Felisberto Ranzini (do escritório de Ramos de Azevedo) e os vitrais foram feitos pelo russo Conrado Sorgenicht Filho.

Mercado Municipal de São Paulo
Detalhe dos Vitrais do Mercadão

Além da beleza do seu prédio, o Mercadão de São Paulo é famoso pela sua gastronomia. Com certeza você já ouviu falar do sanduíche de mortadela e do pastel de bacalhau que são super tradicionais e quem visita o Mercadão sempre quer provar. Mas tem vários restaurantes com outras opções de pratos, inclusive vegetarianos. Vale lembrar que o Mercadão também é conhecido por vender frutas, legumes, verduras, entre outros produtos de alta qualidade e grande variedade. Ele fica na Rua Cantareira, 306 e funciona de segunda a sábado das 6h às 18h e aos domingos das 6h às 16h. Para saber mais detalhes, é só dar uma olhadinha no site: www.mercadomunicipalsp.com. Vale muito a pena a visita!!!

Na Praça de Alimentação do Mercadão

Rua 25 de Março

Aproveitando que você está nessa região, se quiser vale dar uma passadinha na Rua 25 de Março, famosa rua de comércio popular de São Paulo, que oferece uma variedade enorme de produtos a preços bem convidativos. Minha dica é que você já leve uma ecobag caso se empolgue com as comprinhas…

Mosteiro de São Bento

Da Rua 25 de Março, você pode subir a Ladeira Porto Geral ou a Ladeira da Constituição e chegar até o  Largo São Bento, onde está o  Mosteiro de São Bento, que foi fundado ainda no século XVI para abrigar os monges beneditinos, mas cuja construção só começou em 1650. Em meados de 1900 iniciou-se a construção do Colégio e da  Faculdade São Bento, que juntamente com a  Igreja, formam o Complexo do Mosteiro de São Bento.  Sendo que o Mosteiro e a Igreja foram reconstruídos entre 1910 e 1922, com projeto do alemão Richard Bernl e estilo neorromânico.

Mosteiro de São Bento

Vale lembrar que o terreno onde está o Mosteiro de São Bento era a Taba do Cacique Tibiriçá (que se converteu ao Catolicismo e foi importantíssimo na formação da cidade). Além de se encantar com a beleza arquitetônica, você poder aproveitar para assistir a uma missa com canto gregoriano (segunda à sexta às 7h, sábado às 6h e domingo às 10h). Mas tem missas tradicionais em outros horários também. No site do Mosteiro tem uma visita virtual para que você tenha uma ideia de como é belíssimo: http://mosteiro.org.br/visita-virtual/. Ah! Durante o período natalino, o Mosteiro fica lindo com as projeções!!!

Igreja do Mosteiro de São Bento (ou Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção)

Brunch na Mosteiro de São Bento

Tenho certeza que você se encantou como “Brunch na Catedral da Sé”, não é verdade? Então, tenho mais uma novidade pra você: O Mosteiro de São Bento também  realiza o “Brunch no Mosteiro”,  que acontece geralmente no último domingo do mês e começa com a Missa das 10h em canto gregoriano (emocionante), segue para o “Brunch” no refeitório e depois para um Tour Guiado, visitando a Igreja, algumas dependências do Mosteiro e a Capela.

Missa com Canto Gregoriano

Após a missa, seguimos para o refeitório que é bem amplo e fomos recepcionados com um coquetel! O responsável pelas delícias do Brunch no Mosteiro foi o Buffet Rixô Gastronomia (www.rixogastronomia.com.br) e a organização do evento ficou por conta da Múltipla Eventos e Comunicação. O cardápio era bem variado e tinha muitas opções vegetarianas também! E como sou uma “formiguinha”, adorei as sobremesas…

Um Brinde aos Presentes da Vida!!!
Brunch no Mosteiro

O Brunch no Mosteiro de São Bento  é um evento abençoado em todos os sentidos, inclusive nos dando a possibilidade de fazer novas amizades, colocando pessoas muito especiais em nosso caminho que parece que já nos conhecíamos há tempos, como a Maria Alice e a Valéria!!!

Almoço entre Amigas!!!

Depois desse almoço maravilhoso, seguimos para o Tour Guiado no Mosteiro de São Bento! O anfitrião que nos conduziu nessa visita foi o monge Dom João Baptista (@djoaobaptista), uma pessoa maravilhosa e de uma sabedoria, carisma e uma luz que cativa a todos!

No nosso Tour Guiado, passamos pelo Teatro do Mosteiro, que foi fundado em 1903, seguimos pela Loja/ Padaria, que tem as deliciosas iguarias preparadas pelos monges como: pães, bolos, doces, etc e também os souvenirs e livros. Até chegarmos na Igreja,  que na verdade é uma Basílica e se chama Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção. Não é a Igreja de São Bento como muitos pensam, embora ele seja homenageado com sua vida retratada no teto, vitrais e imagens. A devoção à São Bento se deve por ele ter sido um monge beneditino e servir de inspiração e modelo de vida para os monges do Mosteiro. E em uma das pinturas do teto estão São Bento e sua Irmã Santa Escolástica, que foi a primeira monja. Assim como ela, muitas mulheres são homenageadas por toda a Basílica.

Teto retratando a Vida de São Bento

Dom João Baptista também nos contou detalhes sobre o Altar, que é feito de pedra vulcânica, o Baldaquino, que é de mármore carrara, a presença da Umbela e do  Tintinábulo simbolizando que trata-se de uma Basílica, as Seis Velas representando a humanidade e a Cruz, o Cristo entre o povo.Falou também sobre a Imagem do Cristo que pesa mais de 7 toneladas e está acompanhado de Nossa Senhora e São João, além de Adão e Eva ajoelhados pedindo perdão.

Altar da Basílica (Igreja do Mosteiro)
Cristo no Altar

Outros detalhes apontados foram sobre a presença dos Apóstolos nas Colunas,  de São Pedro e São Paulo no Altar, o significado dos pisos e o Órgão, que é alemão, do ano de 1954, tem mais de seis mil tubos e está em pleno funcionamento, tocando nas missas das 10h de domingo e também em festividades. Além de ressaltar que a Basílica é um óasis de paz no Centro tão agitado de São Paulo e no deserto da vida (e as palmeiras nas pinturas reforçam essa ideia).

Apóstolos nas Colunas
Órgão da Basílica

Depois de toda essa aula na Basílica, nosso  Tour Guiado seguiu para conhecermos as outras dependências do Mosteiro, como o  Parlatório (local onde os monges recebem as visitas quando necessário), a Entrada da Clausura (onde estão os monges que vivem reclusos), o Hall, repleto de simbologia (como as figuras representando o zodíaco, o verde representando a água, o tempo e a humanidade, o Teto representando Deus e o Lustre figurando como Jesus, que é a luz que une a humanidade à Deus). Fiquei realmente impressionada com a quantidade e qualidade das informações que recebemos nesse passeio.

Outro lugar muito interessante que visitamos foi a  Sala de Reunião, onde o Abade atual Dom Mathias Tolentino Braga (que é o “pai espiritual”, o gestor do Mosteiro) realiza os atendimentos e foi na sacada dessa sala que o Papa Bento XVI aparecia para os fiéis quando da sua visita ao Brasil. Também merecem destaque o Trono que o papa usou e a foto de Dom Miguel Kruse, que realizou importantes obras no Mosteiro e na cidade, como a fundação do Hospital Santa Catarina na Avenida Paulista, entre outros.

Varanda onde o Papa apareceu
Trono do Papa e Dom Miguel Kruse

Voltando a falar de símbolos, no teto da  Sala de Reunião temos a Torre representando a firmeza,o Sol: a luz dos monges para o Ocidente e o Leão: Cristo que é também conhecido como o Leão da Tribo de Judá.

Continuando nosso  Tour Guiado pelo  Mosteiro de São Bento, passamos pelo Colégio e pela Faculdade de São Bento, e seguimos até o terceiro andar que tem uma Pintura lindíssima de Nossa Senhora entregando as Regras a São Bento, tendo ao lado São José de Anchieta e abaixo o Mosteiro do Monte de Cassino, o Mosteiro de São Bento quando da sua primeira construção e a Catedral da Sé.

Nossa Senhora entregando as Regras para São Bento
Com a Pintura e os Detalhes

E pra fechar com chave de ouro nosso Tour Guiado,  fomos visitar a  Capela Privada  do terceiro andar, dedicada aos Patriarcas,  que é belíssima, tem vitrais dedicados à Nossa Senhora, a Jesus Cristo, ao Anjo, à Medalha de São Bento (que de um lado tem a imagem do Santo e do outro a Cruz, e essa traz as iniciais da Oração de São Bento em Latim e deve ser usada com essa parte para fora, para exorcizar todo o mal). Também imagens de santos, Pinturas que representam a história do  Filho Pródigo, além do Teto representando o céu.

Realmente foi um passeio abençoado!!! Muita gratidão a Deus por momentos tão únicos vividos aqui.!!!! Se você gostou e quer saber mais detalhes para participar do próximo “Brunch no Mosteiro”, é só dar uma conferida no site: http://mosteiro.org.br/brunch/.

Basílica de Nossa Senhora da Assunção

Edifício Martinelli

Saindo da Igreja do Mosteiro, você pode pegar a Rua São Bento, caminhar até o número 405 (esquina com a Avenida São João) e visitar o Edifício Martinelli (a entrada para a visita é pela porta da Avenida São João), que foi o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo e cuja construção começou em 1924 por iniciativa do imigrante italiano Giuseppe Martinelli, que queria construir o prédio mais alto da América Latina. Começando com 12 andares e aumentando gradativamente até chegar ao 32° andar (onde ficava sua casa).

Durante a construção do Edifício Martinelli houve muita polêmica, medo que desabasse, troca de arquitetos (primeiro foi William Fillinger, que desistiu do projeto, passando a assumir o sobrinho do Giuseppe: Ítalo Martinelli – essa troca é perceptível pelo design diferenciado a partir do 24°andar), entre outros entraves, mas o importante é que o prédio foi construído e teve sua ascensão até a década de 1950 (mesmo depois de ter passado por outras administrações com a falência de Giuseppe). Começou a entrar em decadência na década de 60, cogitando-se até sua demolição nos anos 70. Mas felizmente o prefeito da época não deixou e o prédio foi totalmente restaurado em 1979. Atualmente, 70% do imóvel pertence à prefeitura e o restante é área comercial. A arquitetura do Martinelli é belíssima, tanto na parte externa, quanto na interna, começando pelos lustres da entrada, passando pelas escadas em mármore, até o piso em ladrilho italiano do terraço, entre vários outros detalhes.

É possível fazer visitas guiadas ao Mirante do 26° andar do Edifício Martinelli que fica a 105m de altura e permite uma vista linda da cidade, inclusive do prédio do Santander (que vou falar daqui a pouco). Vale lembrar que esse terraço do 26° andar pode ser locado para festas, casamentos, entre outros eventos, e até serviu de cenário para gravações de algumas cenas do restaurante nos primeiros capítulos da novela das 6 “Órfãos da Terra”. As visitas são gratuitas, duram cerca de 40 minutos e acontecem diariamente às 11h, 12h, 13h, 14h30, 15h30, 16h30, 17h30 e 18h30 e precisa chegar com 30 minutos de antecedência. Para saber mais informações é só dar uma conferida no site: www.prediomartinelli.com.br. Ah! Quem me acompanhou nessa visita e tirou fotos lindas foi meu amigo Lucas (@lucascardosoph), que também se encantou com esse passeio! Tenho certeza que você também vai gostar!!!

Um lugar mais lindo que o outro!!!

Farol Santander

Falando em vista linda, outro lugar que super recomendo que você conheça é o Farol Santander, também chamado de Edifício Altino Arantes e conhecido como Banespão (antigo prédio do Banespa), que é um dos cartões postais de São Paulo. Sua construção iniciou em 1939, mas a inauguração só aconteceu em 1947 por Ademar de Barros, e ele foi inspirado no Empire State Building de Nova York. E por mais de 10 anos foi o prédio mais alto de São Paulo (perdendo o posto somente em 1960 para o Mirante do Vale), contando com 35 andares e mais de 160m de altura e em 2014 foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat). No ano 2000 passou para o Grupo Santander, que o reformou em 2017 e o reinaugurou em 2018 com o nome atual de Farol Santander.

O prédio tem um Mirante lindo no 26° andar (que é por onde recomendo que você comece a visita e depois vá descendo). Postei esse vídeo no nosso canal do youtube pra você ter uma ideia da beleza dessa vista: https://www.youtube.com/watch?v=FUGdr8d6iyg. E olha só que lindo o Edifício Martinelli visto do Farol Santander. Ah! Aproveite também para dar uma paradinha no Café Suplicy que fica nesse andar e deguste a bebida apreciando a paisagem.

Pausa pro café….

O Farol Santander também abriga uma Pista de Skate no 21° andar, o Bar do Cofre no seu subsolo, um loft para quem quiser se hospedar lá, exposições fixas com mobiliário do banco, sala de reuniões (que você já deve conhecer do reality show “O Aprendiz”) e quadros de todos presidentes do banco, além de exposições temporárias no 22° e 23° andar, como a exposição da Hebe, do Adoniran Barbosa, Infinito, entre outras. O Farol fica na Rua João Bricola, 24 e funciona de terça a domingo das 9h às 20h. Os ingressos custam R$25 (inteira), R$12,50 (meia) e R$22,50 (para Clientes Santander). Mais informações estão no site: www.farolsantander.com.br.

Exposição “Hebe Eterna”
E a famosa “Sala de Reuniões”

E o Farol Santander também teve outra exposição maravilhosa: “Riscos e Rabiscos: Lendo a Cidade”, que fez uma abordagem da cidade através das letras e algarismos espalhados por ela… Fiz uma postagem especial para te mostrar mais detalhes, é só clicar no link e dar uma olhadinha lá e depois voltar pra cá, para continuarmos nossa caminhada: https://cadaviagemumabagagem.com/no-universo-das-letras-da-exposicao-riscos-e-rabiscos-lendo-a-cidade/

Outra coisa que também chama atenção no Farol Santander é o seu lustre, que foi instalado em 1988, mede 3m de altura, pesa 1,5 tonelada e conta com 150 lâmpadas e 10 mil acessórios de cristal.

Ah! Uma última dica sobre o Farol Santander: se você puder ir do meio da tarde para o final é legal porque você pega a vista durante o dia e durante a noite (comece sua visita pelo mirante e passe por ele novamente antes de ir embora). Depois me conte nos comentários como foi essa experiência.

Mosteiro de São Bento visto do Farol Santander
Comparativos das vistas durante o dia e a noite…
Do Edifício Martinelli

Prédio da Prefeitura

Outro passeio bem legal de se fazer pelo Centro é ao Jardim da Cobertura do Prédio da Prefeitura. A sede da Prefeitura de São Paulo fica no Edifício Matarazzo (Viaduto do Chá, 15), que foi projetado por Severo e Vilares, sob a supervisão de Marcelo Piacentini (“arquiteto do Mussolini”), em estilo neoclássico (muito utilizado nas construções italianas da década de 1930), com uma altura de 46m e com 14 andares. Foi sede das indústrias da Família Matarazzo até 1972, quando passou a pertencer ao grupo Audi, até se tornar sede da Prefeitura em 2004.

A visita  ao  Prédio da Prefeitura é gratuita, guiada (com duração de aproximadamente uma hora) e acontece de segunda à sábado às 10h30, 14h30 e 16h30, devendo chegar com uma hora de antecedência). O tour começa na parte externa com explanações sobre o prédio, depois seguimos para o hall de entrada, com destaque para o Mapa do Brasil de 1939 e para o revestimento das paredes em mármore travertino.

Hall da Prefeitura de São Paulo

Então nos dirigimos para a cobertura para conhecer o lindo Jardim da Prefeitura (ou Jardim Walter Galera) que conta com mais de 400 espécies de fauna de várias partes do mundo e três Mirantes que nos proporcionam vistas maravilhosas de vários cartões-postais da cidade. Mais detalhes sobre essa visita estão no site: www.capital.sp.gov.br/noticia/conheca-a-sede-da-prefeitura-de-sao-paulo. Ter a oportunidade de apreciar todo esse verde bem no centro de São Paulo é um presente para todos nós!!!

O Lindo Jardim da Cobertura da Prefeitura
Mirante da Prefeitura
Detalhe da Catedral da Sé entre Flores vista da Prefeitura

Shopping Light

Nessa mesma calçada, na outra ponta do Viaduto do Chá (esquina com a Rua Coronel Xavier de Toledo, 23) fica o Shopping Light (com funcionamento de segunda à sábado das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 12h às 18h), que ocupa o edifício histórico Alexandre Mackenzie, inaugurado em 1929 para sediar a Empresa Light e depois de reformado se tornou shopping em 1999.

Shopping Light

Além de poder contemplar a beleza arquitetônica do Shopping Light, você pode aproveitar toda a comodidade de lojas e serviços que um shopping tem a oferecer e ainda dar uma paradinha para fazer uma massagem nessas cadeiras para relaxar e continuar nossa caminhada pelo centro. Para saber mais sobre o shopping e suas lojas é só dar uma olhadinha no site: www.shoppinglight.com.br.

Shopping Light

Theatro Municipal de São Paulo

Do outro lado da rua, na Praça Ramos de Azevedo s/n°, fica um dos mais belos cartões-postais da cidade: o Theatro Municipal de São Paulo, que foi inaugurado em 12 de setembro de 1911 como Casa de Ópera, para atender aos anseios da elite cafeeira. Sua construção em estilo eclético (combinando Renascentista, Barroco e Art Noveau) foi inspirada na Ópera de Paris, demorou oito anos para ser concluída e foi feita em conjunto por dois italianos: Claudio Rossi e Domiziano Rossi e pelo brasileiro Ramos de Azevedo. Sua inauguração foi tão fervorosa que gerou o primeiro congestionamento de São Paulo porque todos queriam estar ali nesse momento. O prédio foi tombado como Patrimônio Histórico do Estado em 1981 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).

A Bela Arquitetura do Theatro Municipal de São Paulo
Theatro Municipal de São Paulo

O Theatro Municipal de São Paulo já foi palco de importantes obras líricas e teatrais, além de sediar a Semana de Arte Moderna de 1922, entre outros eventos. Sua arquitetura realmente impressiona!!! Sua fachada é belíssima, com destaque para os Atlantis ou Atlas que seguram o peso do mundo nas costas. Uma curiosidade é que eles também estão presentes em esculturas de mármore na Pinacoteca do Estado – que também foi projetada por Ramos de Azevedo. Vou mostrar a foto de ambos pra você ver.

O Hall de Entrada, é outro encanto! A Escadaria Nobre é feita em mármore italiano e já veio pronta, os Mosaicos  (Mar Reno e As Valquírias)são em pedra murano e entre eles fica a porta do Salão Nobre (por onde as pessoas que estavam nesse salão apareciam para serem vistas) e as Estátuas tem uma beleza ímpar.

Na Escadaria do Theatro Municipal
Mosaicos e Porta do Salão Nobre
Mar Reno e As Valquírias
Detalhe das Estátuas do Hall

A visita continua agora para conhecermos a Sala de Espetáculos do Theatro Municipal, que é lindíssima!!! Ao lado do palco fica um Órgão de 1969, com 5.000 tubos, mas que não é tocado desde 2007, e acima do palco tem a imagem de Carlos Gomes, autor da ópera “O Guarani” e patrono do teatro.

Sala de Espetáculos do Theatro Municipal

Além da plateia e dos camarotes, também chama a atenção na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal, o Lustre alemão que pesa 1 tonelada e a Pintura no teto que representa o fio da vida! Se você tiver a oportunidade de assistir a um espetáculo aqui, venha porque vale muito a pena!!

Frisas da Sala de Espetáculo
Lustre e Teto da Sala de Espetáculos do Municipal

Visitamos também o Salão Nobre do Theatro Municipal, que foi inspirado na Sala de Espelhos do Palácio de Versalhes (falei sobre essa sala na minha postagem sobre a França, se você ainda não viu, dê uma olhadinha lá e veja como realmente são parecidas: https://cadaviagemumabagagem.com/os-encantos-da-franca/.

Salão Nobre do Theatro Municipal

As Pinturas do Salão Nobre foram feitas diretamente no teto pelo artista Oscar Pereira, representando o Teatro Grego no centro e as Musas nas laterais. Os Espelhos são de cristais belga, por isso não apresentam manchas apesar do tempo e o Mármore colorido das paredes vem do interior de São Paulo, da cidade de Ituparanga. Realmente essa sala faz juz ao nome de “Salão Nobre”.

Pinturas do Teto do Salão Nobre
Detalhes do Teto e Paredes do Salão Nobre

Essas visitas guiadas são gratuitas e acontecem de terça a sexta às 11h, 13h, 15h, 16h e 17h, duram aproximadamente 1h30 e tem que chegar com uma hora de antecedência para se inscrever na bilheteria do teatro. E para saber mais informações e detalhes da programação é só olhar o site: www.theatromunicipal.org.br. É uma visita que vale muito a pena!!! Ah! Lembrando que o Theatro Municipal também tem o Restaurante Santinho no térreo e o Bar dos Arcos  que fica no espaço subterrâneo do prédio, no Salão dos Arcos.

Theatro Municipal visto do Mirante da Prefeitura

A visita guiada ao Theatro Municipal também inclui o passeio até a Praça das Artes, que foi inaugurada em 2012 e é uma extensão das atividades do teatro, sediando a Escola de Dança e a Escola Municipal de Música de São Paulo e os grupos artísticos da Fundação Theatro Municipal, proporcionando aos artistas um espaço adequado para ensaios. Além disso, a Praça recebe exposições temporárias como “O Mundo Segundo Mafalda”, que foi um sucesso em 2015 (eu tive a oportunidade de ir e adorei).

Jardim da Praça das Artes

Sesc 24 de Maio

Saindo dali, em frente à lateral direita do Theatro Municipal, tem a Rua 24 de Maio, que em seu número 109 abriga o Sesc 24 de Maio, que foi inaugurado em 2017 como mais uma forma de ajudar a revitalização do Centro de São Paulo, trazendo arte, cultura e lazer. O projeto foi de Paulo Mendes da Rocha, que reaproveitou o antigo prédio da Mesbla (famosa loja de departamento) e o modernizou, chamando a atenção de quem passa na rua.

O prédio conta com os serviços do Sesc e salas de exposição. Quando visitei a exposição que estava em cartaz era a de Lasar Segall e estava impecável. Para saber informações atualizadas sobre as exposições e toda a programação do Sesc 24 de Maio é só dar uma olhadinha no site: www.sescsp.org.br/unidades/36_24+dE+MAIO/+/uba=prpgramacao#/hdata=id%3D36

Exposição Lasar Segall

Além disso, o Sesc 24 de Maio tem teatro, piscina na cobertura (com mirante), café, restaurante e um espelho d’água no 11° andar. O funcionamento é de terça a sábado das 9h às 21h e aos domingos das 9h às 18h e é fechado às segundas feiras. A entrada ao complexo é gratuita, mas é necessário comprar ingressos para o teatro e para os shows. Aproveite para dar uma passadinha por lá, tomar um café e apreciar a vista com o lindo espelho d’água do 11° andar!

No Mirante e Piscina da Cobertura do Sesc 24 de Maio

Praça da República

Continuando caminhando pela Rua 24 de Maio, chegamos até a Avenida Ipiranga e já avistamos a Praça da República, que é um refúgio verde no centro da cidade. É conhecida por sua tradicional Feirinha de Artesanato aos domingos, mas durante a semana também é possível encontrar algumas barraquinhas de artesanato para levar de lembrança da cidade.

Edifício Copan

Seguindo pela Avenida Ipiranga (no sentido da Avenida Consolação), do lado esquerdo, no número 200, está o icônico Edifício Copan, um marco da arquitetura moderna brasileira, que com seu design curvilíneo chama a atenção de quem passa pela rua. Ah! Sua fachada está em reforma, mas dá pra perceber como é bonito e diferente.

Edifício Copan

O Copan foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer na década de 50, com a execução de Carlos Alberto Cerqueira Lemos. Numa época em que São Paulo estava em expansão e crescimento econômico e a obra foi encomendada para a comemoração do 4° Centenário da Cidade (1954), passou por alguns contratempos e a inauguração só se deu em 1966, unindo centros comerciais, residências e lazer no mesmo espaço. O prédio de 115m de altura conta com 32 andares, 1160 apartamentos divididos em seis blocos e mais de 70 estabelecimentos comerciais, entre eles o Bar da Dona Onça (que vou falar  mais sobre ele daqui a pouco). E o mais legal é que agora tem visita guiada e gratuita para apreciar a vista do seu terraço no 32° andar. Essas visitas acontecem de segunda a sexta às 10h30 e às 15h30 e duram aproximadamente 20 minutos e precisa chegar de mais hora a quinze minutos de antecedência. A vista é belíssima!!!

Igreja e Avenida da Consolação vistas do Copan

Além das fotos, postei um vídeo no nosso canal do youtube pra te mostrar como é a sensação de estar no alto do Copan: https://www.youtube.com/watch?v=2OYpTPk6DG0&feature=youtu.be . Ele passou por uma fase de decadência na década de 1970, mas conseguiu se reerguer em meados da década de 80 e atualmente é moradia de pessoas de várias classes sociais e diversas profissões. Mais detalhes sobre o Copan estão no site: www.copansp.com.br.

Farol Santander, Catedral da Sé e Edifício Itália vistos do Copan

Depois dessa vista linda, chegou a hora de repor as energias, seja com um café, um lanche ou uma refeição. Não importa o que tenha em mente, mas com certeza você vai encontrar algo que te agrade nas diversas opções gastronômicas do térreo do Copan.

Térreo do Copan

Entre as opções gastrônomica do Copan, está o Bar da Dona Onça (como mencionei acima), que se destaca pela sua decoração temática animal print, com a famosa “Onça” por várias partes do mundo e também pelo cardápio comandado pela Chef Janaína Rueda.

Fachada do Bar da Dona Onça
A Onça pelo Mundo

O Bar da Dona Onça é restaurante também e funciona de segunda a quarta das 12h às 23h30, de quinta a sábado das 12h às 0h30 e aos domingos das 12h às 17h. Vale a pena dar uma passadinha para conhecer! Eu não perdi a oportunidade  e fui a caráter para combinar com o ambiente…rsrs

Rua Avanhandava

Voltando pela Avenida Ipiranga (sentido Praça da República), virado à direita na Avenida São Luís e depois virando à direita na Rua Martins Fontes, seguindo uns 400m por essa rua, à esquerda vai estar a famosa Rua Avanhandava, que foi revitalizada em 2007 com um paisagismo sustentável e acessível.

A Rua Avanhandava é um charme com suas luzinhas, canteiros e vasos de plantas espalhados por toda sua extensão, suas fontes inspiradas na Traditional Fontana Italiana, o Mural do Kobra com a imagem de Ray Charles e o Piccolo Teatro, que apresenta vários espetáculos gratuitos.

A Rua Avanhandava também é conhecida pelos vários restaurantes da Família Mancini espalhados por ela, como o Famiglia Mancini, o Madrepeola, entre outros e o Migalhas Sabores da Boca da Rua, que tem um lanche vegetariano maravilhoso!

Hora do Lanchinho no Migalhas

Outro atrativo da Rua Avanhandava é a Vaca Dourada “Generosidade”, que na verdade é um cofre, cujos donativos vão para a Fraternidade Irmã Clara que cuida de crianças com paralisia cerebral. E quem teve a ideia desse gesto tão bonito foi o Valter Mancini, que é o proprietário dos restaurantes! Com certeza vale a pena dar uma passadinha e se encantar por essa rua. Mais detalhes estão no site: www.famigliamancini.com.br/rua-avanhandava/

A Vaca Generosidade

Edifício Itália

Fazendo o caminho de volta, pela Rua Martins Fontes e pela Rua São Luís, na esquina dessa com a Avenida Ipiranga n° 344, vamos fechar com chave do ouro esse roteiro pelo Centro Histórico de São Paulo, vamos visitar o Edifício Itália, que foi inaugurado em 1965 e  é considerado o segundo maior prédio de São Paulo, com 165m de altura, dividido em 46 andares.

O Edifício Itália abriga o Teatro Itália (no subsolo), a sede do Clube “Circolo Italiano” (nos dois primeiros andares), o Restaurante Circolo (no 1° andar) e vários outros estabelecimentos comerciais ao longo de seus andares. Para saber mais detalhes de tudo que tem no prédio é só dar uma olhadinha no site: http://www.edificioitalia.com.br/ .

Teatro Itália e seu hall

Também se encontra no Edifício Itália, o famoso Terraço Itália, que fica no 41° andar e nos proporciona uma vista encantadora da cidade, que à noite tem um charme todo especial.

As Luzes de São Paulo vistas do Terraço Itália
No Terraço Itália

Você pode optar por ficar no bar ou no restaurante do Terraço Itália . Os valores dos pratos não são baratos, mas vale pela experiência (a entrada para visitar o Terraço custa R$ 35 e o restante você paga pelo que consumir). Além de ser um lugar super especial para um jantar romântico ou para uma comemoração. O Bar do Terraço tem música ao vivo todos os dias, fomos numa sexta-feira e quem estava nos presenteando com seu show era On Jazz Trio. Para saber mais informações sobre o Terraço e a programação musical é só dar uma conferida no site: http://www.terracoitalia.com.br/ .

Vista do Bar do Terraço Itália
Drinks no Terraço

E com essa foto linda da cidade vista do Terraço Itália, terminamos nosso passeio. Vale lembrar que é sempre bom ficar atento aos seus pertences durante o passeio, porque como todo centro urbano, o de São Paulo também oferece seus riscos. Mas tomando cuidado, dá pra aproveitar bastante. Espero que tenha gostado da nossa caminhada!!! E te espero na próxima postagem!!! Até lá!!!

A Linda Noite de São Paulo

Um Mergulho Histórico em Paranapiacaba

Que tal embarcar num trem da década de 50 e desembarcar num clima londrino sob a névoa, com casas de madeira e se aventurar numa trilha pela Mata Atlântica? Essa é a proposta do Passeio pelo Expresso Turístico com destino a Paranapiacaba. Vamos iniciar nossa jornada?

O mergulho histórico começa quando entramos no Expresso Turístico da CPTM na Estação da Luz em São Paulo às 8h30 do domingo em direção à Vila de Paranapiacaba, que pertence à cidade de Santo André, fica a aproximadamente 48km de São Paulo e cujo nome significa “Lugar de onde se vê o mar”, o que faz jus aos seus 796m de altitude em relação ao nível do mar. Quem me acompanhou nessa aventura de hoje foram minha irmã Ane e nossa amiga Claudia.

Com a Claudia e a Ane na Estação da Luz!!!

O trajeto é feito a bordo de dois vagões de aço puxados por uma locomotiva, todos fabricados na década de 1950 e o percurso dura cerca de duas horas. Período em que você vai apreciando as paisagens e ouvindo informações sobre o que vai aparecendo pelo caminho. Mais detalhes sobre o trem estão no site: http://www.cptm.sp.gov.br/sua-viagem/ExpressoTuristico/Trajetos/Paginas/Trem-Expresso-Paranapiacaba.aspx

Vale lembrar que os ingressos se esgotam muito rápido, então, se puder já compre com antecedência para a data que deseja ir. Também é possível surgir alguma vaga perto da data pretendida quando ocorre alguma desistência (foi o que aconteceu no nosso caso). Os ingressos custam a partir de R$ 50 – ida e volta (partindo da Estação da Luz) e R$ 40 (partindo da Estação Prefeito Celso Daniel em Santo André). E se forem mais pessoas tem desconto (pagamos R$115 para as três).  Para saber quais as vagas disponíveis, é só consultar o site: http://www.cptm.sp.gov.br/sua-viagem/ExpressoTuristico/Pages/Vagas-e-Calendario.aspx. Esse Expresso Turístico também faz roteiro para Jundiaí e Mogi das Cruzes (que pretendo fazer futuramente e postar aqui). Mas se você já fez, me conta como foi e passa as dicas nos comentários.  Agora voltando a falar do nosso tour de hoje, dá só uma olhada na vista do trajeto, que vai de ruínas de indústria até a vegetação da Mata Atlântica.

As Paisagens do Caminho….

No próprio trem, membros da AMA (Associação de Monitores Ambientais e Culturais) de Paranapiacaba nos informam sobre os passeios e os pacotes.
Mas também é possível contratar guias e saber essas informações diretamente no Centro de Visitantes do Parque (que fica na Rua Direita, 371).  Mais detalhes do que fazer na Vila (inclusive hospedagem e restaurantes) estão no site: http://www2.santoandre.sp.gov.br/index.php/paranapiacaba. O circuito cultural do City Tour pode ser feito por conta própria e você só paga as entradas dos museus, já as trilhas precisam de guias. Mas optamos por fechar o City Tour e a Trilha do Olho D’ Água  e valeu muito a pena. Os guias: Cristina (City Tour) e Gustavo (Trilha) são muito atenciosos e conhecem muito sobre o que falam. Os roteiros oferecidos custam a partir de R$30 e se fechar mais de um tem desconto (no nosso caso ficou por R$55 os dois passeios por pessoa).

Quase chegando na estação, já avistamos um dos cartões postais da cidade: o Relógio Big Ben,  que é uma réplica do Big Ben de Londres, tem  aproximadamente 20m de altura,   e foi trazido para o Brasil em 1898 pelos funcionários da São Paulo Railway com a intenção de regular o horário dos trens e dos funcionários da empresa ferroviária e também relembrar a Inglaterra. Agora ele está em manutenção, mas vou te mostrar uma foto de quando ele estava funcionando para você ter uma ideia de sua beleza.

Relógio Big Ben

Ao desembarcar na Estação de Trem de Paranapiacaba já somos convidados a apreciar a paisagem e entrar no clima de volta ao passado… Passeando pela Parte Baixa da cidade: a Vila Nova, também conhecida como Vila dos Ingleses, encontramos construções típicas da arquitetura inglesa, com casas de madeira pré-moldadas, fabricadas com pinho de riga (madeira nobre do Leste Europeu).

A Bela Paisagem de Paranapiacaba

Continuamos nosso caminho, agora em direção ao Clube União Lyra Serrano, que foi formado em 1936 pela junção de dois clubes: a Sociedade Recreativa Lyra da Serra (ligada às artes) e o Serrano Futebol Clube (ligado ao esporte).

O prédio do Clube União Lyra Serrano, que foi construído em 1938, possui um hall de entrada com duas saídas e o salão social que serve como salão de baile, abriga uma feirinha de artesanato (no segundo domingo do mês) e tem um palco (onde aconteciam as projeções de cinema e atualmente os concertos no Festival de Inverno). Além da sala de troféus, também tem o Café Bar do Lyra, onde provei o Gelinho de Cambuci (muito bom!!!).

Nossa próxima parada foi em um dos principais cartões postais de Paranapiacaba: o Museu Castelo (também chamado de Castelinho), que foi construído em 1897 em estilo vitoriano inglês para ser a casa do engenheiro-chefe da ferrovia: Frederic Mens. Sua posição é estratégica, fica no ponto mais alto da vila, de onde se tem uma vista privilegiada, permitindo que o engenheiro-chefe pudesse acompanhar o trabalho dos funcionários na ferrovia e a movimentação dos trens.

Além de sua beleza e detalhes arquitetônicos, como a construção em madeira e as lareiras germinadas para aproveitar o aquecimento em vários cômodos ao mesmo tempo, o Museu Castelo conta com um acervo repleto de mobiliário e objetos de época, fotos, documentos, equipamentos da ferrovia, troféus e vários outros pertences. Vale lembrar que o Museu funciona aos sábados, domingos e feriados das 10h às 16h (sendo que a entrada do último grupo é às 15h30).

O Quarto do Museu Castelo

Um objeto do Castelinho que chama a atenção é o relógio da ferrovia que tem o número quatro em algarismo romano (“IIII”) diferente do que estamos acostumados a ver (“IV”) , o que também é verificado no Relógio Big Ben. A explicação é que o número sendo assim evitaria que o maquinista se confundisse com o horário e pudesse provocar algum acidente com os trens.

Do  Museu Castelo é possível avistar a Parte Alta de Paranapiacaba, que diferentemente do que falamos sobre a Parte Baixa que é em estilo inglês, aqui o estilo é  o português: sobrados coloridos com comércio embaixo e residência no piso superior. E a maioria dos moradores dessa região eram imigrantes portugueses, italianos e espanhóis que vieram para trabalhar na construção da ferrovia.

Parte Alta de Paranapiacaba

Vale lembrar que é nessa Parte Alta que fica a Igreja Nosso Senhor do Bom Jesus. Ela foi construída ali porque os ingleses que eram protestantes não permitiram que fosse feita na Parte Baixa. Porém ficou na altura do Castelinho e simbolicamente mais perto do céu. O acesso entre as Partes Alta e Baixa se dá pela Passarela Metálica (que vou te mostrar mais pra frente). Não cheguei a visitar a Igreja por falta de tempo, mas já está no roteiro para quando voltar a Paranapiacaba. E se você já conheceu a Igreja, compartilha conosco como foi sua visita.

Uma outra curiosidade da Parte Alta é que ela serviu de inspiração para Tarsila do Amaral, que se encantou com a paisagem quando estava no trem em direção a Santos e pintou a obra: “EFCB – Estação de Ferro Central do Brasil”  em 1924. Mais detalhes sobre esse quadro estão no site: http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/artistas/tarsila/obras.htm

Admirando a vista do Castelinho…

Saindo do Museu Castelo, fomos para o  Mercado Municipal de Paranapiacaba que foi construído em 1899 para o comércio de produtos e alimentos. Porém em 2003 foi restaurado e agora é utilizado para exposições e eventos. Ele também abriga as famosas feiras da cidade, como o  Festival do Cambuci, que ocorre entre abril e maio e oferece vários pratos feitos com esse fruto típico da Mata Atlântica de sabor azedinho e marcante. Além de licores, cachaças, geleias e doces. Eu provei o suco, o gelinho e o mousse e super aprovei!!!

Algumas Guloseimas do Mercado: Licor de Cambuci, Geléia de Cambuci com Juçara e o Fruto do Cambuci

Do Mercado seguimos para a Avenida Fox para almoçar, pois essa avenida é repleta de restaurantes que servem a la carte ou cobram um valor único em self service. Escolhemos o Restaurante Vila Inglesa, que custava R$ 26 por pessoa no self service. O ambiente era bom e a comida estava gostosa!!!

Ali pertinho do restaurante, fica a  Casa Fox ou  Casa da Memória, que foi construída entre 1897 e 1901 com madeira de pinho-de-riga, porão em pedra e tijolos aparentes e em formato de casas germinadas. Era utilizada para moradia dos funcionários e é possível verificar a diferença entre essa construção e a do Museu Castelo (residência do engenheiro-chefe).

A  Casa Fox também abriga a exposição “Casa da Família Ferroviária” que mostra como era a moradia dos anos 30 com móveis, objetos e fotografias de época. Vale lembrar que a Casa recebeu esse nome em homenagem ao Engenheiro Daniel Mackinson Fox que realizou um importante trabalho na construção da ferrovia. A visitação é guiada e custa R$3,00 e a Casa funciona aos sábados e domingos das 10h às 15h e durante a semana somente mediante agendamento.

Quadros da Família Ferroviária
O Quarto da Casa Fox

Esse último passeio fizemos por conta (para aproveitar o tempinho que sobrou do horário de almoço) e de lá voltamos para o Mercado para encontrar o grupo e continuar nosso City Tour.

Passamos pelo Pau-da-Missa, que era um marco na Vila e onde eram colocados os avisos, principalmente os horários das missas. Ele fica ao lado de uma grande árvore que teve seus galhos cortados, ficando só o tronco. Com o advento das redes sociais o “pau-da-missa” perdeu sua função, ficando agora só como registro histórico.

Continuamos nosso caminho, passando agora pela Passarela Metálica ou Ponte, que foi construída em 1899 para a travessia segura dos pedestres sobre a linha ferroviária, fazendo a ligação entre a Parte Baixa e a Parte Alta de Paranapiacaba. Sua vista é linda e é um belo cenário para fotos.

Atravessando a Passarela até a metade, chegamos ao acesso para o Museu Funicular ou  Museu Tecnológico Ferroviário, que está localizado no Pátio Ferroviário e retrata a história da ferrovia, através de objetos, maquinários e locomotivas de época. O sistema funicular funcionava por meio de um mecanismo de roldanas gigantes que movimentavam os trens por cabos de aço na descida e subida da serra e foi importantíssimo para a exportação do café, permitindo sua chegada ao Porto de Santos.

Maquete do Sistema Funicular

O Primeiro Sistema Funicular (ou Serra Velha) foi inaugurado em 1867 e contava com cinco patamares. O Segundo Sistema (ou Serra Nova) começou a funcionar em 1901 e em 1974 foram substituídos pelo Sistema de Cremalheria (composto por esteira dentada fixa com duas máquinas circulando sobre ela)  que funcionou até 1981. O Museu Funicular funciona aos sábados, domingos e feriados das 10h às 15h e a entrada custa R$ 5,00. Vale muito a pena a vista e o tamanho dos objetos realmente impressiona!!!

No Museu Funicular
Ninguém pode dizer que não ando na linha…

Um detalhe importante é que a neblina vai aumentando ao longo do dia (independentemente da estação do ano) e esse fenômeno acontece por causa da junção do ar quente do mar com o ar frio da Mata Atlântica. Olha só o a névoa nessa foto que foi tirada às 14h40…

Nosso City Tour terminou por aqui, então nos dirigimos para fazer a trilha. No caminho passamos pelo Bar da Zilda, que fica na Rua Direita. Não deu tempo de pararmos nele por conta do passeio seguinte. Mas pareceu ser bem legal e já anotei para a próxima visita. Se você for, me conta como foi sua experiência.

As Trilhas acontecem no Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, que é uma Unidade de Conservação Ambiental desde 2003 e foi criado para a preservação dos recursos naturais e da biodiversidade da Mata Atlântica, abrangendo uma área de 4,3 km². A entrada no Parque é gratuita, porém para fazer qualquer uma das seis trilhas  oferecidas (Trilha dos Gravatás, do Mirante e da Pontinha – nível fácil/ Trilha das Hortências e da Água Fria – nível médio / Trilha da Comunidade – nível difícil) é necessário o acompanhamento de um monitor credenciado pela Prefeitura de Santo André e os valores custam a partir de R$ 25 por pessoa.

Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba

Escolhemos a Triha do Olho D’Água que faz parte da Trilha dos Gravatás. Fomos passeando pela Mata Atlântica, tendo a oportunidade de respirar um ar bem puro e conhecer espécies nativas, como a Palmeira Juçara (de onde se tira um fruto bem parecido com o Açaí), ver bromélias, cedros, entre outras vegetações.

Fomos caminhando até chegar ao Olho D’Água que é uma das nascentes do Rio Grande. É muito lindo ver a água brotando!! Dá só uma olhadinha nesse vídeo da nascente para ver essa beleza: https://www.youtube.com/watch?v=yXTsuQiCjrI

Vale lembrar que o Núcleo do Olho D’Água apresenta, além da nascente, os reservatórios construídos no final do século passado para o abastecimento de Paranapiacaba e uma parte ainda é usada atualmente para abastecer a Parte Baixa da Vila. A paisagem da trilha é linda e esse contato com a natureza é maravilhoso! Além disso, é muito interessante ver o trabalho que está sendo desenvolvido para a conservação da Mata Atlântica que já foi tão devastada.

Ver a água correndo em meio a esse cenário verde é encantador. A Trilha do Olho D’Água dura cerca de uma hora e é super tranquila de fazer. Vale muito a pena!!! E jpa fica o gostinho de quero mais para voltar outras vezes para fazer as outras trilhas!

Terminamos esse passeio com as energias renovadas!!! E no caminho de volta para a Estação, avistamos o prédio da  Bibilioteca que é um charme e abriga a biblioteca desde 2008, porque o anterior que ela ocupava sofreu um incêndio em 2005. Ela estava fechada pelo fato de ser domingo à tarde, mas se quando você for estiver aberta nos conte como foi.

Continuamos aproveitando o passeio enquanto voltávamos para a Estação. Passamos pelas lojinhas de artesanato e para fechar com chave de ouro nossa visita a Paranapiacaba, paramos na Casa de Chá Raízes da Serra, provamos o delicioso bolo de cenoura com cobertura de chocolate e o maravilhoso suco de Cambuci com leite. Além do sabor, o atendimento cativa!!! Super Recomendo uma passadinha aqui!!!

Hora do Lanchinho na Casa de Chá Raízes da Serra

Também tem o Passeio de Maria Fumaça que percorre as ruas da Vila, não tivemos tempo de fazer. Mas parece ser divertido! Se você fizer nos conte com foi.

Uma última dica é que Paranapiacaba é famosa pelo Festival de Inverno que acontece em julho (geralmente nos dois últimos finais de semana) e é repleto de música, arte e cultura! Se puder, já inclua na sua programação!

Finalmente chegamos à Estação para pegar o trem que retorna a São Paulo às 16h30. Foi um dia muito especial e um passeio maravilhoso!!! Muita gratidão a Deus por mais essa oportunidade!!! E nos vemos na próxima postagem! Até lá!!!

Até mais Paranapiacaba!!!

As Surpresas de Sergipe

Hoje estou aqui para te convidar para me acompanhar nessa jornada por Sergipe, estado do Nordeste Brasileiro. Vamos conhecer sua capital Aracaju (que fica a cerca de 2h40min de voo de São Paulo) e muitas outras cidades próximas.

Tenho certeza que você vai se surpreender com os atrativos desse lugar. Vamos começar nossa viagem?

Cânions do Xingó

Roteiro do Primeiro Dia – Orla de Atalaia / Oceanário de Aracaju / Passarela do Caranguejo

Mais uma vez meus companheiros de viagem foram meus pais (Pedro e Dalva) e minha irmã Ane. Saímos de São Paulo (Aeroporto de Cumbica em Guarulhos) no sábado de manhã e chegamos a Aracaju (Aeroporto Internacional Santa Maria) no começo da tarde. O transfer para o hotel já estava incluso no nosso pacote de viagem (fechamos pela CVC). Nos hospedamos no Aracaju Praia Hotel, que fica na Praia de Atalaia (Av. Santos Dumont, 1001 – www.site.aracajupraia.com.br).

Almoçamos no restaurante do hotel, nossos pais ficaram no quarto para descansar um pouco e minha irmã e eu fomos explorar a cidade. A Orla de Atalaia é muito grande e larga até chegar na areia, é uma das maiores do Brasil, tem parquinho para as crianças, restaurante, pista de skate, kartódromo, feirinha de artesanato, um lago e até o Oceanário fica na Orla. É um passeio que pode ser feito por toda a família, até mesmo se alguém tiver mobilidade reduzida ou for cadeirante.

Lago na Orla de Atalaia

Falando em Oceanário de Aracaju, ele faz parte do Projeto Tamar, para preservação de tartarugas marinhas, é o primeiro da região nordeste, foi inaugurado em 2002 e funciona diariamente das 9h às 21h.

Seu formato é de uma tartaruga gigante e abriga várias espécies em diversos aquários e tanques, permitindo ver de pertinho peixes, crustáceos, tartarugas-marinhas e até tubarões (que podem ser tocados mediante supervisão na hora da alimentação).

Tanque dos Tubarões

No Oceanário também há palestras, visitas orientadas, exposições e tudo é voltado para a conscientização da preservação do ecossistema marinho. Vale muito a visita! Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia) e mais informações estão no site: www.tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=10)

Saindo do Oceanário, fomos caminhando pela Orla de Atalaia (não conseguimos ir até o mar porque a passagem estava longe e em vários pontos não dava pra passar por conta da vegetação que você pode ver na foto), mas visitamos a Feirinha de Artesanato, que tem muitas opções de lembrancinhas legais e com preços bons.

Continuamos caminhando pela Orla, agora em sentido contrário (voltando para o Hotel), passamos por ele e fomos em direção aos Arcos da Atalaia (ou Arcos da Orla de Atalaia) – um monumento com vários significados, um deles diz que representa os quatro principais rios de Sergipe: Rio Real, Piauí, Vaza-Barris e o Rio Sergipe, já outro diz que representa as quatro fases de construção da Orla, entre outras hipóteses, mas independente da teoria adotada, o que importa é que são realmente muito bonitos!

Arcos da Atalaia

Continuamos nossa caminhada pela Orla, agora em direção à famosa Passarela do Caranguejo, que é o point noturno, com várias opções de bares e restaurantes que servem o caranguejo como prato principal (que é bem típico na cidade). Como você sabe, sou vegetariana e não provei e minha família também não quis experimentar por pena do animalzinho, mas a região oferece várias outras opções no cardápio e foi aí que provamos uma das melhores e maiores tapiocas que comemos na vida!!! Acabei esquecendo de tirar foto, mas se você provar tenho certeza que vai concordar comigo… Na sequencia voltamos para o hotel para descansar porque amanhã tem muito mais.

Roteiro do Segundo Dia: City Tour: Mercado Municipal de Aracaju / Rio Sergipe / Colina de Santo Antônio / Praia de Aruana / Shopping Rio Mar Aracaju

Acordamos cedo para conhecer a cidade através do City Tour, que já estava incluso no nosso pacote e também pode ser feito por quem tem mobilidade reduzida ou necessita de acessibilidade. Quem nos conduziu nessa tarefa e em outros tours também foi a queridíssima Guia Divani, uma pessoa iluminada, super do bem (temos amizade até hoje) e uma profissional excelente!!! Tenho certeza que se você conhecê-la terá essa mesma impressão.

Guia Divani

Começamos nosso tour pela Orla de Atalaia, que já tínhamos conhecido ontem e seguimos em direção ao Rio Sergipe, que é um dos principais do Estado e tem uma extensão de 210 km, nascendo em Serra Negra (na divisa com a Bahia) e desaguando no Oceano Atlântico. Ao fundo da foto, você pode observar a Ponte Construtor João Alves, que foi inaugurada em 2006, medindo 1.800m e fazendo a ligação entre Aracaju e Barra dos Coqueiros, sendo importantíssima para a economia e para o turismo, pois liga a capital ao Porto do Estado e também às praias do litoral norte.

Família no Rio Sergipe

Ali pertinho fica o Mercado Municipal de Aracaju, que fica na Rua José do Prado Franco, s/n e na verdade é um complexo formado por três mercados:  Mercado Antônio Franco, Mercado Thales Ferraz e Mercado Albano Franco, repletos de artesanato, objetos de decoração, flores, frutas, restaurantes com muitas comidas típicas, entre outros produtos para nos enriquecer com a cultura local.  A dica é levar uma ecobag para já providenciar algumas lembrancinhas da viagem.

Mercado Municipal de Aracaju

Continuamos nosso passeio (com o ônibus da excursão), em direção à Colina de Santo Antônio que foi inaugurada em 1855, sendo considerada o ponto mais antigo/ marco zero de Aracaju (quando a capital do Estado foi transferida de São Cristóvão pra cá). É a parte mais alta da cidade e possui uma vista linda!!!

Família no Mirante da Colina de Santo Antônio

Além do mirante, também é possível visitar a Igreja de Santo Antônio, em estilo neogótico, muito charmosa e acolhedora e que recebe muitos fiéis para a festa do santo em 13 de junho.

Com as bençãos de Santo Antônio, continuamos nosso passeio, agora para o almoço na Praia de Aruana, com tempo livre também para apreciar o mar. Depois a excursão nos deixou no hotel. Nossos pais ficaram descansando um pouco e minha irmã e eu fomos bater perna, como boas paulistanas fomos para o Shopping Rio Mar Aracaju (www.riomararacaju.com.br). É bem grande e tem uma excelente estrutura com várias lojas, cinemas, supermercado, etc. É uma ótima opção para quem gosta de shopping! Nem vimos a hora passar, quando voltamos para o hotel já era noite. Agora é só descansar para aproveitar muito bem o dia de amanhã.

Roteiro do Terceiro Dia: Praia do Saco

A guia Divani nos buscou no hotel logo cedo para irmos conhecer a Praia do Saco, que fica na cidade de Estância, a aproximadente 70km de Aracaju. Essa famosa praia do litoral sul é de uma paisagem deslumbrante! Com sua enseada de águas calmas, possibilita a quem tem necessidade de acessibilidade aproveitá-la ao máximo!!!!

A encantadora Praia do Saco

Chegando lá, optamos pelo passeio de buggy (contratado à parte, mas dividido entre os quatro passageiros não fica pesado), que dura cerca de 1h30 e nos leva para percorrer as dunas (com ou sem emoção).  Como estava com meus pais (foi a primeira vez que minha mãe andou de buggy… Parabéns pela coragem dela!!! Cada dia mais vencendo os medos e aceitando os desafios propostos pela filha maluquinha aqui), optamos pelo passeio sem emoção, no qual o bugueiro vai mais devagar ao descer e subir as dunas, mas mesmo assim é incrível e super recomendo que você faça!!!

Minha mãe encarando o passeio de buggy

Durante o passeio de buggy, também teve uma parada para banho e para apreciarmos essa linda lagoa no Ponta do Saco. Nada mal para uma segunda-feira, não é mesmo?

Depois da emoção do buggy chegou a hora de relaxar na Praia do Saco, que recebeu esse nome em virtude das barricadas de sacos de areia que eram colocados na praia para proteger da ressaca do mar. E assim passamos o dia… No final da tarde voltamos para Aracaju para descansar e nos preparar para o passeio de amanhã.

Na Praia do Saco

Roteiro do Quarto Dia: Foz do Rio São Francisco

Nosso destino hoje foi em direção ao norte do Estado, fomos até Brejo Grande, que fica a uma distância de cerca de 110 km de Aracaju. Lá pegamos o Catamarã Carapeba rumo à Foz do Rio São Francisco, onde ele deságua no Oceano Atlântico.

No Catamarã Carapeba

Navegar pelo Velho Chico é realmente um presente de Deus! Esse rio de mais de 2800km de extensão é um dos mais conhecidos e importantes do Brasil, nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, percorre também os Estados da Bahia, Pernambuco e vai encontrar o Oceano Atlântico na divisa entre Sergipe e Alagoas. Tanto que esse passeio também é oferecido para quem está em Alagoas.

O encontro do rio com o mar (Foz do Rio São Francisco) não apresenta uma diferença de cores tão acentuada, mas é lindo!!!! Não conseguimos chegar mais perto porque tem uma vila antiga submersa, da qual só é possível ver o farol, e o catamarã poderia bater em algum destroço. É uma história triste, mas o farol mantém viva sua memória.

Foz do Rio São Francisco
Antigo Farol

Dali seguimos para uma ilhota, onde tem uma bela piscina natural, para uma pausa para o banho no Rio São Francisco. Poder banhar-se nessas águas e sentir toda a energia positiva desse rio é uma verdadeira benção! Muita gratidão por estar aqui!!!

Hora do Banho no Rio São Francisco

Na volta do passeio, tivemos a parada para almoço em Brejo Grande e depois voltamos para Aracaju. Foi um dia muito agradável. Quando tiver a oportunidade, faça esse passeio que vale muito a pena!!!

Navegando pelo Velho Chico

Roteiro do Quinto Dia: Cânions do Rio São Francisco/ Usina Hidrelétrica Xingó

Acordamos bem cedo porque a saída para o passeio de hoje também seria de manhãzinha, já que são aproximadamente 200km e mais de três horas de viagem para se chegar a Canindé de São Francisco, de onde partem os catamarãs (que tem acessibilidade) rumo aos Cânions do Rio São Francisco, também conhecidos como Cânions do Xingó (porque ficam na região de Xingó). O Rio São Francisco verdinho, correndo entre os penhascos é de uma beleza incomparável, tanto que escolhi uma foto de lá para ser a capa do blog.

Capa do Blog – Caminho para a Gruta do Telhado no meio dos Cânions do Xingó

Mas antes de chegar aos cânions, vamos passeando pelo Rio São Francisco, contemplando a beleza de suas águas verde-esmeralda e apreciando as pedras da margem ao longo do caminho que, pela ação do tempo, vão adquirindo formas bem peculiares, como de um gavião, de um templo japonês, entre outras. Veja se consegue identificar essas imagens e depois me conte.

Rio São Francisco

Já nos aproximando dos cânions, foi possível avistar uma imagem de São Francisco de Assis a nos abençoar!

Agora sim, chegou o momento de admirar toda essa riqueza da natureza. Esse presente de Deus!!! Tenho certeza que você também vai se encantar pelos Cânions do Xingó!!!

Cânions do São Francisco ou Xingó

No meio dos cânions, montaram uma base de apoio e também uma estrutura com rede e 3m de profundidade e outra com 1,20m para que fosse possível nadar e brincar nas águas do Rio São Francisco.

É também dessa estrutura que partem os barquinhos que nos levam para conhecer a Gruta do Telhado, onde o reflexo da luz do Sol na água causa um efeito tão incrível nos Cânions, que certamente foi um dos lugares mais lindos que já vi na vida!!!! Quando você for, me conta se também teve essa sensação.

A beleza do reflexo!!!

Depois de tanta beleza, voltamos para Canindé de São Francisco para almoçar e de lá seguimos para a Usina Hidrelétrica de Xingó, que fica a 6km de onde estávamos. Sua construção começou em 1987, foi inaugurada em 1994 e tem potencial para se expandir. Ela está instalada no Rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe, e além da energia elétrica, também serve para projetos de irrigação, abastecimento de água e funciona como reservatório para o Complexo de Paulo Afonso. Houve muita polêmica quando da sua construção, por conta do represamento do rio, o que acabou formando um cânion e permitindo uma extensa área navegável, sendo assim a situação foi contornada, com o aumento do turismo na região.

Represamento do Rio São Francisco na Usina Hidrelétrica de Xingó

A usina conta com uma barragem de até 140m de altura, uma casa de força de 3.162 kw de potência instalada e um reservatório de 60 km2. Mais detalhes estão no site: www.chesf.gov.br/SistemaChesf/Pages/SistemaGeracao/Xingo.apx. É impressionante ver a imensidão dessa estrutura!

Usina Hidrelétrica de Xingó em Funcionamento

Depois de tantas vivências nesse dia lindo, voltamos para o hotel para repor as energias para o passeio de amanhã e nos despedimos de Canindé de São Francisco com essa bela imagem da Barragem da Hidrelétrica de Xingó!!!

Barragem da Hidrelétrica de Xingó

Roteiro do Sexto Dia: Laranjeiras / São Cristóvão

Com certeza hoje é o dia mais cultural e histórico do roteiro, vamos conhecer Laranjeiras (que fica a aproximadamente 20km de distância de Aracaju) e São Cristóvão (que fica a 23km da capital).

Começamos por Laranjeiras, que recebeu esse nome por conta dos pés de laranja que ficavam nas margens do Rio Cotinguiba, que banha a cidade. A arquitetura colonial é predominante, tanto nas construções quanto no piso, e o artesanato é bem forte. A cidade foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1996.

Nossa primeira parada foi no Museu Afro-Brasileiro, que foi criado em 1976 com a missão de preservar a importância da cultura africana e divulgar sua influência para os brasileiros. O prédio que ocupa data do século XIX, tem arquitetura neoclássica e é dividido em dois pavimentos.

No térreo estão peças do período de escravidão, da produção canavieira e mobiliário dessa época. Vou te contar uma curiosidade: antes de viajar estava procurando uma mesa de jantar de madeira, quando fui na loja achei diferente uma mesa dessas com gaveta e perguntei pra vendedora e ela me disse que a gaveta servia para guardar talheres e guardanapos. Só que nesse museu, vi uma mesa que também tinha gavetas e me explicaram que a real finalidade dessas era para esconder os pratos com a comida se chegasse alguma visita na hora das refeições. Quando voltei na loja pra comprar a mesa, contei pra vendedora e ela me disse que esse era o verdadeiro motivo, mas que ela tinha ficado com vergonha de contar, mas falei que achei  bem criativo!!!! Rimos muito!!! Olha só como é a minha mesa (a foto do museu não ficou muito boa, então vou mostrar a minha pra você ter uma ideia de como é).

Detalhe da gaveta da mesa de jantar

No andar superior tem um acervo em homenagem aos Orixás, contando um pouco da história de cada um e seus adereços. O museu fica na Rua José do Prado Franco, 70 e funciona de terça à sexta das 10h às 17h e aos sábados, domingos e feriados das 13h às 17h. Mais informações estão no site: www.itabi.infonet.com.br/museusemsergipe/modules/sections/index.php?op=viewarticle&artid=10.

Os Orixás Iemanjá e Oxalá

A maioria das igrejas de Laranjeiras foi construída no período colonial e havia muita distinção entre quem poderia frequentá-las. Então, existia a Igreja dos Negros, como essa da foto que é a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos,  também a Igreja dos Pardos, que vou te mostrar mais pra frente, e a Igreja dos Brancos, como a Igreja Matriz. Atualmente não existe mais essa diferença e todos os fiéis são bem-vindos em todas as igrejas! Graças a Deus!!!

Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos

Passamos pela Casa do Artesanato, onde muitos produtos dos artesãos locais estão expostos e à venda e de lá seguimos para a Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, que fica na Praça da Matriz e começou a ser construída em 1790, com uma arquitetura rica em detalhes, sendo que foi a primeira igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus no Brasil. Atrás da Igreja tem um belo jardim e uma estátua de Cristo. Que Nosso Senhor Jesus derrame suas bençãos sobre todos nós!!!!

Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus
O Altar da Igreja Matriz

Outra Igreja que nos chamou a atenção por sua beleza arquitetônica e estilo próprio foi a Igreja Presbiteriana, cuja inauguração se deu em 1899 após vários conflitos entre católicos e protestantes na região. E foi em Laranjeiras que se fundou a primeira Igreja Presbiteriana de Sergipe em 1884, pelo pastor Alexander Latimer Blackford.

Nos despedimos de Laranjeiras e partimos agora rumo a São Cristóvão, que fica distante cerca de 33km de onde estamos, e foi fundada em 1590 pelo português Cristóvão de Barros, sendo a quarta cidade mais antiga do Brasil e a primeira capital de Sergipe (que foi transferida para Aracaju somente em 1855 como já comentei quando falei da Colina de Santo Antônio). Vale lembrar que São Cristóvão foi tombada pelo IPHAN em 1967 e a Praça de São Francisco, que é a principal da cidade, foi eleita Patrimônio Mundial pela Unesco. E é nessa praça que fica a Igreja e o Convento de Santa Cruz ou Convento São Francisco, cuja construção iniciou-se em 1693 e continuou por muitos anos através dos donativos da comunidade. A Igreja e o Convento foram considerados Patrimônio Mundial da Unesco em 2010. Ao lado desse complexo fica o Museu de Arte Sacra.

A Praça e a Igreja e Convento de Santa Cruz e São Francisco

Ali na Praça São Francisco, fica a Casa do Folclore, que expõe artigos bem típicos e históricos da região, como roupas, artesanato e os bonecões gigantes de personalidades da cidade, com a Dona Gil, o João Bebe Água (que recebeu esse apelido por sempre responder: “Vou bem, bebendo água….” quando perguntavam como ele estava, mas segundo boatos, essa água era aquela que passarinho não bebe…), entre outros.

Os bonecões de João Bebe Água, Dona Gil e Mestre Satu

Foi nesse lugar de mergulho na cultura sergipana que aproveitamos para registrar e celebrar novas amizades que conquistamos nessa viagem, como a Guia Cila, que nos acompanhou nos passeios de hoje e os casais queridíssimos: Micheli e Roberval e Vera e Paulo.

Com a Guia Cila e os queridos Amigos: Micheli e Roberval / Paulo e Vera

Conhecemos também o Museu da Polícia Militar de Sergipe, que foi criado em 1969 com sede em Aracaju e em 2012 foi transferido para o local atual. Conta com um acervo de cerca de 1000 peças relacionadas à atividade policial, como fardas, armamentos, entre outros objetos, além de um espaço para exposições de artistas sergipanos. É muito interessante ver o vestuário e os equipamentos utilizados ao longo do tempo, como os mimeógrafos para cópias de boletins de ocorrência das décadas de 30 a 60.  O museu funciona diariamente das 9h às 16h e oferece visitas guiadas gratuitas, que nos permite conhecer um pouco mais da história e do importante trabalho da Polícia Militar em prol da sociedade. Mais informações estão no site: www.pm.se.gov.br/museu-da-policia-militar-atrai-cerca-de-450-visitantes-por-mes-em-sao-cristovao.

Continuando o tour pelas Igrejas de São Cristóvão, chegou o momento de conhecer a Igreja Matriz Nossa Senhora da Vitória, que começou a ser construída no século XVII porém foi destruída por conta da invasão dos holandeses e depois reconstruída no século XIX, e é considerada a igreja mais antiga de Sergipe. Seu estilo mescla o barroco e o neoclássico e vale a pena prestar atenção aos detalhes do altar, que é muito bonito. Quem observa a parte externa, não imagina a beleza de seu interior.

Dali, fomos caminhando para a Praça do Carmo, onde estão a Igreja e o Convento Nossa Senhora do Carmo, que na verdade formam o Conjunto Arquitetônico do Carmo, com a Igreja da Ordem Primeira e Ordem Terceira e o Convento. A construção do Convento data do século XVII e a das Igrejas do século XVIII, em estilo barroco. Vale lembrar que  a Igreja da Ordem Terceira também é conhecida como Igreja de Nosso Senhor dos Passos e foi nesse convento que a Irmã Dulce começou sua vida como freira em 1933 e tem uma sala em sua homenagem.

Igreja e o Convento Nossa Senhora do Carmo
Detalhe do Teto Original da Ante-sala da Igreja da Ordem Primeira

Também visitamos a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, que era conhecida como a Igreja dos Homens Pardos. Sua construção data do século XVII, mas ficou fechada por um longo período. Seu processo de restauração só começou no final do século XX. Sua arquitetura é mais simples do que as outras igrejas que visitamos anteriormente, porém não deixa de valer a pena a visita.

Também visitamos a Antiga Igreja e Santa Casa de Misericórdia, que hoje em dia abriga o Lar Imaculada Conceição. Sua construção data do século XVII e utiliza o estilo barroco. Esse lar desenvolve vários projetos de inclusão social e foi ali que encontramos os tradicionais bricelets de São Cristóvão, que são um tipo de biscoito fabricado pelas freiras. Também encontramos uma gruta muito bonita no jardim!!!

Antiga Igreja e Santa Casa de Misericórdia / Atual Lar Imaculada Conceição

Antes de voltarmos para Aracaju, fomos conhecer uma celebridade da cidade: a Dona Mirian e seu famoso Presépio, que conta com mais de 700 peças e fica exposto na sala de sua casa. Sua paixão por presépios começou desde os 12 anos e continua até hoje.

O Presépio da Dona Mirian
Detalhes do Presépio

Ah! Só mais um apontamento, o passeio de hoje não é muito recomendado para quem necessita de acessibilidade, mas se você tiver muita vontade de conhecer, pode ir fazendo o trajeto de carro e descendo nos pontos específicos.

Roteiro do Sétimo Dia: Parque dos Falcões / Teleférico do Parque da Cidade / Mirante de Nossa Senhora da Conceição / Museu da Gente Sergipana

Nosso primeiro passeio do dia foi pra conhecer um lugar muito especial: o Parque dos Falcões, que fica na cidade de Itabaiana, a cerca de 45km de Aracaju. Esse parque foi fundado no ano 2000 por José Percílio e Alexandre Correia. Mas a paixão de José Percílio pelos animais começou desde sua infância e continua…

O Parque dos Falcões conta com mais de 300 aves e é autorizado pelo Ibama para a criação de aves em cativeiro, sendo uma referência na reabilitação desses animais, que na maioria das vezes chegam aqui vítimas de maus-tratos e/ou resgatados do tráfico. Os ingressos custam a partir de R$15 para crianças de 8 a 12 anos e R$25 para adultos. As visitas acontecem das 9h às 14h e são mediante agendamento. Ah! Esse passeio também pode ser feito por quem necessita de acessibilidade! Mais informações estão no site: www.parquedosfalcoes.com.br

A Poderosa Harpia

O cuidado e o carinho que as aves recebem no parque realmente impressiona. O Tito (Gavião Carcará), que é o mascote do Parque vive passeando por lá. Vale muito a pena a visita. E ainda tivemos a oportunidade de segurar algumas corujinhas e até um falcãozinho. É muita fofurice para um passeio só!!!!

“Se encostar leva bicada….”

Depois desse passeio incrível, voltamos para o hotel, onde almoçamos e nossos pais ficaram descansando, enquanto minha irmã e eu fomos passear mais um pouco. Pegamos um táxi e fomos para o Parque da Cidade (ou Parque José Rollemberg Leite), que fica numa Reserva de Mata Atlântica, tem um mini-zoológico e ainda um passeio de Teleférico (que você que acompanha o blog já sabe que eu adoro!). A entrada do Parque e do Zoo é gratuita e funciona de terça à domingo das 8h30 às 17h. Já o teleférico é pago (R$20 – inteira e R$10 – meia entrada), mas super compensa porque a vista é linda!

Do seu percurso de 600m é possível apreciar o verde do parque e o zoológico e no final tem o Mirante e a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Aracaju. Não descemos para andar pelo parque o visitar o zoológico porque estava corrido, mas se você estiver com tempo pode aproveitar para curtir o verde. Mais detalhes estão no site:
https://www.aracaju.se.gov.br/index.php?act=leitura&codigo=46009

As Emas no Zoológico vistas do Teleférico

Saímos do Parque rapidinho, pegamos outro táxi e fomos para o Museu da Gente Sergipana, que fica no centro de Aracaju, foi inaugurado em 2011 e conta com total acessibilidade. É considerado o primeiro museu de multimídia interativo do Norte e Nordeste. Sua tecnologia lembra bastante o Museu do Futebol em São Paulo.

O prédio em que está instalado foi construído em 1926 e totalmente restaurado para o museu, que conta com vários espaços expositivos, como uma sala dedicada à literatura de cordel, onde os visitantes podem declamar ao versos como se fosse um karaokê e depois postar na internet.

Ane soltando a voz na Literatura de Cordel

Outra parte que gostei bastante foi a área temática “Nossos Leitos”, na qual o visitante senta num barco, dentro de um túnel e acompanha projeções em 360°de toda a fauna e flora de Sergipe. É lindo!!!! Além de áreas que reproduzem as feiras, roupas, roças, festas, sotaques, entre outras peculiaridades da região. E também apresenta exposições temporárias e outros eventos. Vale muito a pena esse mergulho na cultura sergipana!!! O museu funciona de terça à sexta das 10h às 16h e aos sábados, domingos e feriados das 10h às 15h. A entrada é gratuita e mais informações estão no site: www.museudagentesergipana.com.br.

Roteiro do Oitavo Dia: Orla Pôr-do-Sol / Ilha dos Namorados / Crôa do Goré

Acordamos cedo e seguimos em direção a Mosqueiro, que está a cerca de 23km de Aracaju, onde fica a Orla Pôr-do-Sol, famosa pela beleza do Sol se pondo em tons alaranjados no Rio Vaza-Barris (não tivemos a oportunidade de ver esse espetáculo, mas se você for, nos conte nos comentários como foi essa experiência). Mas é dessa Orla bem bonita e estruturada que partem as catamarãs em direção à Ilha dos Namorados e à Crôa do Goré que são os passeios de hoje.

Embarcamos no Catamarã Velho Chico, navegando pelo Rio Vaza-Barris, apreciando toda a beleza ao nosso redor e com direito a uma hidromassagem natural. Como assim? Calma que eu te explico: no meio do barco tem redes ao invés do fundo de madeira para que a pessoa possa deitar e sentir a massagem da água, enquanto o barco vai deslizando pelo rio… É uma sensação muito boa, no começo parece meio difícil de se equilibrar para deitar, mas vale muito a pena. Se você pegar um catamarã assim não deixe de viver essa experiência e depois me conte como foi.

Aproveitando a Hidromassagem Natural

Nossa primeira parada foi na Ilha dos Namorados, que fica entre o Rio Vaza-Barris e o ao Oceano Atlântico. A praia, que surge na maré baixa, tem areia fininha e águas calmas. É um momento perfeito para relaxar!!!!

Chegando na Ilha dos Namorados

Voltamos para o catamarã e durante o percurso, passamos por uma região de Mangue que é uma paisagem única!!!

E finalmente chegamos ao ápice do passeio de hoje: a Crôa do Goré que é um banco de areia formado no meio do Rio Vaza-Barris pelo movimento da maré, ele aparece no meio da manhã e fica até o meio da tarde, depois é encoberto pela água. Por isso os passeios tem horário certo para acontecer e todo o aparato de mesas e cadeiras precisa ser recolhido para o bar flutuante, ficando só as tendas de palha. Uma curiosidade em relação ao nome é que “crôa” significa um banco de areia que surge quando a maré está baixa e “goré” é um mini-caranguejo que vive nos manguezais, provavelmente deveria ter muitos desse no mangue ao redor. É um passeio maravilhoso! E vale lembrar que esse passeio também tem acessibilidade: a tripulação é qualificada e a embarcação tem adequação para cadeirantes e oferece cadeiras para banho para que possam desfrutar ao máximo desse paraíso!!!

Na Crôa do Goré

Aproveitar essas águas calmas em meio a uma paisagem encantadora e ser testemunha da perfeição da natureza com o efeito da maré é um presente!!! E com certeza uma maneira muito especial de nos despedirmos de Aracaju, já que nosso voo para São Paulo é logo mais. Muita gratidão a Deus por mais essa viagem e pelos momentos mais que especiais que passamos aqui!!!

Ah! Tive a oportunidade de participar do Programa “Qual Viagem” do Querido Tony Auad, e na entrevista falamos sobre Sergipe e sobre as dicas aqui do blog. Já postei no nosso canal do youtube, dá só uma olhadinha como foi : https://youtu.be/EBSMQjf8Jyg

Até breve!!! Te espero na nossa próxima postagem!!!

Rio Vaza-Barris na Orla do Pôr-do-Sol

Tour em Poços de Caldas

Hoje te convido a me acompanhar nessa expedição por Poços de Caldas, uma cidade ao sul de Minas Gerais, que fica a aproximadamente 260 km da Capital de São Paulo e é bem conhecida pelas propriedades terapêuticas de suas águas e que vai completar 147 anos nesse ano de 2019.

A cidade fica sobre uma área vulcânica desativada e tem duas fontes de águas sulfurosas a 45°C na superfície: a Fonte dos Macacos e o Thermas Antônio Carlos.

Vamos começar nosso tour?

Portal de Poços de Caldas

Roteiro do Primeiro Dia – Fábrica de Cristais / Shopping Poços de Caldas

Meus companheiros de viagem mais uma vez foram meus pais e minha irmã (quem acompanha o blog sabe que eles são fiéis escudeiros das minhas aventuras). Saímos de São Paulo numa sexta-feira às 9h40 e chegamos em Poços de Caldas por volta das 13h. Nos hospedamos na AFPESP (Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo), mas se você não for associado ou convidado de um associado, não se preocupe, ali no centro tem várias opções de hotéis para todos os bolsos e gostos. Com certeza você vai encontrar algum que te agrade. E se for funcionário público associado aproveite para desfrutar dos benefícios dessa Unidade de Lazer.

Deixamos nossa bagagem no quarto e fomos almoçar na Associação mesmo (a hospedagem é com pensão completa). Ainda durante o almoço, começou a chover, o jeito foi aproveitar os ambientes da colônia de férias, descansar um pouco e esperar a chuva passar…

Hall da AFPESP

Como a chuva não passou, tivemos que adaptar o roteiro que eu tinha programado. Então fomos para lugares fechados, que faríamos em outros dias. Aproveitamos para conhecer a fábrica e loja: “Cristais Cá d’Oro”. Foi muito interessante ver o processo de fabricação do cristal ou vidro artístico (como eles chamam). É tão mágico ver como a areia, o carbonato de cálcio e outros elementos misturados (que podemos tocar na visitação) ao serem submetidos a altas temperaturas, moldados e soprados se transformam em belíssimas peças. Essa técnica foi trazida por Mario Seguso da Ilha de Murano (em Veneza na Itália) em 1945, quando chegou ao Brasil para fazer uma coleção em homenagem aos 400 anos de São Paulo. E apaixonado pelo país, em 1965 fundou a Cristais Ca d’Oro em Minas Gerais, que até hoje é administrada por sua família.

Não é permitido filmar ou fotografar a fábrica, mas no próprio site da loja tem um vídeo de apresentação no qual você pode conhecer um pouquinho desse processo: www.cristaiscadoro.com.br. A loja é linda e fica difícil escolher o que levar de lembrança pra casa. Tem peças de todos os valores, está certo que as mais detalhadas são bem caras em virtude do trabalhoso processo de sua fabricação, mas tem outras com preços mais acessíveis que dá pra levar como souvenir e mesmo que você não queira comprar nada vale a visita. O endereço da fábrica e horário de visitação estão no site: www.cristaiscadoro.com.br/enderecos/fabrica-e-loja/.

Família na Cristais Ca d’Oro

De lá seguimos para o Shopping Poços de Caldas (www.pocosdecaldasshopping.com.br  – Av. Silvio Monteiro dos Santos, 180), que foi inaugurado em 2005 e tem uma grande variedade de lojas, além de supermercado, cinema e até um estúdio da Rádio Nativa FM. É uma boa opção de passeio pra quem gosta de shopping (como eu) e também num dia chuvoso como hoje.

Fachada do Shopping

Roteiro do Segundo Dia – Mercado Municipal / Cristo Redentor / Zoo das Aves / Cachoeira Véu das Noivas / Cascata das Antas / Represa Bortolan / City Tour Central / Noite: New York Pub

Acordamos bem cedo para aproveitar o dia já que o sol nos presenteou com sua presença. Começamos nosso passeio pela Fonte das Rosas, que fica na Praça Brasil, uma praça bem bonita e muito bem cuidada. Além da fonte, outra atração da Praça é o telefone público em formato de rosa. Um charme!!

Fonte das Rosas
Telefone de Rosa

Do outro lado da rua fica o Mercado Municipal de Poços de Caldas (http://pt-br.facebook.com/mercadomunicipalpocosdecaldas/) que está localizado na Rua Pernambuco s/n desde 1969 e oferece uma grande variedade de produtos típicos da região, como queijos, doce de leite, sabonetes artesanais entre outros produtos. Funciona de segunda a sábado das 7h às 18h e domingo das 7h às 12h. Vale a pena dar uma passadinha e levar uma ecobag para carregar as compras caso você se empolgue.

Continuamos nosso passeio, agora em direção à Serra de São Domingos, onde está o Cristo Redentor, um monumento de 30 m de altura (sendo 16 m da imagem de Cristo e 14 m do pedestal) e que fica a uma altitude de 1686 m do nível do mar. A vista da cidade de lá é linda!!! A imagem do Cristo pesa 120 toneladas e são 52 degraus para se chegar até o primeiro patamar onde começa o pedestal. O monumento foi inaugurado em 1958 e foi idealizado por José Raphael Santos Neto. O lugar transmite uma paz e tem uma energia muito boa!!! A entrada é gratuita e o acesso pode ser feito de carro (como nós fomos por conta ou por excursão), a pé pela mata na Trilha do Cristo ou pelo Teleférico que sai do Parque Affonso Junqueira (que faremos no roteiro de amanhã). Depois da chuva de ontem, ter um sol e um tempo aberto assim com essa vista maravilhosa é realmente um presente de Jesus Cristo!!! Muito Obrigada, Senhor!!!

Família no Cristo Redentor
Cristo Redentor
Vista do Cristo

Ali perto, também fazendo parte do Parque Municipal da Serra de São Domingos está a Pedra Balão, que é um conjunto de pedras sobrepostas com aproximadamente 10 m de altura e recebeu esse nome porque seu formato parece com um balão dirigível. Como a natureza é perfeita e caprichosa!!! Vou te contar um segredinho: tem uma escada para subir na pedra e fazer fotos bem legais (como a pedra estava escorregadia por conta da chuva de ontem, não arrisquei subir, mas se você for, me conta nos comentários como foi a sensação de estar no topo).

A entrada pra Pedra Balão é também é gratuita e o acesso é por meio de carro/moto ou excursão (o Teleférico não chega até lá e também não tem uma trilha específica como a do Cristo). A paisagem é realmente linda e minha irmã até fez um novo amigo: um jumentinho que estava pastando por ali.

Agora nos dirigimos para o outro lado da cidade, para visitar o Zoo das Aves, que tem a proposta de aliar preservação ambiental e entretenimento sustentável, através da observação e contato com as aves. São cerca de 2.000 aves e aproximadamente 200 espécies. Os recintos de imersão são uma experiência única, nesses recintos os animais ficam soltos e a pessoa entra para ter um contato mais próximo. Além desses recintos de imersão, tem os recintos comuns e também o espaço do Grande Lago, onde várias espécies ficam soltas.

Como falei, o Zoo das Aves tem uma preocupação com a preservação ambiental e muitos dos animais de lá foram resgatados de maus-tratos e tráfico de animais, entre eles está o Tucano Ray Charles, que teve os olhos perfurados, perdendo a visão total do olho esquerdo e parcial do direito, por isso, não pode ser devolvido à natureza, mas recebe todo o cuidado no Zoo. Ele é muito fofo!!!! Só por ele já compensaria a visita, porém esse passeio tem muito mais a nos oferecer. Os ingressos custam R$15 para idosos e crianças e R$25 para adultos. Mais informações estão no site: www.zoodasaves.com.br.

Com o Tucano Ray Charles

Nesse mesmo lado da cidade, não muito distante dali fica a Cachoeira Véu das Noivas que fica no Parque Véu das Noivas. A cachoeira possui três quedas d’água e a principal tem 10m de altura por 15m de largura e é realmente muito bonita, mas é uma pena que é poluída. O complexo também conta com uma feirinha de artesanato que funciona onde era o antigo restaurante, alguns quiosques de lanches e um trenzinho que faz um passeio muito curto e o condutor não explica nada sobre as árvores ou cachoeira (eu particularmente esperava mais desse trenzinho pelo que tinha visto na internet). De qualquer forma pela cachoeira vale a visita. A entrada do complexo e o estacionamento são gratuitos e o passeio de trenzinho custa R$2,00 por pessoa.

Cachoeira Véu das Noivas

Da cachoeira voltamos para a Associação para almoçarmos e depois fomos fazer nosso tour da tarde. Começamos pela Cascata das Antas, que fica relativamente próximo à Cachoeira Véu das Noivas (Av. Silvio Monteiro dos Santos, s/n – Vale das Antas) e tem quedas d’água com mais de 50 m de altura, com uma paisagem de tirar o fôlego. O complexo ainda conta com um lindo bosque de vegetação nativa, ruínas da primeira usina hidrelétrica Força e Luz (que foi inaugurada em 1898) e a atual hidrelétrica: UHE: Engenheiro Affonso Junqueira – Usina das Antas. Vale lembrar que Poços de Caldas foi uma das primeiras cidades brasileiras a gerar sua própria energia elétrica. A única coisa que entristece é que as águas da cascata são poluídas… A visitação é gratuita e o funcionamento é de segunda a sexta das 8h às 17h30 e aos finais de semana e feriado das 8h às 18h.

Que vista incrível da Cachoeira das Antas!!!!

Nossa próxima parada foi na Represa Bortolan, que é um dos cartões postais da cidade e conta com cerca de 5 km² de extensão, que são muito utilizados para a prática de esportes náuticos. Gostaríamos de ter feito o passeio de escuna, mas esta estava em manutenção, então vai ter que ficar para uma próxima visita. Na represa também é possível passear de pedalinho, ou simplesmente sentar-se em um dos bares os restaurantes nas suas margens e ficar contemplando sua beleza. A represa fica na Av. João Pinheiro s/n e o acesso também pode ser feito pela Rodovia José Aurélio Vilela Km 8.

Seguindo em direção ao centro da cidade, paramos no Parque Municipal Antônio Molinari (que também fica na Av. João Pinheiro s/n) e é uma ótima opção para relaxar, ter contato com a natureza e ainda praticar esportes. O parque oferece pista de bicicross, cooper, skate, quadras, entre outros.

Aproveitamos também para atravessar a rua e tirar fotos na margem do Ribeirão de Poços de Caldas, um rio que corta a cidade e essa importante avenida que é a Avenida João Pinheiro.

Avenida João Pinheiro

Chegando ao centro da cidade, começamos nosso City Tour pelo Parque José Affonso Junqueira, que é um lindo e muito bem cuidado parque. Além de belos jardins e árvores frondosas, o parque conta com a Fonte Luminosa (que estava em manutenção, mas já vi as fotos de quando está funcionando e é um charme) e com o Palace Casino, que foi inaugurado em 1931 como um imponente cassino, com nobres salões e uma arquitetura primorosa. Mas com a proibição de cassinos no Brasil, tornou-se um espaço para eventos.

Parque José Affonso Junqueira
Fonte Luminosa

Ao lado do Parque, na Praça Getúlio Vargas, fomos conhecer o famoso Relógio Floral, que é formado por pequenos arbustos representando os números e por ponteiros motorizados para marcar o horário, e ornamentado com pequenas plantas. Um belo registro para guardar da sua visita à cidade!

Relógio Floral

Também no entorno da Praça Getúlio Vargas, fica o Espaço Cultural da Urca, que foi inaugurado na década de 40 como “Cassino da Urca”, inspirado no Cassino da Urca do Rio de Janeiro, tornando-se uma das mais importantes casas de jogos do Brasil. Mas com a proibição desses jogos em 1946, passou a ser utilizado para diversas outras finalidades: faculdade, Centro Administrativo Municipal e espaço cultural. E desde a restauração de 1996, tornou-se o “Espaço Cultural da Urca”, que conta com salas para exposição e um teatro com lotação de 500 expectadores.

E do outro lado da rua fica a Antiga Estação Ferroviária e Atual Centro de Informações Turísticas, um prédio muito bonito e histórico, conservando a arquitetura da Estação Ferroviária que foi inaugurada em 1886.

Atravessamos novamente o Parque José Affonso Junqueira e fomos para outra praça que fica ao lado do Parque: a Praça Elisiário Junqueira que abriga outro cartão postal da cidade: o Calendário Floral, formado por várias flores, plantas, pedrinhas e placas de cimento e que registra a data, o dia da semana e a estação do ano, com atualização diária. É um ótimo lugar para tirar fotos e registrar seu passeio!

Calendário Floral

Nessa mesma praça fica a Fonte Pedro Botelho ou Fonte do Leãozinho, que também tem águas sulfurosas, mas estava desligada. De qualquer forma valeu a visita pela bela escultura do leãozinho.

Ali próximo fica outra praça bem tradicional da cidade: a Praça Pedro Sanches que é muito bonita e bem conservada, sua inauguração foi em 1920. Ela abriga o Coreto, que serve de palco para apresentações musicais e o Monumento Minas ao Brasil que fica no centro da praça. Também é dessa praça que parte o passeio de trenzinho/jardineira que vamos fazer no roteiro de amanhã.

Nessa Praça também fica o requintado Palace Hotel, que foi inaugurado na década de 30, fazendo parte do Complexo Hidrotermal e Hoteleiro, juntamente com o Palace Cassino e o Thermas Antônio Carlos. Devido ao luxo e a imponência de sua arquitetura já hospedou e ainda hospeda importantes nomes da sociedade brasileira e mundial.

Agora sim fomos para um dos momentos mais esperados da viagem. Voltamos para perto da Fonte do Leãozinho e fomos no Thermas Antônio Carlos (deixamos esse por último para aproveitar o banho termal e voltar para o hotel para relaxar um pouco). Esse é um dos lugares de Poços de Caldas que tem águas sulfurosas terapêuticas a 45°C na superfície e foi um dos primeiros estabelecimentos termais do país. O Thermas foi inaugurado em 1931 e depois passou para a iniciativa privada. Atualmente é administrado pela Codemge. Sua construção arquitetônica já impressiona, o estilo é o neorromano e os vitrais do teto são belíssimos. Mesmo que você não vá fazer os banhos, vale a visita pelo local. E se você não resistir e quiser usufruir dos benefícios dos banhos termais, vale muito a pena!!! Eles custam a partir de R$25 (durante a semana) e R$30 (aos finais de semana) por 20 minutos. Eu escolhi o de hidromassagem por R$40.  É muito relaxante!!!  Se puder, leve sua toalha de banho, senão é preciso alugar lá (R$ 10). Além dos banhos, o Thermas Antônio Carlos oferece massagens, ofurô, sauna, medicina oriental, entre vários outros serviços. Mais informações estão no site: www.codemge.com.br/atuacao/turismo/turismo-de-lazer/

Fachada do Thermas Antonio Carlos

Depois desse banho super relaxante, voltamos pra Associação para jantar, descansamos um pouco e fomos curtir a noite de Poços de Caldas no New York Pub (www.newyorkpub.com.br – Rua Rio de Janeiro, 243), um ambiente bem aconchegante e com música boa. Uma ótima opção para começar as comemorações do meu aniversário. À meia-noite já estava celebrando…

Roteiro Terceiro do Dia – Museu Histórico e Geográfico / Fonte dos Macacos / Igreja Nossa Senhora da Saúde / Fonte dos Amores / Recanto Japonês / Igreja São Domingos / Teleférico / Passeio de Trenzinho / Mi Casita Sorveteria / Sá Rosa Café / Calendário Floral

Nosso domingo começou com a visita ao Museu Histórico e Geográfico, que foi inaugurado em 1972 para comemorar o centenário da cidade e funcionava em outro local, sendo transferido para o atual em 1996. O edifício que visitamos foi construído no final do século XIX e é conhecido como “Vila Junqueira”, sendo que o termo “vila” refere-se a sua arquitetura italiana típica do século XVIII e a família “Junqueira” residiu ali na década de 1920. O prédio também já serviu de hospedaria e de escola, antes de se tornar museu.

Museu Histórico e Geográfico

A arquitetura do prédio já é um convite à visitação e o acervo mais ainda. São móveis e utensílios desde os mais simples de uma casa de caboclo, até os mais requintados, como louças de porcelana, prataria, cristais, poltronas, etc. Tem acervo fotográfico, telégrafo e uma máquina que controlava os trens, coleção de dinheiro, máquinas fotográficas, mesas de jogos de cassino e também na parte geográfica, uma variedade de pedras que foram encontradas na região. O museu fica na região central (Rua Padre Henry Mothon, s/n), a entrada é gratuita e funciona de terça a sábado das 12h às 18h e aos domingos das 8h às 12h.

Máquina de Controle Ferroviário

Nossa próxima parada foi na Praça D. Pedro II ou Praça dos Macacos, onde fica a Fonte dos Macacos, que é o segundo lugar de Poços de Caldas que tem as águas sulfurosas a 45°C na superfície. Ela recebeu esse nome porque antigamente os macacos vinham para se banhar nessa fonte (hoje os macacos são encontrados na Fonte dos Amores e no Recanto Japonês que vamos visitar daqui a pouco). A água é realmente bem quente e tem um cheiro forte, mas vale a pena senti-la na sua pele.

Também é nessa Praça que fica a Feirinha de Artesanato ou FEARPO, que oferece belos artesanatos e produtos típicos da região. Vale dar uma passadinha por lá e aproveitar para conhecer o Balneário Mário Mourão, que tem banhos termais, como eu fui no domingo de manhã (por volta das 10h) estava fechado, embora a placa indicasse funcionamento até às 11h30. Se quando você for estiver aberto, nos conte nos comentários como foi sua experiência. Pela placa deu pra descobrir que as toalhas lá também são alugadas (se quiser já leve a sua) e os banhos de imersão custam a partir de R$20 por 20 minutos, mas a estrutura pareceu ser bem menor e mais simples que o Thermas Antônio Carlos, que fomos ontem.

Balneário Mário Mourão

Ali perto da Praça D. Pedro II, um quarteirão para baixo fica a Basílica de Nossa Senhora da Saúde, que foi construída entre 1937 e 1954, quando foi reconhecida como basílica pelo Vaticano. É uma construção belíssima, em estilo eclético e neorromânico, que foi tombada pelo Patrimônio Artístico e Histórico do Município em 1994. Conseguimos pegar o finalzinho da missa e ainda receber a benção final e dos objetos. Foi um presente de aniversário!!! Que Nossa Senhora da Saúde, padroeira de Poços de Caldas, abençoe a todos nós!!!!

Agora fomos para o outro lado, um pouquinho mais distante ali do centro, visitar a Fonte dos Amores, que foi criada em 1929 e recebeu esse nome em virtude da estátua de mármore de um casal abraçado, representando o amor. A fonte fica ao lado dessa estátua e também tem uma queda d’água lindíssima, tudo isso no meio de um bosque. É um cenário encantador!!!!

Mas antes de chegar na Fonte dos Amores, localizada numa parte mais alta, fomos recepcionados pelos Macacos Prego, que ficam andando livremente pelo bosque e vem até os visitantes para ganhar bananas (que são vendidas na lanchonete para evitar que os fofuchos sejam alimentados com algo inadequado – existem várias placas alertando para ter cuidado em relação a isso). Os macaquinhos são muito fofos, vem pegar na sua mão a até levam sua bolsa se você não ficar atento. É uma experiência apaixonante!!! Dá vontade de ficar lá o tempo todo em contato com eles. Então lembre-se de anotar no seu roteiro que os macacos ficam na Fonte dos Amores e não na Fonte dos Macacos, para não se decepcionar. A visitação à fonte a aos macacos é gratuita e o parque fica na Rua Piauí n°1 e abre diariamente das 8h30 às 17h30.

Que presente da Natureza!!!!

De lá seguimos para o Recanto Japonês, que é um jardim em estilo japonês, com um lago de carpas, um quiosque chamado de “Caramanchão Azumaya” (réplica do Manj-Tei do Palácio Imperial Japonês), pequenas quedas d’água e a Fonte dos Três Desejos: Amor, Saúde e Inteligência. Ele é cercado por mata nativa e conta com pequenas trilhas para quem quiser apreciar mais o contato com a natureza. O Recanto Japonês fica na Rua Amapá s/n, a entrada é gratuita e funciona diariamente das 8h às 17h30. Lá também é possível ver alguns macaquinhos (não tanto quanto na Fonte dos Amores), mas é um presente ver essas fofuras passeando livremente pelo bosque!!!

Família no Recanto Japonês

Na volta para o centro, passamos na Igreja de São Domingos, que fica na R. Padre Henry Mothon, 10 e foi construído em 1952. Sua fachada em pedra é belíssima, em seu interior há lindos vitrais e no altar um belo mosaico retratando o recebimento do rosário por São Domingos de Gusmão das mãos de Nossa Senhora.

Mosaico e Altar

Almoçamos na Associação, nossos pais ficaram por lá para descansar um pouco, e minha irmã e eu fomos andar de Teleférico para ir novamente no Cristo. O teleférico sai do Parque José Affonso Junqueira e vai até o Parque da Serra de São Domingos, percorrendo um trajeto de 1,5km a uma altura de aproximadamente 20m. As cabines são fechadas e acomodam até 4 pessoas. A vista é belíssima. Postei um vídeo na página do blog no youtube para você sentir um pouquinho de como é esse passeio. Dá uma olhadinha lá: https://youtu.be/98QMSbUq2nI

A visita ao Cristo é sempre emocionante e estar aos Seus pés e receber as bençãos no dia do aniversário é muito mais que um presente divino!!! Muita Gratidão a Deus por esse momento!!!! Ah! O passeio de Teleférico custa R$25 (ida e volta) e R$15 (somente ida) e funciona de segunda a sexta das 12h30 às 17h, sábado das 9h às 17h e domingo das 9h às 16h. Esse é um dos passeios bem típicos da cidade!

Na volta do teleférico, fomos para a Praça Pedro Sanches fazer o Passeio de Trenzinho/ Jardineira, enquanto esperávamos para sair, fomos passear pela praça, tirar fotos no Coreto, já que hoje estava mais tranquilo.

O passeio de Trenzinho/ Jardineira dura cerca de 30 minutos e percorre o Centrinho de Poços de Caldas, passamos pela Basílica de Nossa Senhora da Saúde e pela Praça Pedro II/ Fonte dos Macacos (que já tínhamos visitado no período da manhã), entre outros pontos, enquanto o motorista vai nos contando sobre os lugares.

E uma das curiosidades que descobrimos nesse passeio, foi que as pilastras e estruturas em concreto elevada que vimos ao longo da Avenida João Pinheiro (nas margens do rio) eram para o percurso do Monotrilho, que foi inaugurado no ano 2000, mas funcionou só por duas semanas porque a estrutura foi condenada e teve sua operação suspensa. Mas há a esperança que a prefeitura atual retome esse projeto. Vamos torcer!!! O Monotrilho está estacionado no Terminal de Ônibus, próximo ao cruzamento da Francisco Salles com a Assis Figueiredo, caso você tenha curiosidade de conhecer. E você pode observar na foto da Estação do Monotrilho, que abaixo (do lado direito), tem um parquímetro, para que você possa registrar seu veículo, pagar um determinado valor e colocar seu carro no estacionamento rotativo na rua (como se fosse a “Zona Azul” aqui de São Paulo). Achei bem prático e mais fácil do que ter que baixar aplicativo no celular, principalmente se você é turista (não sei se lá também tem a opção de aplicativo para os moradores). Esses parquímetros estão espalhados por toda a cidade e os valores que paguei foram R$ 1,50 pelo período do 1h30 e R$ 2,10 pelo período de 2h em locais diferentes, não sei se os valores/tempo variam de acordo com o lugar, mas os preços são bem acessíveis.

Monotrilho

Ainda passeando ali pelo centrinho, próximo à Praça Pedro Sanches, descobrimos a Mi Casita Sorveteria, que é bem charmosa e vende sorvetes com wafer, você escolhe entre os diversos sabores e eles montam o “sanduíche” com wafer na hora (custa R$ 9,00). Uma ideia bem bacana e saborosa!!!

Continuando nosso momento “gordices”, fomos para o Sá Rosa Café, que fica ali perto na R. Prefeito Chagas, 81. Essa charmosa cafeteria foi fundada em 2005 com o propósito de oferecer cafés brasileiros especiais, num ambiente com design clássico e aconchegante, cuja fachada é de um prédio histórico de 1929 restaurado. A tradição em café da família Medri data de 1987, quando abriram a primeira casa de cafés e a partir daí foram se expandindo e se tornando tradição na cidade. Como tínhamos acabado de tomar sorvete e estava calor, optamos por bebidas frias à base de café. O sabor estava divino!!! E aproveitamos para levar um pacote de café para minha mãe fazer quando chegar em casa e sentir todo esse gostinho… Ah! O Sá Rosa Café também administra o Café Concerto que fica no Parque José Affonso Junqueira. Mais detalhes estão no site: www.sarosacafe.com.br.

Saboreando as delícias do Caffè Sá Rosa e Frappè Sá Rosa
Hoje pode…

Na volta para o hotel, passamos no Vagão A11, um trailer lanchonete muito estiloso, que estava fechado, mas nos proporcionou belas fotos e depois fomos novamente no Calendário Floral para registrar o dia de hoje: um jeito todo especial de comemorar meu aniversário e de fechar com chave de ouro nossa visita a essa linda cidade de Poços de Caldas!!

Muito obrigada Poços de Caldas por fazer meu dia mais que especial!!!!

Os Encantos da França

É chegada a hora de conhecer um dos países mais charmosos e comentados do mundo: a França. Será que o que dizem é verdade? “A França é tudo isso mesmo?” “Paris é realmente a cidade luz?”. Para responder a essas e muitas outras questões, te convido a me acompanhar e se render aos Encantos da França

Trocadero visto da Torre Eiffel em Paris

Roteiro do Primeiro Dia – Bordeaux: Praça da Bolsa / Hotel Mercure Bordeaux Château Chartrons/ Praça de Quinconces / Ópera Nacional de Bordeaux

Nos despedimos da Espanha pela aconchegante cidade de Burgos e começamos nossa expedição no território francês por Bordeaux (ou Bordéus em Português), que fica a aproximadamente 450 km de Burgos. Se você está acessando o blog agora e não sabe como foi o início do nosso tour pela Europa é só clicar no link de Portugal  (https://cadaviagemumabagagem.com/as-bagagens-de-portugal/) e no da Espanha (https://cadaviagemumabagagem.com/a-bela-espanha/) .

Agora voltando para Bordeaux, que é famosa pela qualidade de seus vinhos, e está localizada no sudoeste da França (na Região de Nova Aquitânia), abrigando um dos portos franceses mais antigos, na margem sul do Rio Garonne (ou Garona).

A fama de Bordeaux começou desde o século XVIII por conta de suas vinícolas e se estende até hoje. Vale lembrar que em 2007 foi considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO pelo seu conjunto urbano, após um grande projeto de revitalização do centro histórico.

Entrando em Bordeaux
Bondes de Bordeaux

Logo que chegamos, fomos recepcionados pelo Rio Garona, que corta a cidade e em cujas margens se formou um parque com alamedas beira-rio (ou “quais”), onde é possível caminhar, pedalar ou simplesmente sentar-se para apreciar a paisagem. Outra opção é fazer passeios de barco no próprio rio. Também fomos surpreendidos pelos bondes (ou “trams”) que é o principal sistema de transporte público da cidade e muito moderno!

Rio Garona e suas margens

Seguindo nosso caminho, nos deparamos com a Praça da Bolsa (ou Place de La Bourse): o grande cartão postal de Bordeaux. É uma praça em formato de ferradura, construída em 1755 para o Rei Luís XV, em razão da prosperidade econômica da cidade, e onde está localizado o antigo prédio da Bolsa. E para ficar ainda mais bonita, em 2006 foi construído um Espelho D’Água (Le Miroir D’Eau) na sua frente, pelo arquiteto e paisagista Michel Corajoud.

Praça da Bolsa
Fachada do Hotel Mercure Bordeaux
Cavalo de decoração do Hotel

Seguimos para o Hotel Mercure Bordeaux Château Chartrons, que já foi um “Château” (Castelo) e está relativamente perto do centro (uma bela caminhada, mas é possível chegar). O Hotel é maravilhoso e o jantar foi muito bom e um momento de celebração de novas amizades, com direito à brinde com vinho de Bordeaux!

Com os Novos Amigos: Almir e Sua Mãe, Elaine e Seu Marido, Minha Família e o Casal de Ourinhos

Terminando o jantar, meus pais foram descansar e eu fui com minha irmã conhecer o centro de Bordeaux, foi uma longa caminhada. Passamos pelo Jardim Público¸ que foi criado em 1746 e é uma ótima opção de passeio durante o dia, para descansar ao ar livre e contemplar a beleza da natureza. Mais detalhes sobre o jardim e horário de funcionamento estão no site: http://www.bordeaux.fr/l858 .

Jardim Público de Bordeaux

Também passamos pela Estátua de Joana D’Arc, uma importante heroína francesa, que lutou na Guerra dos Cem Anos e também é a Santa Padroeira da França (foi morta numa fogueira em 1431 e canonizada 1920).

Fomos contemplando a beleza da cidade até chegar à  Praça de Quinconces (ou Place des Quinconces), que é considerada a maior praça da Europa, foi construída entre 1818 e 1828 em frente ao Rio Garona e ocupa uma área de aproximadamente 12 hectares. A praça é usada para eventos, como concertos, feiras e festivais, e é nela que fica o Monumento aos Girondinos (ou Coluna dos Girondinos), que foi construído em 1895 por Dumilâtre e Rich, com uma altura de 43 m que abriga no topo uma estátua simbolizando a Liberdade e o monumento é cercado por duas fontes lindíssimas. Vale lembrar que os “Girondinos” formavam um grupo político muito importante na Revolução Francesa e seus membros foram executados ao final desta. O Monumento aos Girondinos também contém a figura do “Galo”, que é o símbolo da França, porque, segundo a lenda, “La Gola” era o antigo nome da França, que vem do latim “Gaios”, que significa “Galo”.

A Praça de Quinconces ainda apresenta outros monumentos que homenageiam escritores famosos, como Montesquieu e Montaigne e as duas colunas de entrada da praça em estilo neoclássico representam o comércio e a navegação. A praça foi construída no local onde ficava o Palácio de Trompette (ou Château Trompette): um forte de proteção da cidade, que foi destruído no início do século XIX.

Nós tivemos a oportunidade de visitar a praça durante o dia e à noite e foi muito bom poder apreciá-la dessas duas formas. Vale a pena conhecer e é de fácil acesso, tem uma estação de bonde ao lado dela e também é possível ir de ônibus.

Continuando nosso passeio, fomos conhecer a Ópera Nacional de Bordeaux (ou  Grand Théâtre de Bordeaux), que é a sede do Balé de Bordeaux e é um encanto. Nosso primeiro contato foi à noite, que realmente impressionou, mas a vista durante o dia também é super válida. Sua arquitetura é em estilo neoclássico, foi construída no final do século XVIII e projetada pelo arquiteto Victor Louis (o mesmo do Palácio Real de Paris), com destaque para as 12 colunas com 12 estátuas representando 9 musas e 3 deusas (Juno, Vênus e Minerva). Se você tiver um tempinho, vale a pena fazer uma visita guiada ao teatro. Mais informações estão no site: https://www.opera-bordeaux.com/visite-grand-theatre

Ópera Nacional de Bordeaux

A Praça que fica em frente à Ópera é bem agitada, tem restaurantes, cafés, um hotel muito bonito (Intercontinental Grand Hotel de Bordeaux), um relógio e até obra de arte (Sanna, 2013 de Jaume Plensa). E ali do lado fica a  Rue Sainte Catherine,  que é uma das maiores ruas de pedestres da Europa, com 1,25 km. É o shopping de rua de Bordeaux (como a Rua Oscar Freire de São Paulo).

Voltamos caminhando pro Hotel, aproveitando esse clima especial de Bordeaux e nos preparando para mais aventuras amanhã.

Margem do Rio Garona à noite

Roteiro do Segundo Dia – Bordeaux: Praça de Quinconces / Ópera Nacional de Bordeaux – Vale do Loire : Castelo de Chambord – Paris Iluminada: Arco do Trinfo/ Torre Eiffel/ Ópera Garnier

Acordamos cedo e já levamos nossa bagagem porque à noite dormiremos em Paris. Nosso tour por Bordeaux começou pela Praça de Quinconces, que visitamos ontem à noite e já te contei um pouquinho sobre ela. Mas vale a pena contemplar sua beleza diurna.

Detalhe da Liberdade no Monumento aos Girondinos

Também fomos apreciar a Ópera Nacional de Bordeaux, que durante o dia nos permite ver mais detalhes das esculturas das musas e deusas que estão no topo de suas colunas. O Intercontinental Grand Hotel de Bordeaux também é lindo durante o dia!

Família na Ópera de Bordeaux durante o dia

Outro cartão postal de Bordeaux é a  Catedral de Bordeaux ou Catedral de Santo André  (ou  Cathedrale Saint André ou San Andres), cuja construção é em estilo gótico e foi fundada em 1096 pelo Papa Urbano II, mas passou por várias restaurações posteriormente.

Sua torre (Tour Pey-Berland) oferece uma bela vista da cidade (basta subir um pouco mais de 200 degraus…). Ela faz parte do Caminho de Santiago de Compostela na França e desde 1998 é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Mais informações estão no site: www.cathedrale-bordeaux.fr.

Aproveitando que você está na Catedral, ali pertinho fica o Museu de Belas Artes (ou Musée des Beaux-Arts) e vale uma visita. Seu estilo é o neoclássico, foi construído no final do século XIX, ficou fechado por um tempo, mas reabriu em 2013. Mais detalhes no site: www.musba-bordeaux.fr.

Também nessa região fica a Porte Cailhau (ou Porta Cailhau), um portal da cidade, construído no século XV em homenagem à vitória de Carlos VIII em Fornoue na Itália, com arquitetura gótica que se mantém muito bem conservado. É possível visitar seu interior e subir na torre, de onde se tem uma vista muito bonita da Pont de Pierre.

Porta Cailhau

Falando nisso, a Pont de Pierre (ou Ponte de Pedra),  foi inaugurada em 1822 e restaurada em 2003, e antigamente era a única forma de cruzar o Rio Garona. Sua arquitetura chama a atenção pelos detalhes de suas grades de ferro e o charme de suas lâmpadas.

Se você tiver mais um tempinho e for amante de vinho, com certeza vai se encantar  por esse lugar:  La Cité du Vin ou Cidade do Vinho, que foi inaugurada em 2016, permitindo de uma forma bem interativa e sensorial uma imersão no universo do vinho. Além de museu, o espaço conta com bar para degustação, workshops e lojinhas. Mais informações estão no site: www.laciteduvin.com/fr.

Outro local dedicado ao vinho é o Musée du Vin (ou Museu do Vinho), que conta como foi a ascensão do vinho na região desde a era medieval até os dias atuais. É possível fazer visita com degustação. Mais detalhes estão no site: www.museeduvinbordeaux.com.

E se você for ficar mais um dia em Bordeaux, uma super dica é fazer visitação às vinícolas. No próprio hotel eles podem te sugerir os tours. E vou te contar uma curiosidade: muitas vinícolas são chamadas de Château (Castelo), mas não significa que possuem um castelo em sua propriedade, mas porque essa denominação também era utilizada para a casa senhorial ou rústica. E para receber o título de “Château”, o cultivo e a produção do vinho devem acontecer na mesma propriedade.

Com certeza Bordeaux é um lugar que dá vontade de ficar e explorar bem mais. O que já é um convite para uma próxima oportunidade…

Até Breve Bordeaux!!!

Agora seguimos viagem em direção ao Vale do Loire, também conhecido como o “Jardim da França”, que fica a cerca de 200 km de Paris e é uma região margeada pelo Rio Loire, repleta de beleza e riqueza cultural. Abriga vilas históricas, monumentos, vinhedos e sua principal atração: os “Châteaux”, aqui realmente no sentido de Castelos/ Palácios, que foram construídos inicialmente no século X, porém com mais afinco por volta do século XV, como forma de ostentação do poder dos reis e da nobreza. Mesmo com a construção do Palácio de Versalhes no século XVII, foram mantidos como residência real de veraneio.

Durante a Revolução Francesa, muitos castelos foram destruídos e outros foram utilizados como quartéis nas Grandes Guerras Mundiais. Atualmente alguns ainda são propriedade privada, mas a maioria é de destinação turística, como hotéis, ou são geridos pelo governo e são abertos para visitação, como é o caso do de Chambord.

O Vale do Loire foi declarado Patrimônio da Humanidade desde o ano 2000 e cada um dos seus “Châteaux” tem algo de especial que atrai e encanta os turistas.

Um dos Castelos no Caminho do Vale do Loire

Um dos mais belos e conhecidos é o  Château de Chenonceau, que foi construído sobre o Rio Cher, tem belíssimos jardins e também é chamado de Castelo das Sete Damas, devido à influência feminina em seu comando, como  Diane de Poitiers e Catarina de Médicis. Para conhecer um pouco mais sobre esse castelo, é só visitar o site: www.chenonceau.com.

Também tem o Château Real de Amboise (www.chateau-amboise.com) onde está o túmulo de Leonardo da Vinci (que morou na região no final de sua vida e sua residência: o Palacete de Clos Lucé se transformou em museu em sua homenagem).

Outros castelos que também merecem uma visita são o Château Royal de Blois (ou Castelo Real de Blois), que foi a residência preferida dos Reis da França na Época do Renascimento. Além da visitação tradicional, o castelo apresenta um espetáculo de luz e som com projeções em sua arquitetura ao anoitecer. Mais detalhes no site: www.chateaudeblois.fr. E o Château Villandry (www.chateauvillandry.fr), cujo charme está na beleza de seus jardins.

O que visitamos foi o Château de Chambord, que é o maior e sua construção data de 1519, tem um telhado cheio de tons e sua imponência realmente impressiona. É possível visitar seu interior (que não tivemos tempo de fazer nessa viagem, mas já está na minha lista para a próxima visita), se você tiver tempo vale a pena ter essa experiência. Você também pode contratar um carrinho (parecido com os de golfe) e fazer um tour pelos jardins do Palácio. Mais informações estão no site: www.chambord.org/fr

Castelo de Chambord

A sensação desse lugar é realmente de um conto de fadas, é tudo tão perfeito e tão lindo que encanta os olhos!!!

Lago do Castelo de Chambord
Jardins atrás do Castelo de Chambord

E foi nesse ambiente, no restaurante “Le Saint-Louis” que minha família pode provar o “croque monsieur”, um lanche francês bem típico. Trata-se de um sanduíche de presunto e queijo com queijo gratinado por cima (no valor de 4,60 € cada). Outro lanche típico é a “baguette chaude”, que é um sanduíche na baguete e que também vai ao forno para gratinar. A vegetariana aqui optou pelo crepe francês de queijo (não se engane com a foto, não é papelão… É o meu crepe e estava muito bom!). O valor também foi em torno de 4 €.

Familia provando o “Croque Monsieur”

Ainda passamos na lojinha do Castelo para provar as “madeleines” que são bolinhos em forma de concha muito conhecidos na França e fiquei muito surpresa e contente ao encontrar uma régua com o significado do meu nome.

Adorei a Régua da Luna

A vontade era de ficar ali e apreciar ainda mais a beleza do Castelo. Mas a viagem continua, nossa excursão segue agora com destino a Paris!!!!

Entrando em Paris…

À medida que vamos nos aproximando da cidade e avistamos a Torre Eiffel, a adrenalina aumenta. É realmente emocionante estar aqui, a realização de um sonho!!!! Muita gratidão a Deus por esse momento!!!

Fomos direto para o hotel, o Mercure Paris La Défense, que fica no bairro empresarial de La Défense, o centro financeiro de Paris. É rodeado por lojas, restaurantes e prédios bem bonitos. A vista do terraço à noite é verdadeiramente maravilhosa!!

É relativamente perto do centro de Paris, cerca de 10 minutos de metrô da Champs Élysées, mas tem que caminhar um pouco ou pegar uma van do hotel até o metrô. Porém, como sempre estávamos com o ônibus da excursão, acabamos não pegando o metrô e na volta de alguns passeios particulares voltamos de táxi.

Ainda tivemos um tempinho para jantar e nos arrumar para conhecer a “Paris Iluminada”, um passeio do pacote (€45 por pessoa) que nos levou para os principais pontos turísticos da cidade. Também é possível visitar esses lugares indo de metrô, sempre tem uma estação por perto. Para saber mais detalhes é só olhar no site oficial de transporte de Paris, tem os horários e itinerários (tem até opção em Português): www.ratp.fr/en/visite-paris/do-brasil/visitando-paris-e-seus-arredores.

Nossa primeira parada foi num dos principais cartões postais de Paris, o Arco do Triunfo, que foi construído em homenagem às vitórias de Napoleão Bonaparte (que ordenou sua construção em 1806, porém morreu em 1821, antes de ver a inauguração que se deu em 1836). O monumento com 50 m de altura por 45 m de largura e 22 m de profundidade, em estilo neoclássico projetado por Jean Chalgrin, conta com o túmulo do soldado desconhecido (monumento em homenagem aos combatentes de guerra não identificados) em sua base e com a gravação de nomes das batalhas e generais em suas paredes. O Arco fica na Praça Charles de Gaulle, no final da Champs Élysées. É possível visitar o interior do Arco e ainda ter uma vista belíssima do seu topo. Mais informações estão no site: www.paris-arc-de-triomphe.fr.

O Incrível Arco do Triunfo
Família no Arco do Triunfo

Agora chegou o momento de conhecer a Avenue des Champs-Élysées (ou Avenida dos Campos Elíseos), que é uma das avenidas mais bonitas e famosas do mundo (adjetivos mais que merecidos). Seus 1.910 m de comprimento, que começam na Praça da Concórdia e terminam no Arco do Triunfo, são preenchidos por lojas famosas, cinemas, cafés, restaurantes, etc. Com certeza é uma excelente opção de passeio que não pode faltar no seu roteiro.

Também passamos pelo Museu do Louvre, pelo Palácio dos Inválidos e pela Ponte Alexandre III. Vou falar sobre eles no roteiro de amanhã, mas vou te mostrar as fotos porque a iluminação noturna lhes confere um charme todo especial…

Vista noturna da Ponte Alexandre III

Nossa próxima parada foi para ver a Ópera Garnier, um edifício belíssimo em estilo barroco, projetado pelo arquiteto Charles Garnier, construído entre 1861 e 1875 e que abriga a Ópera Nacional de Paris (em conjunto com a Ópera da Bastilha que é atualmente a sede oficial). Também é palco de apresentações de balé. Mais detalhes e até uma visita virtual podem ser conferidos no site: www.operadeparis.fr/visites/palais-garnier.

A deslumbrante Ópera Garnier
Ópera Garnier

Dali seguimos em direção a ela: linda, poderosa, reinando absoluta no céu de Paris: a Torre Eiffel, um dos monumentos mais visitados do mundo e que está completando 130 anos em 2019. Vou deixar para falar mais sobre ela no roteiro de amanhã, quando vou te contar como foi a experiência de subir até seu 3° piso. Agora te deixo com essas fotos lindas da Torre. E se quiser ver mais detalhes dessa iluminação especial com 20.000 lâmpadas por 5 minutos a cada virada de hora é só dar uma olhadinha no vídeo no nosso canal do youtube: https://youtu.be/U5Rhx8lSsv4

A Poderosíssima Torre Eiffel!!!

Completamente encantados com Paris Iluminada voltamos para o hotel para descansar porque amanhã tem muito mais!

Roteiro do Terceiro Dia – City Tour / Torre Eiffel/ Museu do Louvre / Bateaux Mouches

Começamos nosso dia fazendo um City Tour pela cidade que já estava incluso no pacote. Passamos pelo Arco do Triunfo e pela Champs Élysées (é muito bom ter a oportunidade de ver o contraste do roteiro durante o dia e a noite, e como são igualmente lindos!).

Seguimos até a Place de la Concorde (ou Praça da Concórdia), que é a maior praça de Paris e a segunda maior da França (ficando atrás apenas da Praça dos Quinconces que conhecemos em Bordeaux). Ela já foi cenário de momentos importantes da história francesa, mas sem dúvida um dos mais marcantes foi a instalação da guilhotina, responsável pela execução de Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta, Robespierre, entre outros. Ficou conhecida nesse período como Praça da Revolução, passando a ter o nome de Praça da Concórdia em 1795, depois Praça Luís XVI em 1826 e voltando a ser chamada de Praça da Concórdia em 1830. Em 1833 recebeu o Obelisco de Luxor, um obelisco egípcio de 23 m de altura e 230 toneladas que marcava a entrada do Templo de Luxor, e é decorado com hieróglifos de Ramsés II, que foi oferecido a França pelo vice-rei do Egito Mehmit Ali em agradecimento ao trabalho do francês Jean-François  Champollion na tradução dos hieróglifos egípcios.

A Praça da Concórdia também abriga duas fontes do arquiteto Jacques Ignace Hittorf: a Fonte dos Mares (Fontaine des Mers)  e a Fonte dos Rios (Fontaine des Fleuves) que foram inauguradas em 1840, celebrando a navegação fluvial e marítima.

Fonte da Praça da Concórdia

Dali seguimos para o Palácio dos Inválidos (ou Hotel National des Invalides), um monumento que foi construído em 1670 por ordem do Rei Luís XIV para abrigar os soldados que voltavam da guerra mutilados e não tinham para onde ir. Atualmente mantém essa finalidade, acrescido do Museu dos Inválidos ou Museu do Exército (Musée de l’Armée), da necrópole militar (Panteão Militar), onde está sepultado Napoleão Bonaparte e da Capela dos Inválidos (ou Cathédrale de Saint-Louis des Invalides). O sarcófago com as cinzas de Napoleão está numa cripta sob a cúpula dessa Capela. Mais informações estão no site: www.musee-armee.fr/accueil.html.

Palácio dos Inválidos

Também passamos pelo Panteão de Paris, que foi idealizado em 1764 sob as ordens de Luís XV para ser uma igreja em homenagem à Santa Genoveva (por ter se curado de uma grave doença), porém quando da finalização das obras em 1790, o monumento, por pressão dos revolucionários burgueses, tornou-se o Panteão Nacional para abrigar os túmulos de grandes nomes da França, como o dos escritores Alexandre Dumas (autor de “Os Três Mosqueteiros”, “O Conde de Monte Cristo”, entre outros) e Victor Hugo (autor de “Os Miseráveis” e “Notre-Dame de Paris” ou “O Corcunda de Notre Dame”) e dos filósofos como Voltaire, Rousseau, entre outros. Mais detalhes estão no site: www.paris-pantheon.fr.

Se você tiver um tempinho, bem perto do Panteão de Paris fica o Jardim de Luxemburgo, um dos maiores parques públicos de Paris, com mais de 22 hectares. Além de desfrutar do verde, das flores, das belas esculturas pelas parque, você pode se encantar com a beleza do Palácio de Luxemburgo, que é a sede do Senado Francês. No site tem até uma visita virtual para você já ir se familiarizando com o ambiente (www.senat.fr/visite/visite_virtuelle/uk/index.html). Mais informações do jardim estão na página: www.senat.fr/visite/jardin/index.html.

Paris também é famosa por suas pontes, entre elas a Ponte Alexandre III, que é uma das mais bonitas, foi construída entre 1896 e 1900 e recebeu esse nome para homenagear o Czar Alexandre III (responsável por concluir a aliança Franco-Russa em 1892). A ponte é considerada um monumento histórico, devido a sua beleza, foi feita em arco, mesclando o estilo Beaux-Arts (que mistura influências greco-romanas com renascentistas) em suas esculturas de ninfas, cavalos alados, leões, entre outros e o estilo Art Noveau (ou Arte Nova) em seus postes de iluminação. Ela atravessa o Rio Sena e liga o bairro dos Campos Elísios ao Palácio dos Inválidos. Eu fiquei encantada por essa ponte, veja só o capricho de uma de suas colunas ao lado…

A beleza da Ponte Alexandre III

Agora um dos momentos mais esperados da viagem: conhecer de perto a Torre Eiffel, já tivemos um primeiro contato ontem à noite, que com certeza foi inesquecível, mas sua vista durante o dia também merece destaque! A famosa Torre Eiffel é uma torre treliça de ferro com mais de 300 m de altura (324 m normalmente, chegando a 339 m no verão por conta da dilatação), que fica no Campo de Marte. Ela foi projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel (daí seu nome) para ser o arco se entrada da Exposição Universal de 1889, em comemoração ao centenário da Revolução Francesa, e para ficar lá por apenas 20 anos. Porém quando esse prazo estava acabando, percebeu-se que ela seria muito útil como antena de transmissão de rádio, então passou a ter essa função e atualmente também serve como antena de TV (da TNT), e o complexo da Torre ainda conta com lojinhas e restaurantes. É o símbolo de Paris e um dos monumentos mais visitados no mundo e a vista que oferece é realmente encantadora!!!

A Famosa Torre Eiffel

No nosso City Tour estava incluso somente sua vista. Mas compramos pelo site (com antecedência, porque se for comprar na hora, na bilheteria, a fila é gigantesca) os ingressos para subir na Torre (www.toureiffel.paris/fr). Entretanto, se você for comprar pela internet tem que se programar direitinho porque os ingressos são vendidos com o horário específico da visita (e não só o dia), então você tem que ter certeza que estará lá na hora da visita. No nosso caso deu certinho!!! Ah! Você pode escolher se quer subir todos os três pisos e também se quer elevador ou escada para o 2° piso (para o 1° é só escada, para o 2° tem a opção de elevador e escada e para o 3° o acesso é só por elevador). Vale muitíssimo a pena subir até o 3° piso, a vista é apaixonante!!! Mas cuidado com óculos, chapéus e seus pertences porque venta muito.

Vista do Rio Sena do 2º Piso da Torre Eiffel
Campo de Marte visto da Torre Eiffel
Vista do 3º Piso da Torre Eiffel

Se encantou com as imagens, não foi? Eu não tenho palavras pra descrever a emoção que senti!!! Foi realmente mágico!!!

Ah! Eu não podia deixar de te contar o que aconteceu com minha mãe (que tem um certo medo de altura), falei pra ela que tinha comprado os ingressos para subir até o 3° piso da Torre, ela ficou tranquila pensando que o 3° piso seria o 3° andar, mas quando chegamos lá, no 2° piso ela já queria descer, achando que o passeio tinha acabado por ali: “Aqui não é o 3° andar?”, eu disse que não: “Aqui é o 2° piso e nós vamos lá no topo, no 3° piso e não 3° andar”. O coraçãozinho dela disparou, mas ela foi super corajosa, venceu o medo, subiu até o 3° piso e ficou encantadíssima com a vista de Paris aos 276 m de altura. Ficamos muito orgulhosos dela!!! Dá uma olhadinha nesse vídeo pra sentir um pouquinho da descida da Torre: https://youtu.be/havKNCHYKJs

Família no 3º Piso da Torre Eiffel
Dá só uma olhadinha na base da Torre Eiffel

Saímos da Torre Eiffel apressados em direção ao Museu do Louvre (ou Musée du Louvre), porque nossos ingressos também foram comprados pelo site oficial (www.louvre.fr) com antecedência e com horário. Mas graças a Deus chegamos a tempo para adentrar nesse universo de arte!

Museu do Louvre

O Museu do Louvre é considerado o maior museu de arte do mundo e também o mais visitado, ocupando uma área de quase 73 mil m² e onde originalmente ficava o Palácio do Louvre, que já foi fortaleza do século XII ao XIII e no século XVI passou a ser residência real e no século seguinte (quando Luís XIV mudou-se para o Palácio de Versalhes) passou a ser utilizado para expor a coleção de arte da realeza, sendo declarado oficialmente como museu em 1793, precisou ser fechado para reformas entre 1796 a 1801, mas a partir daí seu acervo só cresceu, contando com mais de 380 mil itens e a exposição permanente passa de 35 mil obras, desde a pré-história até  a atualidade. O Museu possui três entradas: pela pirâmide (onde entramos), pelo Carrousel Du Louvre (que é um shopping que fica no subsolo do museu) e pela Rue de Rivoli (rua lateral ao Louvre). Seu formato é em “U” e é divido em três alas: Richelieu, Denon e Sully e cada uma delas tem cinco andares: subsolo (hall), mezanino (-1), térreo (0), 1° andar (1) e 2° andar (2).

Embaixo da Pirâmide do Louvre com a Obra “Trono” de Kohei Nawa

Para ajudar a aproveitar mais sua visita, você pode baixar o mapa do museu no site e também o aplicativo com o audioguia no seu celular, ou então alugar um audioguia lá na hora da visita. E mais uma dica é que você monte um roteiro escolhendo as obras que quer ver, dividindo-as por ala, para já visitar tudo o que quer naquela ala e assim por diante. Usei esse método e deu certo pra ver tudo o que eu tinha escolhido. Com certeza queria mais tempo para apreciar toda a riqueza cultural que o museu tem a oferecer, mas fica para uma próxima visita. Agora te convido a embarcar comigo nesse passeio pelo Louvre, conhecendo algumas das principais obras que visitei (tive que selecionar bem o que postar para não te cansar, porque foram tantas fotos…).

Psique Reanimada pelo Beijo de Eros

Começamos pela Ala Denon  (no térreo), onde vimos “Psique Reanimada pelo Beijo de Eros/Amor, uma obra de Antonio Canova, feita entre 1787 e 1793 em estilo neoclássico. Depois no patamar da escada para o 1° andar, a incrível: “Victória de Samotracia”, uma escultura de 190 a.C., cujos fragmentos foram encontrados no alto de uma colina em 1863 na Ilha de Samotrácia, faltando a cabeça e os braços, mas com asas e uma túnica esvoaçante, é a Deusa da Vitória Nice. A estátua está num pedestal em forma de proa de barco, representando a vitória naval.

Com a Victória de Samotrácia

Ainda no 1° andar da Ala Denon, na sala 711, fomos visitar a “Mona Lisa”, (La Gioconda) de Leonardo da Vinci (pintada entre 1503 e 1506, em Florença na Itália), um dos quadros mais famosos do mundo, mede 77 cm de altura por 53 cm de largura, o que acaba sendo uma surpresa para quem espera um quadro gigantesco, e mesmo protegido por um vidro e só podendo ser visto a uma certa distância, é realmente encantador e ao mesmo tempo enigmático o sorriso da Mona Lisa e a curiosidade de quem seria ela…

Nessa mesma sala, em frente à Mona Lisa, está “As Bodas de Caná”, de Paolo Veronese, um dos maiores quadros do museu (677 cm x 994 cm), ocupando a parede inteira e representando o milagre de Jesus de transformar água em vinho. Com certeza, merece uma pausa para observação!

As Bodas de Caná

Também no 1° andar da Ala Denon (sala 700), contemplamos “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix, em comemoração à Revolução de Julho de 1830 com a queda do Rei Carlos X, é um quadro forte, muito simbólico, com uma mulher com a bandeira da Revolução Francesa, guiando o povo sobre uma barricada de cadáveres derrotados. E o menino com a pistola para o alto pode ter inspirado o personagem Gavroche de “Os Miseráveis” de Victor Hugo.

No 1° andar da Ala Denon, também apreciamos “A Coroação de Napoleão”, de Jacques Louis David, pintado em 1807 para retratar o momento da coroação de Napoleão I como Imperador da França na Catedral de Notre-Dame em 1804. É um quadro enorme, medindo cerca de 10 m x 6 m!

A Coração de Napoleão

Agora seguimos para a  Ala Sully, no Mezanino (-1), onde fica o Louvre Medieval, que são as estruturas preservadas de quando o Louvre era uma fortaleza. Foi muito interessante conhecer essa parte e saber um pouco mais da sua história.

No Louvre Medieval

Continuando no Mezanino da Ala Sully, visitamos a “Grande Esfinge de Tânis”, que é a maior esfinge fora do Egito, com mais de 4000 anos, tem uma altura de 1,83 m por 4,80 m de comprimento e 1,54 m de diâmetro. Ela pesa mais de 24 toneladas e se apresenta na forma de corpo de leão com cabeça de faraó.

Também na Ala Sully, no térreo (0), encontramos a “Vênus de Milo”, uma das obras mais procuradas pelos visitantes do museu e uma das estátuas mais famosas da antiguidade grega. Ela foi encontrada em 1820 na Ilha de Milo, sem braços e com as pernas cobertas por um pano. Houve uma divergência se o nome deveria ser “Vênus” (deusa romana do Amor) ou “Afrodite” (deusa grega do amor) por ser uma estátua grega, mas prevaleceu “Vênus”. A estátua é feita em mármore e mede mais de 2 metros de altura e foi esculpida aproximadamente entre 130 a 100 a.C.

No térreo da Ala Sully, na Sala das Cariátides, também contemplamos a “Diana de Versalhes” ou “Diana Caçadoraou ainda “Ártemis com a serva”, é uma das estátuas da época da antiguidade mais conservada. É uma escultura romana em mármore datada do século II, porém acredita-se que seja uma cópia de uma estátua grega em bronze do século IV a.C. Ela recebeu o nome de “Versalhes” porque Luís XIV a utilizou para decorar a Galeria dos Espelhos Palácio de Versalhes (atualmente existe uma cópia lá).

Nessa mesma Sala das Cariátides, onde estão obras romanas inspiradas em estátuas gregas, encontramos “Hermes atando as sandálias”, que chama a atenção pela sutileza dos detalhes e perfeição na representação do corpo.

Hermes Atando as Sandálias

Nos dirigimos agora para a Ala Richelieu, no mezanino (-1), próximo às escadas, no Pátio Marly, onde estão “Os Cavalos de Marly”, do escultor Guillaume Coustou, mostrando o homem tentando domar o cavalo, representando a luta do homem contra a a natureza. Eles foram instalados no Parque de Marly em 1745 e depois com a Revolução Francesa, em 1793, foram para a entrada da Champs Élysées na Praça da Concórdia e ali ficaram até 1985, quando vieram para o Louvre. O estilo é barroco francês, bem naturalista e rico em detalhes.

Também no mezanino da Ala Richelieu, no Pátio Puget, fica a obra “Four Captives” ou “Four Defeasted Nations”, que representam quatro nações: Espanha, Império Romano, Holanda e Brandenburgo, e suas reações à captura ou cativeiro: revolta, esperança, resignação e mágoa.

No térreo da Ala Richelieu, encontramos o famoso “Código de Hamurabi”, um monolito de mais de 2 m de altura onde estão talhadas 282 leis (dentre elas, a Lei do Talião: “olho por olho, dente por dente”). É o código de leis mais antigo do mundo, escrito pelo Rei Hamurabi da Mesopotâmia, no século XVIII a.C. No seu topo está a representação de um rei e uma divindade.

Ainda na Ala Richelieu, no 1° andar (1), conhecemos os  “Apartamentos de Napoleão III”, embora tenha esse nome, o Imperador Napoleão III (sobrinho de Napoleão Bonaparte) não chegou a morar aqui (quem morou de fato foram os Ministros de Estado), mas recebeu essa nomenclatura pelo estilo luxuoso que apresenta.

Os Apartamentos de Napoleão III
Um luxo só…

Maravilhados com essa exuberância, deixamos o Louvre porque ainda temos outro passeio. Mas se você tiver um tempinho sobrando, além de aproveitar mais o museu, pode visitar o Jardim das Tulherias (ou Jardin des Tuileries), que fica em frente ao Louvre. Esse jardim foi criado no século XVI inicialmente em estilo italiano e depois, no século XVIII, foi reformado para o estilo francês (formal e simétrico) pelo arquiteto André Le Nôtre (o mesmo do jardim do Palácio de Versalhes). Ele é repleto de fontes, esculturas e muito verde e recebeu esse nome por conta das fábricas de telhas (tuiles) que ficavam ao redor e também deram nome ao Palácio das Tulherias (da Rainha Catarina de Médicis), que hoje não existe mais. É nesse jardim que está localizado o Musée de L’Orangerie, que conta com um rico acervo de obras impressionistas, como “Les Nymphéas” (ou “Nenúfares”) de Monet, entre outras. Mais informações do jardim estão no site: www.parisinfo.com/musee-monument-paris/71304/Jardin-des-Tuileries.

Entrada do Jardim das Tulherias ao fundo

O passeio que vamos fazer agora também já havíamos comprado pela internet para ganhar tempo, é o Passeio de Barco pelo Rio Sena e Jantar no Bateaux-Mouches. E já que vamos fazer esse passeio, vou te contar uma curiosidade sobre o Rio Sena: na década de 1960, ele era considerado um rio quase morto devido a sua poluição, mas foi feito um trabalho sério de recuperação progressiva, permitindo que ele seja navegável e tenha até peixes hoje em dia. Bem que esse exemplo poderia ser seguido para recuperar o Rio Tietê em São Paulo. Vamos torcer!!!

Rio Sena

E também foi por causa do Rio Sena que surgiu o nome da cidade “Paris”. Diz a lenda que a tribo celta “Parisi” ou “Parísios” estava navegando por esse rio e encontrou uma ilha, onde resolveu se fixar, formando a cidade de Lutécia e quando os romanos conquistaram essa ilha e começaram a expansão deram o nome de “Lutecia Parisi” por conta de seus habitantes, e o nome foi se modificando até chegar a “Paris”. Essa ilha é a Île de la Cité, onde fica a catedral de Notre Dame.

Agora vamos embarcar no Bateaux Mouches e navegar por esse rio maravilhoso. Ah! Durante o passeio observamos que os franceses costumam fazer piquenique nas suas margens e o melhor de tudo: recolhem todo o lixo. Não vi nada jogado no rio. Que educação e consciência ambiental. Estão de Parabéns!!!

Patos se divertindo no Rio Sena

Com certeza é um passeio imperdível, você pode escolher em fazer só o tour ou incluir as refeições também. O importante é poder apreciar os principais pontos turísticos de Paris de um outro ponto de vista: navegando pelo Rio Sena. O barco sai da Ponte de l’Alma e vai passando pelo Louvre, Museu de Orsay, Ilha da Cidade (Île de la Cité), Catedral de Notre Dame e a incrível vista da Torre Eiffel do barco. Mesmo que você opte pelas refeições, enquanto se delicia com a culinária francesa pode apreciar a vista e quando terminar ou sempre que quiser pode subir para a proa para ver mais de perto.

Passeio de Bateaux-Mouches

Não se preocupe em não saber o que vai comer por não entender francês, porque tem o cardápio em português. E quando você compra o passeio com refeição é um valor fixo, incluindo entrada, prato principal e sobremesa, mais uma garrafa de vinho ou água para duas pessoas ou um refrigerante por pessoa, e também um café ou chá. Eu fiquei mega feliz porque eles oferecem opção vegetariana. O passeio sem jantar custa a partir de 14€ (adulto) e com o jantar, a partir de 75€ por pessoa. E tem também as opções de almoço e brunch. Mais detalhes estão no site: www.bateaux-mouches.fr/pt/restaurante. Dá só uma olhadinha nos pratos e me diz se não dá água na boca…

Jantar em família no Bateaux-Mouches
Sopa fria de Abobrinha ao Leite de Coco – Um brinde no Bateaux- Mouches – Risoto de Massa de Trigo Sarraceno

O valor é um pouco salgado quando fazemos a conversão para o real, mas a experiência é tão mágica e os momentos vividos ali são tão inesquecíveis que vale a pena economizar e se dar esse presente. Escolhemos o jantar das 18h com o percurso de 1h15 para pegarmos o final da tarde, mas tem opções mais tarde, que parte às 20h30 com 2h15 de duração. Tem até a opção de um jantar especial com pedido de casamento. Já imaginou que declaração de amor um pedido assim?

E olha que incrível os pontos turísticos de Paris vistos do Bateaux-Mouches…

Catedral de Notre-Dame vista do Bateaux-Mouches

Com essa vista maravilhosa e inesquecível de Paris voltamos para o Hotel para descansar e nos preparar para o roteiro de amanhã que também será puxado.

Torre Eiffel vista do Bateaux-Mouches

Roteiro do Quarto Dia – Palácio de Versalhes / Catedral de Notre Dame

Acordamos cedo e fomos para o Palácio de Versalhes, que fica a cerca de 30 km de Paris, fechamos o pacote com o nosso receptivo que é a Special Tours (78€ por pessoa), mas é possível ir de trem também. O Palácio de Versalhes é um dos maiores do mundo e uma luxuosa construção (símbolo da monarquia francesa), foi idealizado por Luís XIV, serviu de residência real desde 1682 até 1789 (por causa da Revolução Francesa) e foi transformado em museu em 1837.

Portão do Palácio de Versalhes

Tão lindo quanto o Palácio em si (que vou falar daqui a pouco), é o seu famoso jardim: o Jardim de Versalhes. Logo na chegada, o portão dourado do Palácio já te cativa, e a medida que você vai entrando nos jardins é impossível não se encantar com a perfeição e a beleza daquele lugar. O projeto do jardim foi do arquiteto e paisagista André Le Nôtre, que apostou na simetria e no uso da luz solar nos canteiros ou parterres (que parecem bordados), fontes e canais. Foi desenvolvido um grande projeto de engenharia hidráulica para ter água suficiente para abastecer essas fontes.

Bem-vindos ao magnífico Jardim de Versalhes
Jardim das Flores em Versalhes
Aquele abraço… (by fotógrafo Almir)
Escultura: “Amour porté par un Sphinx” de Nicolas Duval, Jacques Houzeau e Louis Lerambert

O Complexo do Palácio de Versalhes também abriga o Grand Trianon (um lugar mais reservado e sem tantas formalidades quanto o Palácio) e o Petit Trianon (que era o Palacete da Rainha Maria Antonieta), nos jardins desse fica o Petit Hameau ou Le Hameau de La Reine (A vila ou aldeia da Rainha), uma espécie de quinta ou fazenda. Entre os Jardins do Palácio, podemos citar o Laranjal, o  Jardim das Flores e a maravilhosa Bacia e Solo de Latone, e também a Bacia de Apolo e o Grande Canal, que são belíssimos. É possível ir caminhando ou alugar uma espécie de “carrinho de golfe” para percorrer todo o jardim. E toda essa exuberância do jardim era para demonstrar o poder do rei e seu controle, inclusive sobre a natureza.

O Laranjal
Bacia e Solo de Latone

Agora vamos explorar o interior do Palácio de Versalhes, que foi construído onde era o pavilhão de caça de Luís XIII e se transformou num  dos maiores palácios do mundo com quase 64 mil m², que abrigam 700 quartos, 2153 janelas, 800 hectares de parque, entre outros números. O projeto do Palácio foi do arquiteto Louis Le Vau e após sua morte, quem assumiu foi Jules Hardouin-Mansart.

A imponência do Palácio de Versalhes

O Palácio é dividido em várias salas que levam o nome dos deuses, como a Sala de Hércules, Vênus, Diana, Apolo, Mercúrio, entre outros. Também tem a Capela e os apartamentos do Rei e da Rainha e a sala mais famosa do palácio: a Galeria dos Espelhos, que começou a ser construída em 1678 e terminou em 1686, medindo 73 m de comprimento por 10,50 m de largura e 12,30 m de altura e conta com mais de 300 espelhos, lustres magníficos e várias pinturas retratando eventos marcantes da vida de Luís XIV.

Na Galeria dos Espelhos

A Galeria dos Espelhos também abriga a réplica da estátua “Diana de Versalhes”, que vimos no Museu do Louvre. Essa galeria era o caminho de passagem do Rei de seus aposentos até a Capela Real, depois foi usada para recepções, casamentos reais e outros grandes eventos, como a assinatura do Tratado de Versalhes que pôs fim à Primeira Guerra Mundial.

A Capela Real de Versalhes

Não podia deixar de te mostrar a Foto de Luís XIV, o famoso “Rei Sol” ou “O Grande”, que reinou a França por 72 anos (de 1643 até 1715 – considerado o maior reinado do planeta), tornando-se o ícone da monarquia francesa. Ele escolheu o sol como símbolo porque é o astro que dá vida e também representa a ordem e a regularidade. E foi ele quem disse a frase “O Estado sou eu” (“L’État c’est moi”).

Iluminados pelo Palácio de Versalhes, voltamos para Paris. Quem nos acompanhou nessa incrível jornada foram a Guia Beatriz, o Guia Fabrice e o Motorista Fran. Pessoas excepcionais e profissionais incríveis que merecem todo nosso carinho e gratidão!!!!

A excursão nos deixou no Louvre, que é considerado o centro de Paris (1° arrondissement). Passeamos pela Rue de Rivoli (que fica ao lado do museu) e aproveitamos para comprar algumas lembrancinhas (tem muitas opções e os preços são bons). Dali fomos caminhando até a Catedral de Notre Dame, que foi construída entre 1163 e 1350 em estilo gótico e foi eternizada por Victor Hugo no romance “Notre Dame de Paris” ou “ O Corcunda de Notre Dame” (que também virou filme da Disney).

A Catedral de Notre Dame fica na Ilha da Cidade (Île de la Cité), é banhada pelo Rio Sena e dedicada à Virgem Maria (Nossa Senhora). O local onde foi construída já serviu de palco para cerimônias celtas e também um templo romano em homenagem a Júpiter e uma igreja cristã (a Basílica de Saint-Etienne no século VI). Notre Dame sofreu várias alterações nos séculos XVII e XVIII e passou por um processo de restauração no século XIX. Entre os fatos importantes realizados na Catedral, podemos citar a Coroação de Napoleão Bonaparte e a beatificação de Joana D’Arc. A visitação à Igreja é gratuita, porém a fila é enorme (não conseguimos ficar para entrar), mas se você puder reservar um tempinho vale a pena porque é belíssima e já está no meu roteiro para a próxima viagem a Paris. Também é possível visitar as torres e a cripta (essas são cobradas: 8,50€). São duas torres de 69 m de altura e quase 400 degraus para chegar ao topo. Mais informações estão no site: www.notredamedeparis.fr

A lendária Catedral de Notre Dame

Se você tiver mais um dia em Paris vale incluir no seu roteiro a visita à Sainte-Chapelle, que é uma capela em estilo gótico, bem pertinho da Catedral de Notre Dame, que foi construída no século XIII, por ordem de Luís IX para abrigar a coroa de espinhos de Jesus (relíquia que foi transferida para a Catedral de Notre Dame desde 1897, sendo conservada dentro de um tubo de cristal e ouro e que é apresentada aos fiéis na Sexta-feira Santa e na 1° sexta do mês em horários específicos). A Capela chama a atenção pelo tamanho e beleza dos seus vitrais. Os ingressos para a visitação custam a partir de 10€ e mais informações estão no site: www.sainte-chapelle.fr.

Falando em igreja, merece uma visita a Sacre Coeur (ou Basílica do Sagrado Coração), que fica no topo de uma colina no bairro de Montmartre, que possibilita uma vista linda da cidade. Sua construção começou em 1875 e foi até 1914, feita em estilo barroco e bizantino, utilizando muito mármore, por isso sua coloração é tão branca. No site é possível fazer uma visita virtual: www.sacre-coeur-montmartre.com/english/visit-and-audio-guide/article/panoramic-virtual-tour-of . A visitação presencial é gratuita e a Igreja fica aberta das 6h às 22h30.

Se você gosta de museu, vale a pena visitar o Musée D’Orsay (ou Museu de Orsay), que fica bem perto do Museu do Louvre (do outro lado do Rio Sena) e foi inaugurado em 1986 onde ficava uma antiga estação ferroviária, que havia sido construída para a Exposição Universal de 1900. O Museu conta com um acervo muito rico, com obras de Monet, Manet, Van Gogh, Renoir entre outros grandes nomes. Os ingressos custam 14€ e mais detalhes estão no site: www.musee-orsay.fr/pt/informacao.

Museu D’Orsay visto do Bateaux-Mouches

Outro lugar que também oferece uma vista linda de Paris é a Torre Montparnasse, que é um dos pontos mais altos da cidade, com 210 m de altura, 59 andares e uma vista de 360° capital francesa.  Os ingressos custam 18€ e mais detalhes estão no site: www.tourmontparnasse56.com/fr. Esse passeio é muito procurado por ser considerado uma das melhores vistas da Torre Eiffel.

Eu acabei não tendo tempo de conhecer (vai ficar para a próxima visita a Paris), mas se você puder ou tiver curiosidade, pode dar um pulinho nas famosas Galeries Lafayette e Printemps, que são grandes lojas de departamento e ficam bem próximas à Ópera Garnier.

 Ah! Uma última dica de Paris: não deixe de provar o famoso “Macaron”, um doce típico francês crocante por fora e muito macio por dentro, que pode ser encontrado em diversos sabores e recheios.

E como tudo que é bom dura pouco, chegou a hora de voltar para o hotel e arrumar as malas para amanhã bem cedo pegar o voo de retorno para o Brasil, com muitas experiências e momentos inesquecíveis na bagagem!!!

Me despeço de Paris com essa vista linda da Torre Eiffel e te convido a me acompanhar nas próximas jornadas aqui no blog. Até breve!!!

Je t’aime, Paris!!! À bientôt!!!